O HDL é o colesterol bom ou ruim?
01 de junho de 2023
Confira dicas para melhorar a quantidade do chamado colesterol bom no organismo

Texto atualizado em 08/05/25
Já vamos começar este artigo lembrando que o colesterol não é uma doença. Ele é um tipo de gordura do nosso corpo, componente estrutural das membranas celulares, e está presente no coração, cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos e pele.
Nosso corpo também usa o colesterol para produzir alguns hormônios, como vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras.
A seguir, vamos falar mais sobre este assunto que é um dos mais importantes para a nossa saúde em geral, explicando curiosidades do tema e dando dicas sobre seu controle e prevenção. Continue lendo!
Funções do colesterol: HDL, LDL e mais
Existem três tipos de lipoproteínas que transportam colesterol em nosso organismo: as lipoproteínas de baixa densidade (LDL), as lipoproteínas de alta densidade (HDL) e as lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL).
O LDL é considerado o colesterol “ruim”, pois é capaz de obstruir artérias e impedir a passagem de sangue, sendo a origem do infarto e do AVC (derrame).
Já o VLDL transporta colesterol e triglicérides (um outro tipo de gordura). Os pontos de atenção são os mesmos do LDL: em caso de excesso, placas de gordura conseguem se prender nas artérias, causando doenças cardíacas e circulatórias.
E ainda há o HDL, chamado de colesterol “bom”. Ele ajuda a remover o excesso de colesterol “ruim”.
O que o colesterol alto pode causar no corpo?
Os problemas para a saúde começam com o acúmulo dessa gordura nas nossas veias e artérias. Presente em alimentos de origem animal (como carne vermelha, ovo e leite) e ainda em alimentos industrializados ricos em gorduras saturadas e gorduras trans, o colesterol circula pelo sangue por meio de lipoproteínas, sendo capaz de grudar nas paredes de veias e artérias, o que aumenta os riscos cardiovasculares.
Colesterol LDL alto: o que significa e como controlar?
Como o colesterol elevado é silencioso (dificilmente manifesta sintomas), a recomendação é, a partir dos 35 anos, fazer os exames anualmente para medir as taxas.
O resultado ideal do LDL no sangue testado em laboratório deve ser de até 130 mg/dL. Qualquer número acima de 159 mg/dL é preocupante.
Já a contagem total de colesterol nos exames de sangue precisa ser menor que 190 mg/dL. Ele é a soma dos três tipos: LDL, HDL e VLDL. O valor de referência desejável para este último permanece em torno de 30 mg/dL.
O colesterol “ruim” alto depende da herança genética (histórico familiar), do estilo de vida (se fuma e/ou costuma beber em excesso), da prática de atividade física regular e do tipo de dieta mantido pelo paciente. A alimentação é extremamente relevante, pois 30% do colesterol dependerá da nutrição, daí sua importância para o controle dos níveis de LDL e HDL.
Se o LDL estiver alto, comer alimentos que sejam fonte de “gordura boa” (que aumentam o HDL) contribui para reduzi-lo. Os principais exemplos são abacate, castanhas, amendoim, nozes e peixes gordos, como salmão, sardinha e atum. Confira mais dicas para a dieta no último tópico deste artigo!
Colesterol bom: entendendo o papel do HDL no corpo
Conhecido como colesterol “bom”, o HDL (sigla para High-density lipoprotein, em português: lipoproteínas de alta densidade) é muito importante para a saúde, pois retira o colesterol “ruim” das artérias e o transporta até o fígado para ser excretado.
Vale lembrar que sozinho ele não elimina completamente o LDL, mas um nível saudável deste tipo de lipoproteína no sangue pode proteger contra infartos (ataques cardíacos) e AVCs (derrames). O HDL é fácil de encontrar nos alimentos.
Os valores de referência do HDL são:
- Baixo: menor que 40 mg/dL para homens e mulheres
- Ideal: acima de 40 mg/dL para todos
HDL baixo: o que significa e como melhorar?
O colesterol HDL é um tipo de gordura responsável por “recolher” o colesterol no sangue e devolvê-lo ao fígado para que seja eliminado, evitando, assim, o acúmulo do colesterol chamado “ruim” (LDL) no organismo e a formação de placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos.
