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Valvulopatias

Conjunto de doenças afetam as válvulas cardíacas e dificultam trabalho do coração

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O que são valvulopatias?

As valvulopatias ou valvopatias, também chamadas de valvulopatias cardíacas, são um conjunto de doenças que afetam as válvulas do coração, principalmente a válvula mitral (que separa o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo) ou a válvula aórtica.

Essas enfermidades ocorrem devido ao endurecimento dessas estruturas, dificultando o trabalho do órgão em bombear o sangue para todas as partes do corpo. As válvulas atuam juntas, de forma regular, para garantir o direcionamento adequado do fluxo sanguíneo no coração.

Quando a função de uma ou das quatro válvulas é comprometida, o sangue segue um caminho inadequado, resultando na deterioração da capacidade cardíaca e, frequentemente, no surgimento de sintomas que afetam a longevidade e a qualidade de vida. Isso é capaz de levar ao desenvolvimento de outros problemas de saúde, como insuficiência cardíaca, arritmia ou até parada cardíaca.

As válvulas cardíacas podem apresentar anomalias que se manifestam de modo diferentes. Essas doenças são mais frequentes em homens a partir dos 65 anos e mulheres a partir dos 75 anos, e muitas vezes não apresentam sintomas fáceis de identificar. A conscientização sobre essas condições é essencial para um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.

Quais são os tipos de valvulopatias?

As valvulopatias são divididas em dois tipos, conforme a causa:

  • Primária: quando o problema está na válvula em si (degeneração, calcificação, congênitas ou adquiridas por condições como febre reumática e endocardite)
  • Secundária: decorrente de um problema cardíaco que afeta a válvula (dilatação de câmaras causando insuficiência, por exemplo)

Ainda existem quatro classificações de acordo com o nome da válvula atingida:

  • 1. Valvulopatia mitral: é a mais comum e surge devido a lesões na válvula mitral, que se localiza entre o ventrículo e o átrio esquerdo do coração. Os sintomas mais comuns são sensação de falta de ar, tosse, fadiga, náuseas, palpitações e aparecimento de inchaço nos pés e pernas.
  • 2. Valvulopatia aórtica: é uma lesão na válvula aórtica, localizada no lado esquerdo do coração, que permite a passagem de sangue entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta. Os sinais físicos vão piorando ao longo do tempo, sendo que nas fases iniciais são palpitações e falta de ar, enquanto nas etapas mais avançadas podem surgir insuficiência cardíaca, dificuldade para respirar, perda de consciência, dor no peito e náuseas.
  • 3. Valvulopatia pulmonar: surge devido a lesões na válvula pulmonar, que se localiza no lado direito do coração e que permite a passagem de sangue do coração para o pulmão. Ela é menos frequente e deve-se, normalmente, a defeitos cardíacos de nascença (congênitos). Os sintomas só surgem em estados avançados, como inchaço das pernas, cansaço muscular, falta de ar ou parada cardíaca.
  • 4. Valvulopatia tricúspide: ocorre na válvula tricúspide, localizada entre o ventrículo e o átrio direito, que permite a passagem de sangue entre estes dois locais. Normalmente surge devido a infecções como febre reumática ou endocardite e a hipertensão arterial pulmonar. Os sintomas mais comuns são aumento do peso, inchaço das pernas, dor abdominal, cansaço e, em casos mais avançados, sensação de falta de ar, palpitações e angina do peito.

Quais são os sintomas das valvulopatias?

Os sintomas das valvulopatias variam dependendo do tipo e da gravidade da condição. Em alguns casos, podem ser assintomáticas por muitos anos.

Nem todos os pacientes de doenças das válvulas cardíacas apresentam sinais físicos, mas geralmente os pacientes acometidos com essas enfermidades têm:

Quais as causas e fatores de risco das valvulopatias?

Esta doença pode estar presente desde o nascimento do paciente, sendo chamada de valvulopatia congênita. No entanto, também há possibilidade de ela surgir ao longo da vida devido a fatores como:

Como é feito o diagnóstico das valvulopatias?

No caso do surgimento de sintomas, é sempre importante consultar um clínico geral para investigação. Ele fará a anamnese, a análise do histórico médico e a avaliação física em consultório, além de solicitar os exames que julgar necessários. Se houver a suspeita de doenças crônicas, ele deve encaminhar ao especialista para iniciar o tratamento o mais rápido possível.

O diagnóstico de uma valvulopatia deve ser confirmado por um cardiologista, por meio de exames como raio-X, eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para avaliar o funcionamento do coração.

Além disso, uma opção a ser solicitada é o teste ergométrico ou teste de esforço, para avaliar o funcionamento do coração durante o exercício físico. Em último caso, o médico pode pedir um cateterismo, um procedimento um pouco mais invasivo que permite visualizar o coração por dentro.

Qual é o tratamento para as valvulopatias?

O tratamento para as doenças das válvulas cardíacas depende da situação individual de cada paciente. A escolha a ser recomendada pelo cardiologista levará em consideração a idade, a saúde geral da pessoa e a gravidade da valvulopatia.

Geralmente, o médico especialista indica o uso de remédios como diuréticos, antiarrítmicos, betabloqueadores, vasodilatadores ou anticoagulantes, para melhorar os sintomas de inchaço, palpitações cardíacas ou falta de ar. No caso de a condição ter sido causada por uma infecção, o médico também deve receitar antibióticos.

Além disso, em alguns casos, o profissional tem a possibilidade de indicar a realização de cirurgia para reparar ou substituir as válvulas afetadas, mesmo que o paciente não apresente sintomas, para prevenir complicações.

Quais são as complicações possíveis da condição?

As complicações que uma valvulopatia consegue causar são:

  • Insuficiência cardíaca
  • Infarto
  • Arritmia
  • Parada cardíaca
  • Aumentar do risco de formação de coágulos no sangue, que levam ao desenvolvimento de embolia pulmonar ou AVC

Como prevenir doenças cardíacas?

Algumas medidas ajudam a prevenir as doenças que afetam o coração. Confira:

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