Saúde e Bem-estar
Dezembro Vermelho: previna-se contra o HIV e outras ISTs
05 de dezembro de 2023
Campanha busca alertar, conscientizar e enfrentar o HIV, a Aids e outras ISTs
O que é o Dezembro Vermelho?
O Dezembro Vermelho é uma campanha instituída no Brasil a partir da Lei nº 13.504/2017. O objetivo é propor uma mobilização social e nacional contra o vírus do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Dessa forma, durante todo o mês de dezembro, surgem ações que procuram alertar, conscientizar, enfrentar e prevenir o HIV e outras ISTs. Além disso, a data marca a luta pelos direitos das pessoas portadoras de HIV e busca, também, divulgar informações a respeito dos tratamentos disponíveis para a doença.
A escolha do mês para realizar essas ações acontece devido ao Dia Mundial contra a AIDS, celebrado no dia 1º de dezembro desde 1988. No Brasil, dezembro ainda é símbolo do combate de diferentes infecções que podem ser transmissíveis por contato sexual, como herpes genital, HPV, sífilis e gonorreia.
O que é HIV?
O HIV é o vírus da imunodeficiência humana (em inglês, human immunodeficiency virus). Trata-se de um microrganismo que ataca o sistema imunológico, deixando o paciente sem defesa para qualquer tipo de outras doenças.
Todos os humanos saudáveis possuem o linfócito T-CD4+, uma célula de defesa responsável por organizar toda a resposta do sistema imunológico. Essa célula é muito importante, porque é capaz de memorizar agentes que já infectaram organismo anteriormente, identificá-los e combatê-los. E é o principal alvo do HIV.
Quando alguém é infectado pelo HIV, o vírus se conecta à membrana do T-CD4+, altera o DNA da célula e começa a se multiplicar, destruindo o linfócito. Esse ciclo continua e o sistema imunológico enfraquece com o tempo, tornando-se incapaz de combater outras doenças.
HIV e Aids: entenda a diferença
Diferente do que muitas pessoas pensam, HIV e Aids não são sinônimos. Distinguir os dois termos também é um dos objetivos do Dezembro Vermelho, pois ser portador de HIV não significa, necessariamente, que a pessoa também possui Aids.
A Aids, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (em inglês, Acquired Immune Deficiency Syndrome), surge a partir do momento que o HIV consegue incapacitar gravemente o sistema imunológico.
É considerado um estágio avançado da contaminação pelo HIV e o paciente pode apresentar diversos sinais e sintomas, incluindo o surgimento de doenças conhecidas como oportunistas, como tuberculose, pneumocistose e alguns tipos de câncer (sarcoma de Kaposi, por exemplo).
Quando uma pessoa é contaminada pelo HIV, ela se torna soropositiva e pode viver anos sem desenvolver ou ter qualquer sintoma de Aids. No entanto, é preciso ter cuidado, porque mesmo sem desenvolver a Aids, é possível transmitir o vírus para outras pessoas.
Porém, se o paciente fizer o tratamento correto com antirretrovirais e a carga viral se manter indetectável por pelo menos seis meses, o HIV deixa de ser transmissível. Nesses casos, o indivíduo também consegue viver normalmente, com uma boa qualidade de vida, sem evoluir para Aids.
Transmissão do HIV: saiba como se prevenir corretamente
O HIV é considerado uma infecção sexualmente transmissível. Dessa forma, o principal meio de contágio é pelo sexo vaginal, anal ou oral sem preservativo.
Também é possível ser contaminado pelo vírus das seguintes formas:
- Ao receber transfusão de sangue contaminado
- Ao compartilhar instrumentos perfurocortantes, como seringas, agulhas e alicates de unha sem esterilizar corretamente
- Mulheres grávidas soropositivas podem transmitir o vírus para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação
Dessa forma, para prevenir a contaminação pelo vírus, é recomendado utilizar camisinha masculina ou feminina em todos os tipos de relações sexuais, independentemente do parceiro.
Também é importante não compartilhar seringas e agulhas, e utilizar outros objetos perfurocortantes apenas se houver a esterilização correta. Para manipular feridas e líquidos corporais, é indicado o uso de luvas durante todo o procedimento.
Mulheres soropositivas que estão grávidas ou desejam engravidar devem usar antirretrovirais durante toda a gestação para evitar a transmissão vertical. É indicado, também, não amamentar nessas situações.
Outras infecções sexualmente transmissíveis também são pauta do Dezembro Vermelho
Como falamos anteriormente, o Dezembro Vermelho também tem como foco outras infecções sexualmente transmissíveis além do HIV.
Antigamente, era utilizado o termo Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), mas a expressão foi substituída por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) porque, desse modo, é possível destacar que a pessoa pode ter ou transmitir a infecção, mesmo sem exibir sintomas de que está doente.
Assim como o HIV, o principal meio de contágio das ISTs é por contato sexual sem camisinha. Confira alguns exemplos desse tipo de infecção:
- Herpes genital
- HPV
- Sífilis
- Clamídia
- Gonorreia
- Hepatites B e C
- Cranco mole (cancroide)
- Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
- Donovanose
- Linfogranuloma venéreo (LGV)
- Tricomoníase
As ISTs são causadas principalmente por vírus e bactérias. Os sintomas incluem corrimentos, feridas e verrugas, que aparecem nas regiões genitais e anais, e em outros locais do corpo, como boca, palma das mãos e olhos.
A melhor maneira de prevenir contaminações por IST é fazendo sexo com preservativo ou, em alguns casos, com imunização. É necessário ter em mente que nem todas as infecções têm cura, por isso a prevenção é essencial.
As ISTs causadas por vírus podem ser controladas, mas nem sempre têm cura, como é o caso do HIV e do herpes. Já casos de gonorreia, clamídia e sífilis conseguem ser curados com o uso correto de antibióticos.
HIV no Brasil: diagnóstico não é mais sentença de morte, mas os alertas continuam
Os anos 1980 foram marcados pelo auge da epidemia de HIV e Aids em todo o mundo. Em 1981, foi registrado o primeiro caso, e em 1983 o vírus foi identificado. Até o início dos anos 1990, é estimado que cerca de 30 mil pessoas tenham morrido vítimas da doença.
Naquela época, não havia tratamento para o HIV, fato que elevou a mortalidade da infecção. Agora, nos anos 2020, temos um novo panorama: no Brasil, 92% das pessoas soropositivas que estão em tratamento já atingiram o nível em que o vírus não é mais transmitido, de acordo com o Ministério da Saúde.
Em dez anos, o país registrou queda de 8,5% nos números de óbitos por Aids – foram 12.019 mortes em 2012 contra 10.994 em 2022, conforme dados do Ministério da Saúde. O tratamento com antirretrovirais é responsável por possibilitar uma vida mais saudável para as pessoas soropositivas e por diminuir a queda na mortalidade. Contudo, a epidemia ainda precisa ser combatida.
Entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos com HIV evoluíram para quadros de Aids, segundo o Ministério da Saúde. Esses números apontam que, mesmo com tratamento disponível, a prevenção da infecção é a melhor maneira de combater o HIV e a Aids.
Em todos os países, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), 1,5 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV em 2021. Desde o início da epidemia, 84 milhões de indivíduos contraíram a infecção.
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Nesse Dezembro Vermelho, converse com o seu médico de confiança sobre as prevenções para esses tipos de infecções. Faça sexo seguro, apenas com o uso de camisinhas e conte com a Vale Saúde para cuidar de você!
Escrito por Saúde V
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