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Saúde e Bem-estar

O que são antibióticos? Saiba a importância desses medicamentos

17 de outubro de 2024

o que são antibióticos

Primeiro remédio para combater bactérias surgiu em 1928 e salvou milhões de vidas

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Você sabe o que são antibióticos?

Frequentemente prescritos por vários médicos, presentes em nosso dia a dia, muitas vezes, desde a primeira infância e considerados fundamentais no tratamento de doenças que variam em gravidade. Eles são tão importantes, mas em algum momento você já parou para pensar, de fato, o que são antibióticos?

Os antibióticos são uma classe de medicamentos utilizados para combater a ação de bactérias no organismo, impedindo o seu crescimento e matando-as após um determinado tempo de tratamento. Esse período deverá ser definido pelo médico, conforme o tipo de bactéria e os sintomas apresentados pelo paciente.

Entre as condições que podem ser tratadas com o uso de antibióticos estão:

Penicilina: o primeiro antibiótico inventado salvou milhões de vidas

O contexto histórico do primeiro antibiótico a ser inventado está diretamente ligado com a Primeira Guerra Mundial, ocorrida entre 1914 e 1918. Naquela época, um jovem médico, chamado Alexander Fleming, retornou para casa determinado a reduzir o sofrimento dos inúmeros soldados cujas feridas resultantes de combates infeccionavam e rapidamente alavancavam para a morte.

Fleming, então, começou estudos sobre a bactéria Staphylococcus aureus, conhecida por causar abcessos em feridas de guerra abertas. No entanto, foi somente em 1928 que, acidentalmente, ele obteve retornos expressivos em suas pesquisas.

Ao tirar alguns dias de férias, Alexander esqueceu alguns recipientes de vidro de cultura abertos. Ao retornar, o médico encontrou a cultura contaminada com o mofo do ambiente, mas, antes de descartar a amostra, ele percebeu que os locais que estavam embolorados não continham ação da bactéria.

A descoberta foi por acaso, mas a partir daí, o mundo passou por uma revolução médica. Se antes doenças como tuberculose, pneumonia, meningite e sífilis matavam milhões de pessoas por anos, com a invenção e propagação da penicilina e outros antibióticos, os números de óbito caíram e a qualidade de vida da população aumentou.

Os antibióticos mais usados atualmente

A penicilina, descoberta por Alexander Fleming, foi percursora no combate a bactérias. No entanto, com o passar dos anos, a indústria e as pesquisas se evoluíram  na produção de outros antibióticos.

Atualmente, os mais comuns incluem:

Penicilinas

Alguns exemplos de antibióticos que englobam a classe das penicilinas são: amoxicilina, benzatina, oxacilina, ampicilina, carbenicilina, dicloxacilina e nafcilina.

Eles são frequentemente indicados para condições como pneumonia, bronquite, amigdalite, sinusite e infecções urinárias, vaginais, da pele e das mucosas. Podem ser prescritas em forma de xarope, comprimido ou injeção, de acordo com a doença apresentada pelo paciente.

Tetraciclinas

As principais tetraciclinas receitadas incluem: tetraciclina, minociclina e doxiciclina, que costumam ser prescritas em quadros de brucelose humana, gengivite, doença de Lyme, gonorreia ou sífilis.

Sulfonamidas

Os principais são: sulfametoxazol, sulfassalazina, sulfadiazina de prata e sulfacetamida. Na maioria das vezes, são prescritas para infecções no ouvido e no trato urinário, bronquite, pneumonia, doenças reumáticas, úlceras venosas, feridas cirúrgicas e doenças inflamatórias intestinais.

Fluorquinolonas

Incluem: ciprofloxacino, norfloxacino, ofloxacino, levofloxacino, gatifloxacino e moxifloxacino. Podem ser encontrados em comprimido, solução injetável, suspensão otológica ou colírio para os olhos, dependendo da condição apresentada pelo paciente.

No geral, esses antibióticos são prescritos para infecções respiratórias, urinárias, nos olhos, nos ouvidos, nos rins, na vagina ou no pênis, na pele e nos ossos.

Macrolídeos

Os principais medicamentos dessa classe são: eritromicina, claritromicina, azitromicina e oxitromicina. São recomendados para quadros de sinusite, pneumonia, ISTs e infecções dermatológicas.

Cefalosporinas

Incluem: cefalexina, cefalotina, cefazolina, cefadroxila, ceftriaxona, cefuroxima, cefotaxima, ceftazidima e cefepime.

Costumam ser indicados para tratar infecções respiratórias, no ouvido, no trato urinário, nos ossos, na pele e nos tecidos moles.

Aminoglicosídeos

Fazem parte da classe: gentamicina, tobramicina, neomicina, estreptomicina e amicacina. Podem ser prescritos no tratamento de infecções dermatológicas, como furúnculos, eczemas, dermatites, úlceras e feridas com pus. Em alguns casos, ainda são indicadas para meningite, peritonite  e sepse.

Outras classes de antibióticos

Existem, ainda, outros medicamentos que devem ser citados, como os nitroimidazólicos, os nitrofuranos, os carbapenêmicos e os glicopeptídeos.

