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Apendicite

Inflamação do apêndice pode levar à morte se o órgão não for removido cirurgicamente

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O que é apendicite?

A apendicite é caracterizada pela inflamação do apêndice, um pequeno órgão que está localizado na primeira porção do intestino grosso.

O apêndice funciona como uma extensão do intestino e serve como um depósito para bactérias que auxiliam na digestão de alimentos. Atualmente, é considerado um órgão vestigial, isto é, que perdeu a sua função de acordo com a evolução humana.

Entretanto, quando o apêndice inflama, causa fortes dores abdominais, falta de apetite, febre e náuseas. Além disso, o processo inflamatório da apendicite é progressivo e piora com o passar das horas.

Dessa forma, se o paciente não procurar ajuda médica, o quadro se torna cada vez mais grave. Em até 72 horas (ou três dias), o apêndice pode se romper, causando uma inflamação generalizada e elevando as chances de morte.

Quais são os principais sintomas?

O principal sintoma da apendicite é uma dor abdominal severa, localizada no lado direito e na parte inferior do abdômen, próximo ao umbigo. Essa dor pode surgir como um incômodo ou pontadas leves, e gradualmente se torna mais aguda e constante.

Também é comum que o paciente apresente:

  • Falta de apetite
  • Febre e calafrios
  • Inchaço na barriga
  • Rigidez abdominal
  • Gases
  • Fadiga e apatia
  • Náuseas e vômitos
  • Mal-estar generalizado
  • Constipação (dificuldade para evacuar)
  • Colapso do aparelho digestivo (porque o intestino para de funcionar eventualmente)

O que causa apendicite?

A apendicite pode ter diversas causas. No entanto, a mais comum ocorre por conta da entrada de fezes dentro do apêndice, que leva à irritação e inflamação do local.

A doença também pode acontecer devido a uma gastroenterite. Nesse caso, a bactéria invade o apêndice e provoca a inflamação do órgão.

Como é feito o diagnóstico?

Ao perceber os sintomas compatíveis com o da apendicite, o paciente precisa procurar atendimento médico o mais rápido possível. Na emergência médica, um clínico geral irá ouvir o histórico de dor e sintomas do paciente, além de fazer exames físicos, como apalpar o abdômen.

Casos suspeitos de apendicite devem ser encaminhados para um cirurgião do aparelho digestivo, que irá solicitar exames de imagens, como ultrassonografias e tomografias, que ajudam a confirmar o diagnóstico.

Também é possível solicitar um exame de sangue, que pode apontar um número elevado de leucócitos (células de defesa), o que confirma uma infecção no organismo. Entretanto, não existe um exame laboratorial específico para comprovar um quadro de apendicite.

Ainda é importante esclarecer que vários sintomas de apendicite são semelhantes a outras doenças, como viroses e gastroenterites. Por isso, a avaliação médica é imprescindível para confirmar ou descartar hipóteses.

Apendicite tem cura? Como é feito o tratamento?

A apendicite precisa de muita atenção, pois o quadro se agrava em até 72 horas e pode levar à morte. É essencial que o paciente procure uma emergência médica ao perceber os sintomas da doença.

O único tratamento disponível para casos de apendicite é a cirurgia de retirada do órgão (apendicectomia) . Em muitos casos, os cirurgiões optam pela cirurgia antes mesmo de confirmar o motivo da dor abdominal, já que o apêndice pode se romper em poucas horas após o início desse sintoma.

Se o cirurgião realizar a cirurgia e constatar que o apêndice não está inflamado, ele pode decidir por retirar o órgão do mesmo jeito, para evitar inflamações futuras. Como o apêndice não é um órgão essencial, não há qualquer tipo de perda com a sua retirada.

Tem como prevenir quadros de apendicite?

Não. A apendicite pode acontecer em qualquer momento da vida e em qualquer pessoa, mesmo que os casos sejam mais comuns em jovens entre os 20 e 30 anos.

Embora não exista uma maneira garantida de prevenção à doença, é recomendado seguir uma vida saudável e com as seguintes dicas:

  • Manter-se sempre hidratado
  • Ter uma dieta que inclua alimentos ricos em fibra (como aveia, arroz integral e granola) e em zinco (como feijão, carne vermelha e laticínios)

  • Evitar alimentos gordurosos e calóricos
  • Não dormir logo após as refeições
  • Comer de três em três horas
  • Comer com calma, mastigando os alimentos corretamente
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