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PCR: entenda para que serve o exame de Proteína C Reativa
03 de
outubro
de 2024Procedimento auxilia no diagnóstico de infecções, inflamações e doenças cardíacas
O que é proteína C reativa?
A proteína C reativa, também conhecida pela sigla PCR, é produzida no fígado e geralmente aumenta significativamente no organismo quando há indícios de infecção ou inflamação ativas.
O número elevado dessa proteína no sangue ajuda a avaliar a existência de doenças e quadros que não apresentam sintomas característicos visíveis, como é o caso da apendicite. O exame também pode indicar o risco de desenvolvimento de condições cardiovasculares.
Muitas pessoas confundem o exame da proteína C reativa com o teste de RT-PCR, que ficou muito conhecido durante a pandemia da Covid-19. No entanto, são procedimentos completamente diferentes.
A seguir, vamos falar mais sobre a proteína C reativa, a importância no diagnóstico de infecções e a diferença para o RT-PCR, utilizado nos casos de Covid-19. Confira!
Como funciona o exame de PCR?
Para checar o número de proteína C reativa no organismo, é necessário coletar sangue do paciente. Geralmente o exame é solicitado quando o médico identifica sinais de um quadro de infecção, que podem incluir sintomas como:
O exame não requer jejum e é feito normalmente por um técnico de enfermagem ou por um enfermeiro. O processo dura apenas alguns minutos e o paciente é liberado em seguida, podendo voltar normalmente à rotina, apenas evitando levantar peso com o braço em que a coleta foi feita.
Na maioria das vezes, o teste é solicitado por um clínico geral, mas também deve ser indicado por reumatologistas, infectologistas, gastroenterologistas, nefrologistas e ortopedistas, conforme as manifestações apresentadas pelo indivíduo.
Entretanto, é preciso ter em mente que esse exame, por si só, não é específico e não consegue apontar qual doença está afetando o paciente. Desse modo, a avaliação médica e procedimentos complementares são essenciais para fechar um possível diagnóstico.
Qual o valor normal de PCR no sangue?
O valor considerado normal de proteína C reativa é abaixo de 10 mg/L ou 1mg/dL. Os números podem variar um pouco, conforme as amostragens do laboratório em que foi realizado o exame.
Se valores altos de PCR indicam uma possível infecção, valores abaixo do normal podem ocorrer em pessoas que:
- Tiveram grande perda de peso
- Praticam exercícios físicos com frequência
- Consomem bebidas alcóolicas em excesso
- Fazem uso de alguns medicamentos, como ibuprofeno, antibióticos e remédios imunossupressores
O histórico do paciente precisa ser analisado pelo médico, que irá identificar a causa dos números desregulados e orientar o paciente.
Valores alterados de PCR: o que pode indicar?
O valor elevado do PCR não diz exatamente qual infecção está afetando o organismo. Por isso, o especialista precisa avaliar os demais sintomas e, se necessário, solicitar outros exames para fechar o diagnóstico e prescrever o tratamento certo.
Mas, em geral, os seguintes números de proteína C reativa indicam doenças como:
- Entre 1,0 e 10,0 mg/L: apontam para inflamações ou infecções leves, como gripes e resfriados
- Entre 10,0 e 40,0 mg/L: pode sugerir infecções moderadas ou mais graves, como Covid-19 e outras doenças respiratórias, e catapora
- Maior que 40 mg/L: está relacionado com infecções bacterianas, como pneumonia e apendicite
- Maior que 200 mg/L: costuma indicar uma situação gravíssima de septicemia (infecção generalizada no organismo)
O PCR elevado também é capaz de ser sinal de doenças crônicas, como artrite reumatoide, lúpus, Doença de Crohn e colite ulcerativa, ou demonstrar o risco de desenvolvimento doenças cardiovasculares com o passar do tempo. Nesse segundo caso, o cardiologista solicitará o exame de PCR ultrassensível.
O que é o PCR ultrassensível?
Se o especialista quer identificar o risco de o paciente ter doenças cardiovasculares no futuro, ele solicita o exame de PCR ultrassensível.
Nesse caso, o sangue deve ser coletado com o paciente totalmente saudável, sem que haja qualquer tipo de infecção ativa na corrente sanguínea. O teste é mais específico que o PCR comum e consegue identificar valores mais exatos.
Se o paciente estiver bem de saúde e apresentar números elevados de PCR nesse exame, ele corre risco de desenvolver doença arterial periférica, ter um infarto ou um AVC.
O médico vai fazer a orientação, prescrever possíveis remédios e aconselhar sobre a necessidade de ter uma dieta balanceada e realizar exercícios físicos diários.
O que fazer para baixar o nível de proteína C reativa?
A resposta para essa pergunta vai depender do motivo que levou ao aumento da proteína C reativa e os valores da substância no organismo.
Em casos de infecção leve, como gripes e resfriados, geralmente o sistema imunológico se recupera sozinho em poucos dias. Covid-19, sarampo e catapora também são curados naturalmente.
Já infecções bacterianas precisam de maior atenção e tratamento com antibióticos. Se os valores forem mais altos que 200 mg/L, indicando uma infecção grave, o recomendado é que o paciente fique internado para receber antibióticos diretamente na veia, com acompanhamento hospitalar.
A avaliação médica do exame de PCR é essencial para entender o que está aumentando o nível de proteína C reativa e qual é o melhor caminho para normalizar os números.
Muitas vezes o profissional solicita testes complementares para conseguir diagnosticar corretamente, além de fazer um exame físico clínico e ouvir o histórico do paciente.
É importante lembrar que PCR elevado pode ser sinal de doenças graves, como câncer, que requerem diagnóstico e tratamento precoce para garantir maiores chances de cura. Por isso, a avaliação médica é indispensável.
Exame de PCR e RT-PCR: quais são as diferenças?
Como falamos acima, o exame da proteína C reativa é completamente diferente do exame RT-PCR, que identifica doenças como a Covid-19.
A técnica de RT-PCR significa Reação em Cadeia da Polimerase (e não proteína C reativa) e identifica a presença de material genético de microrganismos causadores de condições como Covid-19, Zika, dengue, entre outros.
Esse exame é feito a partir de uma amostra retirada da nasofaringe, região da garganta que fica atrás do nariz e da boca, por meio de um cotonete. Aqui já podemos perceber que é totalmente diferente do exame de proteína C reativa que falamos nesse texto, não é?
A confusão muitas vezes acontece por conta das siglas, que são as mesmas – mas possuem significados diferentes – e porque o exame de sangue de PCR também consegue identificar a ação do novo coronavírus no corpo.
No entanto, o RT-PCR aponta diretamente a presença do vírus na corrente sanguínea, enquanto o exame da proteína C reativa apenas diz que há um processo infeccioso em andamento.
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Escrito por Vale Saúde
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