Doença silenciosa: entenda por que a hipertensão pode não dar sinais
Publicado em
•
Revisado em
Muitas vezes, pacientes com a pressão arterial elevada são assintomáticos
Por que a pressão alta é chamada de condição silenciosa?
Você já ouviu falar sobre doenças silenciosas? Também conhecidas como doenças invisíveis, são problemas de saúde que surgem do nada e, quando as pessoas menos esperam, seus sintomas aparecem, sendo prejudiciais à qualidade de vida.
Diferentemente da gripe e resfriado que têm sintomas imediatos, como espirros, secreções nasais e irritação na garganta, as condições silenciosas não dão sinais às pessoas que possuem essas patologias.
Dessa forma, devido à falta de sintomas, você não desconfia de nenhuma enfermidade, não sabe que está doente e não toma os cuidados e precauções adequadas.
Aí, quando for ao médico na consulta periódica para realizar exames, terá essa descoberta infeliz. Por esse motivo, é que os check-ups são tão importantes, para o exercício de uma medicina preventiva propriamente dita.
Em alguns casos, dependendo da condição, pode ser grave e estar num estado mais avançado, dificultando a melhora. Inclusive, é possível que esse tipo de doença leve a óbito se não for identificada e tratada com antecedência.
Entre essas condições perigosas, estão a pressão alta, osteoporose, diabetes, alguns tipos de câncer, HPV, endometriose, Aids, síndrome dos ovários policísticos, glaucoma e disfunções da tireoide.
A hipertensão, popularmente conhecida pelas pessoas como pressão alta, é uma doença silenciosa presente na vida de muitos brasileiros, sabia?
No País, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 45% dos habitantes entre 30 e 79 anos têm pressão alta, equivalendo a aproximadamente 50,7 milhões de pessoas. No entanto, somente entre 9,5 milhões e 12,5 milhões de adultos tomam medicação para hipertensão, correspondendo a cerca de um quarto do total de hipertensos.
A OMS ressalta que, globalmente, 4 em cada 5 pacientes com hipertensão não recebem tratamento adequado, e no Brasil há baixa adesão apesar do acesso à medicação.
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a pressão alta não causa sintomas e, por isso, muitas pessoas convivem com a doença sem saber. Vale lembrar que o problema eleva os níveis da pressão sanguínea nas artérias, fazendo com que a pessoa tenha problemas do coração e fator de risco para infarto, AVC e insuficiência renal.
Nem sempre um paciente com hipertensão apresenta sintomas físicos perceptíveis em seu dia a dia. Por isso, é fundamental investir na prevenção das condições cardíacas.
Continue a leitura para saber mais sobre a hipertensão silenciosa (sem sintomas), os seus riscos e quando medir a pressão arterial.
Quais são os sintomas da hipertensão?
Muitas vezes, a hipertensão não apresenta sinais característicos. Algumas pessoas relatam sintomas inespecíficos como enxaquecas, tremores pelo corpo, falta de ar ou dor no peito. No entanto, eles não são exclusivos da condição e podem estar ligados a outros problemas.
Se a sua pressão estiver extremamente alta, é possível ter alguns desses desconfortos clínicos:
- Angina (dor forte no peito)
- Visão embaçada
- Retenção de líquido
- Sangramento nasal
- Fadiga ou confusão mental
- Dificuldade para respirar
- Sangue na urina
Quais são os riscos da hipertensão?
As complicações da hipertensão ocorrem em diversos órgãos do corpo:
1 – Olhos
- Retinopatia
- Perda da visão
2 – Cérebro
Mini AVC isquêmico, com risco para desenvolver demência
3 – Coração
- Hipertrofia ou sobrecarga ventricular esquerda
- Infarto agudo do miocárdio
4 – Circulação sanguínea
- Hipertrofia das paredes das artérias
- Aneurismas, abaulamento das paredes das artérias em qualquer lugar do corpo
- Aterosclerose, que é a deposição de colesterol nas paredes dos vasos que ocorre por pressão do sangue contra a parede do vaso (no cérebro, é chamada de AVC; no coração, de infarto; na circulação das pernas, de trombose)
5 – Rins
A pressão arterial não controlada “seca” os rins, ou seja, faz com que o sistema de filtração do sangue se desintegre, acarretando numa retenção de líquidos que só se resolve com a hemodiálise.