Por isso, é possível, sim, que o baixo nível do colesterol “bom” provoque riscos à saúde, uma vez que ele regula os níveis de gordura no sangue, prevenindo a elevação da quantidade de LDL e triglicerídeo circulante, o que causa a aterosclerose (obstrução das veias e artérias).
O HDL baixo ainda está relacionado com a incidência de infecções e problemas autoimunes, além de alterações nos vasos e processo de coagulação sanguínea.
Como aumentar o colesterol bom (HDL) naturalmente?
O corpo humano produz cerca de 70% do colesterol no fígado, enquanto os outros 30% são resultados da nossa alimentação. Por isso, muito se fala que a proteção do nosso coração e de nosso sistema circulatório passa por uma mudança de hábitos:
- Dieta balanceada (evitar alimentos que elevam o LDL e priorizar aqueles que aumentam o HDL)
- Parar de fumar
- Controlar o consumo de álcool
- Praticar exercícios regularmente
A atividade física tem um papel fundamental nesse processo, pois, além de regular a produção de colesterol, auxilia no controle do peso e estimula a queima de gordura – lembrando que a medida da circunferência abdominal também é um indicativo de risco para doenças cardiovasculares.
Para serem efetivos, os exercícios, como caminhadas, devem ser de meia hora diária. Outra opção é realizar treinos de musculação de uma hora de duração, pelo menos três vezes na semana.
Já para elevar a concentração de HDL no sangue por meio da alimentação é importante consultar um nutricionista. O profissional irá elaborar uma orientação de dieta conforme as necessidades nutricionais de cada pessoa e seu perfil lipídico (níveis de HDL e LDL nos exames).
Para aumentar o colesterol “bom”, é recomendado consumir alimentos ricos em gorduras insaturadas, também chamadas de “boas”, como:
- Abacate
- Azeite de oliva e outros óleos vegetais (girassol, canola, soja e milho)
- Peixes de águas frias e profundas, como salmão, atum e sardinha (ricos em ômega-3)
- Frutas oleaginosas como castanhas, nozes, amêndoas e amendoim
- Sementes como chia, linhaça e girassol (fontes naturais de ômega-3 e ricas em fibras)
- Açaí (rico em gorduras monoinsaturadas, fibras e proteínas)
- Aveia (fonte de fibras insolúveis e solúveis)
- Chá verde e chá mate (equilibram as taxas de colesterol)
Uma dieta equilibrada – rica em verduras, frutas, legumes, grãos integrais, gorduras saudáveis e limitada em alimentos processados – consegue ajudar a melhorar os níveis de HDL e promover uma saúde cardiovascular adequada. Por essa razão, ainda é recomendado evitar:
- Carnes gordurosas
- Leites e iogurtes integrais
- Produtos lácteos (manteiga, creme de leite e queijos)
- Óleos de coco e de palma
- Frituras em geral
- Alimentos processados, como margarina, salgadinhos e bolachas industrializadas
- Carboidratos refinados (pães brancos, massas, arroz branco)
- Açúcares (doces, bolos, refrigerantes, sucos industrializados)
Quem pode ajudar?
O paciente deve procurar ajuda médica quando existe histórico familiar de colesterol alto, quando tem excesso de peso ou doenças relacionadas ao sedentarismo, sobrepeso e/ou obesidade.
Os especialistas habilitados para diagnosticar a condição são:
O acompanhamento e tratamento podem ser continuados com:
É sempre importante consultar um médico para aconselhamento personalizado e acompanhamento adequado. Procure clínicos, cardiologistas, endocrinologistas e nutricionistas mais perto de você!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Ministério da Saúde – Colesterol: o que isso quer dizer?
Sociedade Brasileira de Diabetes – Dez Coisas que Você Precisa Saber sobre o Colesterol
Manual MSD – Níveis elevados de colesterol HDL
NIH – Blood Cholesterol: Causes and Risk Factors
Mayo Clinic – High cholesterol
American Heart Association – Questions about cholesterol? Here are some answers

Escrito por Vale Saúde
A Vale Saúde é uma marca Vivo e oferece serviço de assinaturas com descontos e preços acessíveis para você cuidar melhor da sua saúde.