Saúde Mental
O que o estresse causa no organismo?
04 de abril de 2024
Reação natural do organismo que, em grandes doses, acaba sendo extremamente prejudicial.
O que é o estresse?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) define o estresse como qualquer tipo de alteração que cause desgaste físico, emocional ou psicológico. É uma reação natural do organismo diante de estímulos ou eventos que provocam a necessidade de uma resposta rápida e imediata, chamados de agentes estressores.
Esses agentes provocam nosso emocional e nos levam a um processo de adaptação, marcado por uma série de alterações hormonais, como o aumento da liberação de adrenalina e cortisol, preparando o corpo para tomadas rápidas de decisão.
A resposta do organismo ao agente estressor faz com que os níveis físicos, mentais e comportamentais do nosso organismo trabalhem ao mesmo tempo, proporcionando uma percepção melhor da situação e do que é necessário para sobreviver a ela. Nesses momentos, somos capazes de processar mais rapidamente as informações disponíveis, possibilitando uma busca por soluções e escolhendo maneiras mais adequadas de preparar o corpo para agir diante da situação causadora de estresse.
No nosso dia a dia, essa reação costuma ser desencadeada por situações corriqueiras, que o nosso cérebro entende como situações de perigo. Esse é um dos motivos para nos sentirmos constantemente sob estresse, o que a longo prazo não faz nada bem para o organismo.
Continue lendo e entenda como o estresse acontece e quais são as suas consequências no nosso corpo.
O que nos faz sentir estresse?
Os chamados agentes estressores são os responsáveis por provocar o estresse, somos expostos a eles diariamente, na rotina de trabalho, no trânsito, a poluição sonora, entre outros.
Diferentes situações estressoras ocorrem na nossa vida, e as respostas a elas variam de pessoa em pessoa, capazes de se apresentar em manifestações psicopatológicas com sintomas inespecíficos de depressão ou ansiedade, ou transtornos psiquiátricos como Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).
Esses agentes, de cunho ambiental, são classificados em:
- Acontecimentos diários menores: estão relacionados a incidentes do dia a dia, como longas esperas em filas, enfrentar congestionamentos de trânsito, autoestima, problemas no trabalho ou lidar com barulhos de uma reforma. Embora pareçam triviais, uma exposição frequente a esses eventos pode ser altamente prejudicial.
- Acontecimentos vitais: momentos ligados a grandes mudanças que fazem parte da vida de uma pessoa, como a perda de um familiar ou a chegada de um filho. Esses eventos são classificados como dependentes (o indivíduo é crucial para que aconteçam) ou independentes (são inevitáveis, não precisam da ação do indivíduo) e exigem uma mudança afetiva-emocional muito grande.
- Situações de tensão crônica: são situações prolongadas que exercem um impacto profundamente negativo na vida de alguém. Essas situações têm uma durabilidade emocional maior e causam incômodo constante, como doenças crônicas, relacionamentos abusivos, desemprego ou trabalho demais.
Quais são os sintomas de estresse?
A identificação do estresse não é tão simples, já que esse problema possui vários sintomas que tendem a surgir de forma sutil e gradual. Muitas vezes, nem a própria pessoa, nem aqueles que convivem com ela percebem as mudanças ou as associam com o estresse.
O primeiro sinal ocorre quando uma situação requer adaptação, e é importante porque ajuda a pessoa a lidar com aquilo. No entanto, se os sinais se mantêm por mais tempo, os sintomas físicos e psicológicos começam a surgir.
Dentre os sintomas físicos do estresse, estão:
- Queda de cabelo em excesso
- Dor de cabeça frequentes
- Fadiga
- Tensão muscular
- Imunidade baixa
- Alergias
- Alterações gastrointestinais
- Aumento dos batimentos cardíacos (taquicardia)
- Mãos frias e suadas
- Alterações na pele
- Formigamentos
Os sintomas psicológicos do estresse são bem perceptíveis e costumamos notá-los antes dos físicos. São eles:
- Ansiedade
- Sentimentos de angústia, nervosismo ou preocupação em excesso
- Tontura
- Problemas de memória
- Sensação de perda do controle
- Insônia e dificuldade para dormir
- Alterações de humor
- Desinteresse pelas atividades
- Perda de libido
- Esgotamento mental
Além disso, pessoas em estresse contante tem dificuldade para se organizar e se concentrar em atividades, entrando em um ciclo e ficando cada vez mais estressadas.
