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Otite

Infecção ou inflamação por bactérias e vírus gera dor no ouvido e pode causar surdez

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O que é a otite?

Otite é o termo médico genérico usado para denominar as infecções e inflamações do ouvido, que causam dor e outros incômodos ao paciente.

Essa é uma condição relativamente comum. Todo mundo, ao longo da vida, deverá sofrer de otite pelo menos uma vez. No geral, ela costuma durar por alguns dias e, com o uso de medicamentos, é curada sem maiores problemas.

Frequentemente, o ouvido entupido é sintoma de uma otite média aguda, ou seja, infecção viral ou bacteriana do ouvido médio, causando dor e perda de audição temporária.

Quando não tratada ou se o organismo estiver debilitado, ela pode se tornar secretora, ou seja, produzir fluidos.

Existem algumas complicações que podem acontecer por conta de uma otite que tenha sido mal acompanhada. Entre elas, estão a perda parcial da audição, líquidos persistentes que ficam dentro do ouvido e também infecções que acontecem de forma cíclica e parecem nunca passar.

É comum em casos de otite que o tímpano fique bem vermelho e com aparência abaulada. Dependendo da intensidade do ouvido inflamado, a pessoa pode ter tontura, confusão, dor de cabeça, perda de equilíbrio e irritabilidade excessiva.

Crianças pequenas e bebês podem chorar com mais frequência, perder o apetite e apresentar sintomas como febre, vômito e diarreia.

Saiba mais sobre otite com o otorrinolaringologista Dr. Danilo Sguillar

Quais são os tipos de otite?

Os tipos de otite variam de acordo com a parte do ouvido afetada: externa, média e interna.

  • Otite externa: é uma infecção que vai do canal do ouvido até a membrana do tímpano (responsável por localizar a fonte sonora e amplificá-la até a chegada ao tímpano). As otites externas geralmente ocorrem por traumas causados pelo uso abusivo de cotonetes, por exemplo, e outros objetos para coçar o ouvido - além do contato com água contaminada em mergulhos de piscina ou mar.
  • Otite média: o ouvido médio é uma cavidade preenchida por ar que fica atrás do tímpano e que se comunica com o nariz por meio de um canal chamado tuba auditiva. Quadros de acúmulo de secreção no nariz, como no caso de resfriados e sinusites, podem fazer a secreção subir ao ouvido médio por meio da tuba auditiva.

Esse tipo de otite pode ser dividido em níveis de gravidade:

  • Otite média aguda: quando a inflamação passa de sintomas leves e causa dores mais fortes
  • Otite média aguda recorrente: quando há mais de quatro casos no período de um ano
  • Otite média secretora: quando há acúmulo de secreção na orelha média, provocando uma sensação de “ouvido tampado”, e necessita de acompanhamento médico para realizar a limpeza do material acumulado internamente
  • Otite média crônica: quando a inflamação dura três meses ou mais, resultado de disfunções na anatomia da orelha ou de tratamento inadequado de um episódio agudo
  • Otite interna: o ouvido interno é a porção mais complexa deste órgão, onde ficam a cóclea e o labirinto, responsáveis pela audição e equilíbrio, em contato muito próximo com estruturas nobres como o nervo auditivo e o nervo vestibular. Por isso, infecções nessa região são graves e costumam causar queda na audição e tontura intensa (confundidas com labirintite). São pouco comuns, mas precisam de cuidados mais intensivos, normalmente com internação hospitalar para melhor controle.

No caso das otites médias crônicas, a sua causa está relacionada a uma perfuração na membrana timpânica, como quando não ocorre o processo de cicatrização por completo na estrutura, e a otite surge como uma complicação, podendo ser:

  • Simples: inicialmente, há um caso de otite média aguda com perfuração da membrana timpânica sem cicatrização total, mas não há presença de secreção purulenta
  • Supurada: mesmo quadro da anterior, porém com quantidade de secreção. Nesse quadro, pode ser otite colesteatomatosa (se houver uma espécie de “tumor” de pele infeccionada na região, será necessária uma intervenção cirúrgica) ou não colesteatomatosa.

Quais são os sintomas da otite?

Os sintomas de otite muitas vezes começam dois a sete dias após o início de uma infecção respiratória.