Resistência a antibióticos pode causar 39 milhões de mortes

Como você pode perceber, os antibióticos foram e ainda são essenciais para a vida humana. No entanto, o uso indiscriminado desses medicamentos está levando ao surgimento de bactérias resistentes.

Quando os antibióticos eram novidade, entendia-se que, em poucos anos, as bactérias estariam totalmente exterminadas e viveríamos livres de doenças causadas por elas. Mas não foi isso que aconteceu.

A realidade é que sempre que surge um antibiótico diferente, cepas novas e mais resistentes das bactérias também aparecem. Isso ocorre devido à lei de evolução natural.

No geral, quando temos uma infecção, ela é causada por várias bactérias da mesma espécie, mas que não são clones. Dessa forma, o médico escolhe o antibiótico mais eficaz contra a maioria das bactérias presentes. A questão é que o remédio nem sempre elimina 100% dos microrganismos e os 5% ou 10% restantes podem se reproduzir, gerando uma nova infecção, desta vez resistente ao antibiótico utilizado no tratamento.

Esse é um exemplo simplificado, porque geralmente é necessário o uso repetido do mesmo antibiótico, por meses ou anos, para gerar uma bactéria resistente. Entretanto, a realidade já bate às nossas portas: segundo o estudo inédito Global Research on Antimicrobial Resistance (GRAM), publicado na revista The Lancet, 1 milhão de pessoas morreram em todo mundo devido à resistência a antibióticos entre 1990 e 2020.

A pesquisa ainda traz uma previsão para o futuro: é estimada a morte de mais de 39 milhões de indivíduos até 2050 por conta de infecções resistentes. A solução para isso envolve, principalmente, a prevenção a infecções, vacinação e orientação sobre o uso devido de antibióticos.

Mitos, verdades e dúvidas sobre os antibióticos

Com certeza, você tem dúvidas sobre esses medicamentos, correto?  Abaixo, vamos esclarecer questionamentos, mitos e verdades populares sobre os antibióticos. Confira!

Antibiótico engorda?

Perda ou aumento de apetite não fazem parte dos efeitos colaterais desses remédios. No entanto, alguns podem causar inchaço na barriga, facilmente confundido como aumento de peso.

Álcool corta o efeito do medicamento?

Não é verdade. O que acontece é que tanto a bebida alcóolica quanto o medicamento são metabolizados no fígado, o que é capaz de sobrecarregar o órgão, reduzindo a eficácia do tratamento e aumentando os efeitos colaterais do remédio. Por isso, os médicos costumam recomendar que o paciente não consuma álcool se estiver tomando antibiótico.

Além disso, existem antibióticos específicos que não devem mesmo ser misturados com álcool, como é o caso de metronidazol, tinidazol e cefoxitina. Isso acontece porque a junção dessas substâncias é considerada tóxica para o organismo e resulta em sintomas desagradáveis, como vômito, palpitação, falta de ar, suor excessivo, dor de cabeça e pressão baixa.

Antibiótico corta o efeito do anticoncepcional?

Comprovadamente, existem apenas alguns antibióticos que podem interferir no efeito de anticoncepcionais. São eles: rifampicina, rifabutina e griseofulvina. Porém, um dos efeitos colaterais mais comuns no uso desses medicamentos é a diarreia.

Se o sintoma for intenso e ocorrer até 4 horas após a ingestão do contraceptivo, é capaz de ele não ser totalmente absorvido pelo organismo. Dessa forma, recomenda-se o uso de camisinha.

Por que é preciso seguir o tratamento até o fim?

Muitas vezes, após alguns dias de tratamento, o paciente apresenta melhoras e interrompe o uso do antibiótico. Mas é importante seguir a prescrição médica até o fim, porque as bactérias responsáveis pela infecção podem não ter sido totalmente eliminadas do organismo.

Assim, elas conseguem voltar a se multiplicar, e a doença volta ao estágio inicial. Além disso, essa prática ainda é capaz de resultar em resistência bacteriana.

Quais são os principais efeitos colaterais dos antibióticos?

Os efeitos dependem muito do tipo de antibiótico que a pessoa está tomando, mas, no geral, os principais são:

Fique atento à sua saúde

Várias doenças requerem o uso de antibióticos, e é preciso que você fique atento. Alguns sintomas são típicos de infecções bacterianas:

  • Febre
  • Fadiga ou cansaço extremo
  • Dor localizada (dependendo da área afetada)
  • Inchaço
  • Vermelhidão
  • Secreção purulenta (pus)
  • Tosse (em infecções respiratórias)
  • Dor de cabeça
  • Dificuldade para respirar (em infecções graves)
  • Calafrios

Ao notar essas manifestações, é indicado procurar a emergência médica e ter uma consulta com um clínico geral, para que ele solicite exames e dê um diagnóstico. Infecções na pele precisam ser tratadas por um dermatologista, enquanto as que afetam os olhos devem ser investigadas por um oftalmologista.

Além disso, dependendo da gravidade e do tipo de infecção, um infectologista, especializado nessas condições, tem que ser acionado para direcionar o antibiótico mais correto.

Com a Vale Saúde, você tem acesso a mais de 60 especialidades médicas preparadas para atender quadros de infecção, além de pronto atendimento online 24 horas por dia. Saiba mais!

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Escrito por Vale Saúde

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