Tosse seca persistente: o que pode ser?

O que é a tosse seca e como ela se diferencia da tosse comum?

Já vamos começar este artigo reforçando que nenhum sintoma recorrente deve ser ignorado. Assim como episódios avulsos e repetitivos de febre devem ser investigados pois são indicativos de infecção, a tosse seca persistente também não pode ficar muito tempo sem passar por uma revisão em consultório médico.

A condição revela que algo no organismo não vai bem, por isso um especialista deve ser consultado quando ela não desaparecer sozinha após uma semana ou com remédios caseiros (chás e gargarejos, por exemplo), principalmente se estiver acompanhada de sintomas como febre, fraqueza e dores musculares.

Tossir é um mecanismo de defesa do corpo para expulsar qualquer elemento que esteja causando irritação na garganta ou tentando penetrar no interior das vias respiratórias. Quando a tosse dura dias ou semanas, ela pode ser sinal de alguma doença que precisa ser identificada.

Bastante incômoda, principalmente à noite, causando desconforto para dormir e descansar, a tosse seca é aquela em que não há a eliminação de catarro – diferentemente da chamada “tosse produtiva”, em que há a produção de secreções (muco) pelas vias aéreas do organismo.

A seguir, vamos falar mais sobre este sintoma que pode parecer simples, mas aponta para a descoberta de doenças crônicas ou ainda exposição a substâncias nocivas. Continue lendo para saber o que fazer para lidar com este problema!

Qual o motivo da tosse seca persistente?

Nem sempre a origem da tosse é facilmente detectada, já que pode ser desencadeada por diversos fatores.

Existem várias causas possíveis, entre elas, uma alergia provocada pela exposição a algum elemento presente no ar. A tosse persistente é o sinal da presença de alguma doença, sendo as alérgicas as principais e mais comuns: a asma brônquica, a rinite alérgica e a sinusite alérgica.

Geralmente, o sintoma é o resultado de condições como:

• Alergias
• Rinite
• Amigdalite, faringite ou laringite (inflamação das amígdalas, faringe ou laringe)
• Sinusite
• Asma
• Pneumonia
• Tuberculose
• Gripes e resfriados
• Covid-19
• Refluxo esofágico
• Tabagismo
• Embolia, enfisema e fibrose pulmonar
• Insuficiência cardíaca
• Covid longa
• Câncer de pulmão
• Inalação de pequenos objetos
• Ambientes com poluição, poeira, mofo e produtos químicos
• Mudanças bruscas de temperatura
• Uso de certos medicamentos para pressão alta (Hipertensão arterial)

O que fazer quando a tosse seca não passa?

É importante reforçar que a tosse seca é um sintoma de muitas condições clínicas diferentes. Se ela for persistente, durando mais de uma semana, e interferir de alguma forma na rotina do paciente, é preciso consultar um médico para entender melhor a origem desta reação natural do nosso organismo.

Quando ela estiver relacionada a alguma doença e aparecerem outros sintomas associados, o especialista pode prescrever o tratamento correto para que a tosse cesse. Se ela vier junto a desconfortos gripais, congestão nasal, dor de garganta e de ouvido, o mais indicado é procurar um otorrinolaringologista, pois as vias aéreas superiores parecem ser as afetadas.

Havendo ainda falta de ar e dor nas costas e no tórax, principalmente em fumantes, o ideal é buscar a ajuda de um pneumologista, pois o problema parece estar no sistema respiratório.

Agora, se os incômodos maiores, além da tosse seca constante, forem irritação e coceira na garganta, nariz, olhos e ouvidos, especialmente ao sentir algum cheiro ou em um tipo específico de ambiente, o atendimento de um alergista é a recomendação mais acertada.

Se você usar algum medicamento para controle da pressão arterial ou a vontade de tossir recorrentemente vier à noite, associada à falta de ar e inchaços no corpo, sentindo necessidade de levantar a cabeceira da cama, marque logo um check-up com o seu cardiologista.

Já no caso de ter distúrbios estomacais recorrentes, sentindo azia, indigestão e outros desconfortos, a tosse seca persistente pode ser consequência de refluxo. Com este quadro, o gastroenterologista pode lhe auxiliar a confirmar a causa e tratar o problema.

Mesmo assim, se restar dúvidas sobre qual médico consultar, o clínico geral, após a avaliação inicial do paciente, pode receitar medicamentos para alívio dos sintomas e solicitar exames para fechar o diagnóstico com maior segurança. Se o profissional tiver alguma suspeita e julgar necessário encaminhar para um especialista para acompanhamento posterior, ele certamente o fará.

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Qual o melhor remédio para tosse seca persistente?

A tosse seca persistente não será curada da noite para o dia. Confira a seguir algumas dicas para diminuir o desconforto:

• Beber bastante água para manter as vias aéreas hidratadas, diminuir a irritação da garganta e expectorar (liberar) secreções presas
• Tomar bebidas mornas como chás para amenizar a irritação da garganta
• Evitar ambientes com ar-condicionado
• Colocar uma toalha molhada ou bacia de água no quarto para umidificar o ar do ambiente
• Manter a cabeça mais elevada que o corpo ao deitar-se
• Manter casa e ambiente de trabalho limpos e arejados para combater alergias
• Evitar contato com os agentes que desencadeiam a tosse, tais como poeira e pelos de animais

Lembrando que, como são diversas as possíveis causas clínicas desse sintoma, tomar algum remédio por conta própria pensando em um aparente motivo pode complicar o real fator desencadeante da tosse. Até pastilhas e xaropes são capazes de piorar quadros de refluxo, por exemplo.

Pacientes com doenças cardiovasculares e pulmonares também precisam cuidar com interações medicamentosas. Use medicamentos somente com prescrição médica, sob orientação de um profissional de saúde de confiança.

Quando a tosse seca pode ser perigosa e devo procurar um médico?

A tosse seca persistente é uma manifestação que mostra que o seu organismo está com algum problema. Geralmente, ela é interrompida após uma semana ou 10 dias.

Se o sintoma persistir após esse período ou se ele vier acompanhado por outros sinais, é fundamental buscar ajuda médica.

Confira, a seguir, algumas situações em que o paciente precisa redobrar a atenção:

• Febre alta maior que 38 graus
• Emagrecimento sem causa aparente
• Obstrução nasal
• Cansaço e dificuldade para respirar
• Dores musculares
• Muco com cor irregular como marrom ou marcas de sangue, ainda, se vier acompanhada de falta de ar, fadiga ou sensação de aperto no peito

Se o problema for ignorado e não tratado adequadamente, complicações acontecem a longo prazo: nas cordas vocais, rouquidão e até mesmo afonia (perda da voz), além de cansaço muscular do diafragma e dos músculos do tórax. Em casos extremos, pode ocorrer até fraturas de costelas ou perfuração da traqueia, dos brônquios e dos pulmões, levando a condições sérias com potencial de morte, como pneumomediastino (presença de ar no mediastino, como é chamada a parte central do tórax) e pneumotórax (acúmulo de ar entre as membranas do pulmão).

Na dúvida, procure assistência médica para investigar os incômodos do dia a dia e desconfortos que diminuem a sua qualidade de vida! Pacientes com tosse de origem alérgica ainda encontram tratamento com bons resultados em terapias alternativas como a homeopatia e acupuntura.

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