Veja todos as manifestações clínicas relacionadas à condição:

  • Dor leve a grave no ouvido (bebês, muitas, vezes puxam ou esfregam suas orelhas)
  • Coceira intensa no local
  • Febre
  • Ouvido entupido
  • Zumbido ou sensação de pressão
  • Diminuição da audição
  • Dor de cabeça
  • Irritação ou comportamento mal-humorado
  • Problemas para dormir
  • Perda de apetite
  • Vômitos
  • Tonturas
  • Problemas de equilíbrio
  • Secreção local (eliminação de cera, fluidos, ouvido vazando)
  • Sangramento, em casos graves (ruptura do tímpano)

O que causa otite?

Dor de ouvido e gripe podem estar relacionadas, já que as secreções geradas por vírus, resfriados e sinusite podem migrar para o canal auditivo e provocar dor. Além disso, as inflamações das vias aéreas favorecem a proliferação de bactérias que provocam otite e também ocasionam dor de ouvido.

Entre as causas da otite, estão:

  • Infecções causadas por vírus, como vírus sincicial respiratório e o rinovírus
  • Infecções causadas por bactérias, como Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis
  • Gripe ou resfriados
  • Sinusite
  • Gengivite
  • Amigdalite
  • Introdução de objetos pequenos no ouvido
  • Uso de cotonetes
  • Alergia
  • Entrada de água no ouvido
  • Refluxo
  • Alterações na estrutura do ouvido
  • Disfunção na articulação temporomandibular (ATM)

Além disso, o uso de mamadeiras para alimentar bebês e crianças também pode causar o refluxo do leite para a parte média do ouvido, facilitando uma infecção.

Quais são os fatores de risco para a infecção?

Alguns fatores que aumentam o risco de otite incluem:

  • Idade, sendo que crianças de até três anos estão mais suscetíveis
  • Doenças congênitas, como fenda palatina ou síndrome de Down
  • Sistema imunológico enfraquecido
  • Histórico familiar de otite
  • Alergias respiratórias
  • Baixa qualidade do ar
  • Estações do ano, sendo que o tempo mais frio aumenta o risco
  • Falta de amamentação
  • Crianças que ficam em creches e centros de cuidados infantis, uma vez que convivem com muitas outras crianças
  • Uso de chupeta

O risco de otite crônica ou recorrente pode ser maior se há:

  • Infecção de ouvido em uma idade precoce (antes dos seis meses)
  • Acúmulo persistente de fluido no ouvido
  • Infecções anteriores

Como é o diagnóstico da otite?

É recomendado marcar uma consulta com um médico (otorrinolaringologista, pediatra ou um clínico geral) quando existem sintomas suspeitos de otite por mais de um dia, especialmente se também aparecer febre, a dor for muito forte ou for possível observar um líquido, pus ou secreção sanguinolenta vazando do ouvido.

No caso de bebês ou crianças pequenas que não sabem expressar os desconfortos, procure agendar atendimento com o pediatra se eles estiverem insones ou irritados após uma infecção respiratória, resfriado ou gripe.

O diagnóstico da otite é feito por um otorrinolaringologista por meio de uma avaliação clínica (baseada no levantamento dos sintomas e histórico médico) e do exame otológico (do ouvido) com aparelhos específicos, como otoscópio, que permite visualizar o interior do ouvido.

Além disso, o médico também pode solicitar alguns exames específicos para diagnosticar o tipo de otite, como testes laboratoriais de sangue ou exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Outros testes podem incluir:

  • Timpanometria
  • Testes de audição
  • Timpanocentese

Como tratar a doença?

O tratamento depende do tipo de otite do paciente, de acordo com a causa.

Geralmente, é feito com o uso de medicamentos antibióticos, antifúngicos, anti-inflamatórios e analgésicos para amenizar os sintomas, alguns aplicados diretamente no ouvido (importante seguir as recomendações médicas).

Em alguns casos, como o de otite recorrente, pode ser indicada a timpanocentese (introdução de um tubo flexível no ouvido para remover a secreção).

Na maioria das vezes, o organismo dá conta de combater a otite média.

Recomenda-se somente observação nos casos de crianças de 6 a 23 meses com dor moderada em um ouvido por menos de 48 horas e febre abaixo de 39℃ e (2) crianças a partir de 24 meses com dor moderada em um ou os dois ouvidos, por menos de 48 horas e febre abaixo de 39℃.