Fases do estresse: entenda como ele avança
O estresse pode ser dividido em três fases:
- Fase de alerta: estágio em que os agentes estressores começam a ser notados. O cérebro e os hormônios agem de forma rápida, mas mesmo sentindo que algo está acontecendo, ainda não apresentamos muitos sintomas. Essa fase é considerada comum, e uma resposta imediata do corpo a um novo desafio. Episódios isolados desse tipo de estresse não são prejudicais a saúde, pelo contrário, em determinados momentos conseguem até aumentar a produtividade.
- Fase de resistência: se o estresse é recorrente, é nesta etapa que os primeiros sintomas mentais, emocionais e físicos começam a surgir. É muito comum que as pessoas não percebam que a causa desses sintomas é o estresse crônico.
- Fase de exaustão: é o momento em que o organismo é mais atingido pelos efeitos do estresse. Quando os agentes estressores se mantêm por longos períodos, o indivíduo já não tem mais forças para se adaptar as situações. A exaustão é extremamente prejudicial à saúde, pois contribui para o surgimento de doenças físicas e psíquicas.
O que o estresse faz com o seu corpo?
Quando o corpo está diante de uma situação estressante, o sistema nervoso central entra num modo de resposta conhecido como “luta ou fuga”, e é nesse momento que os recursos de energia são alterados para combater aquilo que parece ser uma ameaça à vida, ou fugir de um inimigo.
Essa resposta do sistema nervoso não é um problema em si, ela se torna prejudicial quando é recorrente e acaba afetando outros sistemas do corpo. Entenda como isso acontece:
Nos músculos
Quando o corpo está estressado, os músculos tendem a ficar tensos como uma medida de proteção contra lesões e desconfortos. Se essa reação persistir por longos períodos, é capaz de levar a dores de cabeça, enxaquecas, dores nas lombar e nos membros superiores, principalmente nos ombros.
No sistema respiratório
As fortes emoções que surgem devido à reação de luta e fuga ocasionada pelo estresse afetam o sistema respiratório contraindo as vias aéreas entre o nariz e os pulmões, levando a falta de ar e respiração rápida. Um impacto emocional muito forte e inesperado, é capaz de provocar ataques de asma ou hiperventilação, causando ataques de pânico.
No sistema cardiovascular
O estresse tem um grande impacto nas funções cardiovasculares, estimulando ou inibindo, dependendo de como cada indivíduo responde aos agentes estressores e do histórico de doenças. Geralmente, ele acarreta um aumento da frequência cardíaca, contrações mais intensas do músculo cardíaco e aumento da pressão arterial. O estresse crônico, ou a exposição constante a ele por um período prolongado, contribui para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares de longo prazo, como hipertensão, arritmias, ataques cardíacos ou AVC.
No sistema gastrointestinal
Os sintomas no estômago e no intestino vão desde dor, inchaço e náuseas até vômitos, aumento ou diminuição do apetite, diarreia ou constipação em quadros mais graves. Além disso, o estresse pode causar alterações na microbiota intestinal (conjunto de bactérias que vivem no órgão) levando a condições inflamatórias intestinais.
Quais doenças o estresse pode causar?
Como dito anteriormente, o estresse causa diversas alterações físicas e emocionais, e por isso, algumas doenças têm mais propensão a serem desenvolvidas ou agravadas, como:
- Problemas cardíacos, derrame e infarto
- Hipertensão
- Ansiedade e depressão
- Asma
- Enxaqueca
- Problemas na pele, alergias e psoríase
- Úlceras
- Transtornos alimentares
- Resfriados frequentes
- Refluxo
- Herpes
Como lidar com o estresse?
Dependendo dos sintomas e da gravidade deles, gerenciar o estresse envolve uma combinação de métodos que incluem desde mudanças nos hábitos de vida, até psicoterapia e tratamento medicamentoso. É muito importante ficar atento aos sinais e reconhecer o sentimento, caso contrário, o estresse pode evoluir para um quadro crônico.
Se o estresse está alto e interferindo no cotidiano, é importante buscar auxílio profissional, de um psicólogo ou psiquiatra, para evitar complicações ainda mais graves a saúde. Também, tomar algumas atitudes de mudança na rotina ajuda tanto a gerenciar o estresse, quanto a preveni-lo. Por exemplo:
- Boas noites de sono
- Praticar atividades e exercícios físicos
- Manter uma alimentação adequada
- Garantir momentos de relaxamento, praticar meditação
- Ter um hobby
- Socializar
- Buscar momentos de prazer na rotina
- Evitar situações estressantes quando possível
- Respeitar seus próprios limites
É importante evitar os excessos, como tabagismo, ingestão de álcool e cafeína, pois, além de combater o estresse, será um cuidado a mais com a saúde do seu corpo.
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Escrito por Vale Saúde
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