Conjuntivite
Inflamação nos olhos causa coceira, secreção e vermelhidão, mas não deixa sequelas
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A conjuntiva é uma membrana transparente que reveste a parte branca do olho. Também é a área atingida pela conjuntivite, doença inflamatória que geralmente alcança os dois olhos e dura cerca de 15 dias.
A conjuntivite também ataca a parte interna da pálpebra e causa vermelhidão e coceira. Pode ser alérgica, tóxica ou infecciosa, mas em todos os casos não é recomendado utilizar qualquer tipo de colírio sem prescrição de um oftalmologista.
Embora seja muito incômoda, a doença é fácil de tratar e não costuma causar qualquer tipo de complicação, desde que o paciente seja devidamente orientado por um profissional capacitado.
Saiba mais sobre conjuntivite com o oftalmologista Dr. Arthur Aquino
Quais são os principais sintomas?
- Pálpebras inchadas
- Olhos vermelhos e lacrimejantes
- Sensação de que sempre tem um cisco nos olhos (ou sensação de areia nos olhos)
- Coceira
- Dor ao olhar para luz
- Visão borrada
- Pálpebras grudadas ao acordar
No caso de conjuntivite bacteriana, é comum que o paciente apresente secreção purulenta nos olhos. Já se for conjuntivite viral, a secreção é esbranquiçada. Os sintomas costumam durar entre 7 e 15 dias.
Quais são os tipos de conjuntivite e os melhores tratamentos?
A conjuntivite é dividida em três tipos:
Alérgica
Os principais sintomas da conjuntivite alérgica são coceira e vermelhidão nos olhos. Geralmente, é causada por ácaros, poeira, poluentes, pólen e cloro de piscina, por exemplo.
Além disso, ataca os dois olhos de uma única vez, causando bastante incômodo, mas não é contagiosa. Esse tipo de conjuntivite se manifesta em quatro formas:
- Primaveril: acontece na infância e pode chegar até os 15 anos
- Ceratoconjuntivite atópica: resultante da dermatite atópica
- Conjuntivite papilar gigante: relacionada ao uso de lentes de contato de forma errada
- Sazonal: é a mais comum entre as quatro e está relacionada à asma e à rinite
Nos quatro casos, não existe um tratamento particular. Como em qualquer quadro alérgico, é importante evitar o acúmulo de poeira nos lugares em que o paciente mais frequenta, limpar a casa sempre com um pano úmido para não levantar pó e se consultar com um médico para entender a necessidade de tomar medicamentos antialérgicos.
Para melhorar os sintomas da conjuntivite em si, o indivíduo não deve coçar os olhos para evitar machucar a região e não espalhar secreções. É indicado fazer compressas geladas com água filtrada ou soro fisiológico.
Ir ao oftalmologista também é essencial para garantir que a saúde ocular está em dia.
Infecciosa
É o tipo mais comum de conjuntivite porque ela pode ser transmitida pelo ar ou pelo contato. Geralmente, atinge um olho e depois o outro.
Existem três tipos de conjuntivite infecciosa:
- Viral: é o mais comum entre as três, pois a contaminação acontece pelo contato com as secreções e pelos espirros e tosses de pessoas doentes. É transmitida pelo vírus adenovírus, causa secreção em tom esbranquiçado e bastante incômodo. Não existe medicamento específico e o tratamento visa apenas aliviar os sintomas. É recomendado lavar os olhos com água filtrada e fazer compressas geladas com soro fisiológico.
- Bacteriana: não é tão comum quanto a viral, mas apresenta sintomas mais fortes. O contágio acontece pelo contato em áreas contaminadas pela secreção ocular e o tratamento inclui o uso de colírios antibióticos. Entretanto, eles só devem ser utilizados se forem prescritos por um oftalmologista, pois alguns colírios podem causar problemas sérios à visão.
- Fúngica: é o tipo mais raro de conjuntivite infecciosa e acontece quando a pessoa machuca os olhos com objetos de madeira. O tratamento é mais complicado e deve ser analisado individualmente por um oftalmologista, que precisa ser consultado logo após o acidente.
Tóxica
Trata-se de um tipo muito raro de conjuntivite, mas que precisa ser tratado imediatamente para não correr riscos de perda de visão. Ela ocorre quando há contato nos olhos com produtos químicos, como xampus, sabonetes, produtos de limpeza e venenos.
O oftalmologista deve ser consultado com urgência para que ele alivie os sintomas o quanto antes e prescreva o melhor tratamento.
Como é feito o diagnóstico?
Os sintomas de todas as conjuntivites são muito semelhantes. Por isso, pode ser difícil saber qual tipo foi contraído.
Para ter o tratamento mais adequado e orientações sobre contaminação, o melhor a fazer é ir a um oftalmologista, que irá diagnosticar, prescrever os cuidados e, se necessário, afastar o paciente de suas atividades até que os sintomas melhorem e a transmissão não seja mais possível.
O diagnóstico de conjuntivite é feito por meio de exame oftalmológico com auxílio de uma lâmpada de fenda, que possui luz de alta intensidade. O médico irá analisar pálpebra, esclera, conjuntiva, íris, cristalino e córnea com um microscópio para confirmar ou descartar a conjuntivite.
Como se prevenir?
Para não ter conjuntivite, é importante seguir algumas dicas de prevenção:
- Se for alérgico, limpe a casa com um pano úmido para não levantar poeira e evite contato com outros agentes que possam dar início a uma crise alérgica
- Não coce os olhos
- Evite aglomerações
- Lave com frequência as mãos e o rosto
- Não compartilhe instrumentos de maquiagem, como esponjas, pincéis, delineadores e outros produtos de beleza
- Não compartilhe objetos como toalhas e fronhas de travesseiro, principalmente com pessoas que apresentam sintomas da doença.
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