O uso de antibióticos deve ser criterioso para evitar a resistência bacteriana, mas um especialista poderá recomendar quando houver dor intensa ou a febre ultrapassar os 39℃.

Crianças menores de 6 meses de idade muitas vezes são candidatas ao uso de antibióticos antes do tempo de observação, mas somente o especialista poderá receitar. Normalmente, em dois ou três dias, a febre desaparece, mas a audição pode exigir mais tempo para voltar ao normal.

Apesar do período indicado de observação, é importante ficar atento à evolução do quadro, pois se a infecção não for tratada pode haver perda total da audição.

Quando a perda auditiva não regride, é recomendado investigar se há sinais de secreção retida atrás da orelha média. Caso existam, ela precisa ser retirada cirurgicamente por meio de uma pequena incisão no tímpano, pois pode se tornar foco de outros episódio de infecção ou prejudicar a audição.

Quanto tempo demora para a otite passar?

De modo geral, a otite externa começa com leve desconforto e coceira no canal auditivo e, em poucos dias, evolui para dor e inchaço local. O tratamento geralmente é feito com gotas de antibióticos e cuidados locais e dura cerca de sete dias.

A otite média costuma iniciar com um quadro viral, com gripes e resfriados, e a secreção nasal sobe ao ouvido médio em cinco a sete dias. O tratamento é feito com antibióticos e anti-inflamatórios por via oral, em média, por 10 dias.

Já na otite interna, que é um caso mais grave, o quadro do paciente pode evoluir para meningite e encefalite, por isso o tratamento é hospitalar e não há previsão de tempo médio para curar a condição.

## Como prevenir a otite?

A introdução de objetos no ouvido não é recomendada. O ouvido tem um sistema próprio de limpeza, que elimina a cera em excesso.

Para limpar e secar a região, basta utilizar uma toalha felpuda após o banho, enxugando bem as orelhas. Em situações em que a água entra no canal do ouvido e não sai naturalmente, é possível fazer uso de um secador de cabelo na temperatura morna em direção à orelha.

A receita caseira de pingar uma gota de vinagre incolor ou de álcool também pode funcionar para forçar a evaporação do líquido retido, pois o condimento ácido tem ação desidratante.

O vinagre também pode ser usado após exposição à água do mar ou da piscina, molhando um algodão com o produto e pingando uma gotinha no ouvido.

Há ainda a opção das vacinas contra o Haemophilus influenzae e o Streptococcus pneumoniae para proteger as crianças de uma série de infecções, como otite média e amigdalite.

Especificamente a vacina contra o pneumococo consegue reduzir a incidência de otite em 6% ou 7% da população infantil.

Outras práticas para evitar otite e desconfortos no sistema auditivo:

  • Manter a saúde bucal em dia
  • Não colocar objetos no interior dos ouvidos
  • Tratar a disfunção na articulação temporomandibular (ATM)
  • Não limpar o ouvido com hastes flexíveis (cotonetes), eles devem ser usados apenas externamente, na dobra das orelhas
  • Limpar com frequência as secreções nasais provocadas por gripes e resfriados, a fim de evitar que o catarro se acumule no nariz e na garganta
  • Evitar mudanças bruscas de temperatura e muito vento sem proteção
  • Usar gorro e evitar sair com o cabelo molhado no frio
  • Evitar compartilhar fones de ouvido e não os utilizar em volume muito alto
  • Utilizar protetores macios para evitar a entrada de água quando tomar banho de mar ou piscina
  • Lavar as mãos com frequência, espirrar e tossir no braço (não nas mãos) e não compartilhar objetos usados para comer ou beber
  • Manter ambientes livres de fumaça de cigarro
  • Tentar amamentar os filhos pelo menos até os 6 meses de idade para desenvolver o sistema imunológico deles
  • Não amamentar nem dar mamadeira para o bebê deitado (a posição favorece a entrada de líquidos na tuba auditiva)
  • Vacinar as crianças contra Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae
  • Procurar um otorrinolaringologista sempre que apresentar dor ou coceira nos ouvidos, zumbido ou perda de audição (diagnóstico precoce previne complicações).
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