Quando medir a pressão?
O indivíduo é considerado oficialmente hipertenso quando sua pressão arterial fica maior ou igual a 14 por 9 (na aferição do aparelho chamado esfigmomanômetro, posicionado em volta do braço), na maior parte do tempo, de acordo com o Ministério da Saúde.
Recentemente, em setembro de 2025, durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, as Sociedades Brasileiras de Cardiologia (SBC), Nefrologia (SBN) e Hipertensão (SBH) reclassificaram o anterior parâmetro de 12 por 8, que era considerado “normal”, como pré-hipertensão, justamente para esse fator ser avaliado clinicamente com mais frequência.
Por ser silenciosa, sem dar sinais característicos da condição, a pressão alta é muito perigosa. Se você tem parentes hipertensos, de parte materna ou paterna (se for de ambos os lados, atenção redobrada), é recomendável aferir os níveis de pressão arterial com mais frequência, para fazer o diagnóstico correto, de forma segura.
Pacientes diabéticos, obesos, sedentários, fumantes, alcoolistas, com dislipidemia (taxas de colesterol e triglicerídeos altas), com mais de 60 anos e mulheres na menopausa também precisam ter acompanhamento periódico com cardiologista.
A importância da medicina preventiva para doenças cardiovasculares
Estratégia eficaz para diminuir a incidência, a gravidade e as consequências das doenças cardíacas e circulatórias, melhorando a saúde pública e individual, a prevenção é um fator essencial para manter a saúde do coração.
A medicina preventiva é fundamental para o controle e redução das doenças cardiovasculares (DCV), que são uma das principais causas de morte no mundo.
Confira as suas missões:
- Redução de fatores de risco: atua na identificação e controle dos fatores de risco modificáveis, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade, tabagismo e sedentarismo (desse modo, diminui-se significativamente a chance de desenvolver doenças cardiovasculares)
- Detecção precoce: por meio de exames regulares e avaliações clínicas, consegue identificar sinais iniciais de problemas cardiovasculares, possibilitando intervenções antes que a doença se manifeste de forma grave, como infarto ou AVC
- Promoção de hábitos saudáveis: incentiva mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, controle do estresse, redução do consumo de bebidas alcoólicas e abandono do tabagismo, que são essenciais para a saúde do coração
- Redução de custos e complicações: ao prevenir a doença ou diagnosticá-la cedo, evita-se tratamentos mais complexos e caros, além de diminuir as chances de complicações graves, como insuficiência cardíaca, arritmias e morte súbita
- Melhora da qualidade de vida: contribui para que as pessoas mantenham uma vida mais ativa, saudável e produtiva, com menor impacto das doenças crônicas
Além do médico cardiologista para orientar os check-ups, na Vale Saúde, também é possível consultar um nutricionista ou um médico nutrólogo para uma avaliação clínica e obter um plano alimentar personalizado para o seu caso.
Será possível escolher o melhor tipo do alimento para a sua saúde, conhecer as diversas opções e tirar dúvidas sobre como incluí-lo na sua rotina sem comprometer o seu peso corporal. Encontre um especialista perto de você!
Referências
International Society of Hypertension
Biblioteca do Observatório de Saúde Pública
Manual MSD Versão Saúde para a Família
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA

Escrito por Vale Saúde
A Vale Saúde é uma marca Vivo e oferece serviço de assinaturas com descontos e preços acessíveis para você cuidar melhor da sua saúde.

