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Diabetes

Doença pode ser perigosa por gerar problemas cardiovasculares, renais, de visão, de mobilidade e na pele

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O que é a doença?

A diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, o que pode provocar danos em vários órgãos, se não for tratado. A síndrome metabólica acontece pela falta de insulina e/ou pela incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando a glicemia - alta da glicose.

A glicose é um tipo de açúcar produzido a partir dos alimentos que ingerimos, e nossa principal fonte de energia. Esta substância química (insulina) produzida pelo pâncreas é a responsável por permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células.

A diabetes ocorre porque o órgão não está sendo capaz de produzir o hormônio em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo ou porque ele não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cerca de 40% dos adultos com a condição ainda não receberam o diagnóstico. A doença pode ser perigosa por aumentar certos riscos na saúde integrada do indivíduo, como problemas cardíacos, renais, mentais e sexuais.

Conforme dados da Federação Internacional de Diabetes, houve um aumento de 16% na incidência de diabetes na população mundial nos últimos dois anos. No Brasil, ainda segundo a SBD, a doença atinge cerca de 16,8 milhões de pessoas.

Saiba mais sobre diabetes com a nutricionista Dra. Olivia Fernandes

Principais tipos de diabetes

A diabetes pode ser dividida em quatro principais categorias:

  • Diabetes tipo 1: é menos comum e surge desde o nascimento, sendo considerada uma doença autoimune, já que o próprio organismo ataca as células do pâncreas responsáveis por produzir a insulina. Assim, a insulina não é produzida, a glicose não é transportada para as células e acaba se acumulando no sangue;

  • Diabetes tipo 2: é o tipo mais comum (Mellitus) e acontece devido a uma resistência à insulina que surge ao longo da vida, normalmente devido a maus hábitos alimentares. Essa resistência diminui a ação da insulina no corpo e faz com que a glicose acabe se acumulando no corpo;

  • Diabetes gestacional: é um tipo de diabetes que acontece apenas durante a gestação e que está relacionado com a produção, pela placenta, de outros hormônios que bloqueiam a ação da insulina;

  • Pré-diabetes: acontece quando o nível de açúcar no sangue está aumentado, mas ainda não é o suficiente para fazer o diagnóstico de diabetes.

Além desses, a doença também pode ser dividida em outros tipos mais raros como a diabetes latente autoimune do adulto ou a diabetes desencadeada pelo uso de medicamentos.

Uma outra condição, conhecida como diabetes insipidus, embora possua uma denominação semelhante, não é considerada um tipo de diabetes, já que acontece quando os rins removem líquido em excesso do corpo, não estando diretamente relacionada com a insulina ou o nível de açúcar no sangue.

Como confirmar o diagnóstico?

O diagnóstico da diabetes pode ser feito com uma série de exames laboratoriais de sangue que permitem avaliar a quantidade de glicose. A dosagem do nível de glicose (glicemia) é feita com uma simples gota de sangue. O resultado desse exame é considerado normal, hoje em dia, quando está abaixo ou igual 99 mg/dl na dosagem feita em jejum de oito horas.

Quando o resultado varia de 100 a 125 mg/dl, significa que a glicemia está alterada e que o paciente pode ter pré-diabetes. Nesse caso, é indicado um teste oral de tolerância à glicose, também conhecido como curva glicêmica: o paciente bebe uma solução açucarada e repete a coleta de sangue de meia em meia hora ou somente após duas horas.

Outro exame de laboratório que tem sido usado no diagnóstico e no controle do diabetes é a hemoglobina glicada (HbA1c), uma média que reflete os níveis glicêmicos dos últimos três ou quatro meses e que independe do jejum.

Quais são os riscos que a diabetes pode trazer?

  • Doenças cardiovasculares (infarto, AVC)
  • Problemas renais
  • Interferência na visão e mobilidade
  • Neuropatias
  • Surdez
  • Depressão
  • Problemas na cicatrização de feridas
  • Hipertensão

Quais são os principais sintomas para desconfiar da doença?

  • Sede excessiva
  • Aumento de fome
  • Visão embaçada
  • Boca seca
  • Infecções frequentes (como de bexiga, rins e pele)
  • Vontade frequente para urinar
  • Cansaço fácil
  • Formigamento nos pés

Quais são as possíveis causas da diabetes?

  • Genética
  • Alimentação inadequada
  • Estilo de vida sedentário
  • Sobrepeso ou obesidade
  • Distúrbios hormonais (como na diabetes gestacional)
  • Sequela de Covid-19
  • Doenças do pâncreas
  • Defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.)
  • Estresse

Como tratar a doença?

O tratamento da diabetes normalmente passa por fazer alterações no estilo de vida, principalmente na alimentação (dieta com controle de doces, massas e álcool) e na prática de exercícios físicos. Também existem alimentos que ajudam a controlar melhor a diabetes, como os grãos integrais, os legumes ou as oleaginosas. Em certos casos, ainda podem ser necessários medicamentos, como antidiabéticos orais (Metformina, vildagliptina, pioglitazona, sulfonilureia, Glibenclamida) ou insulina injetável. Os pacientes diabéticos também devem fazer exames frequentes nos pés.

Como se prevenir da doença?

A diabetes pode ser evitada com:

  • Atividades físicas regulares (exercício aeróbio - caminhada rápida, corrida, bicicleta, natação - e exercício resistido - peso)
  • Beber muita água
  • Alimentação balanceada em horários controlados
  • Reduzir consumo de bebidas alcoólicas
  • Controle da glicemia
  • Fazer uso de medicações com orientação médica
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