Dicas e Curiosidades
Quais doenças mais afetam as mulheres?
25 de
maio
de 2023Conheça condições específicas das mulheres e outras que elas têm mais tendência a desenvolver
Existem doenças que acometem com maior frequência a população feminina, causando prejuízos à sua qualidade de vida e mesmo elevando estatísticas de mortalidade. Algumas podem estar ligadas a fatores fisiológicos, genéticos e hormonais, mas o ambiente e as condições de vida também acabam afetando a saúde da mulher como um todo, direta e indiretamente.
Durante toda a vida, é importante dar atenção às questões de saúde e fazer acompanhamentos, avaliações e exames anuais com médicos especialistas. Algumas enfermidades o corpo feminino é mais propenso a desenvolver e outras, as doenças ginecológicas, são exclusivas de pessoas que possuem útero, ovários e o respectivo sistema hormonal que acompanha a biologia feminina.
Qual a diferença entre doenças e processos naturais do corpo feminino?
É preciso diferenciar o que são doenças de fato e o que são processos naturais do corpo humano feminino mas que, caso não observados com a devida atenção, podem vir a desenvolver condições de saúde ao longo do tempo.
Um bom exemplo disso é a menstruação, que é um processo natural do corpo e não é considerada doença por si só. No entanto, caso exista um ciclo irregular ou outros distúrbios específicos tais como cólicas, dores, sangramentos anormais, desmaios e outros sintomas persistentes, há possibilidade de ser uma doença e um médico ginecologista deverá ser consultado.
Questões de infertilidade e problemas de fertilidade, gravidez de risco e complicações obstétricas e até mesmo depressão pós-parto fazem parte de um momento muito específico da vida de uma mulher e estão relacionados diretamente à maternidade. São questões específicas e podem ser doenças ligadas à gravidez e seu desenvolvimento, mas que geralmente são temporárias e não persistentes. Nesses casos, um obstetra e/ou psicólogo são os profissionais indicados para auxiliarem com diagnóstico e tratamento adequados.
Já a menopausa também não é uma doença, mas sim uma fase importante da vida e que requer cuidados específicos. A seguir, vamos ver quais enfermidades a fisiologia feminina tem mais propensão a desenvolver e quais condições ginecológicas são as mais comuns.
Quais as 10 doenças mais comuns nas mulheres?
Cada doença tem sintomas específicos, exige exames e investigações individuais e deve ser tratada pelo profissional especializado. Além de questões psicológicas – que acometem ambos os sexos –, algumas doenças autoimunes estão entre as principais que podem ser desenvolvidas na população feminina com maior frequência. São elas:
Alzheimer
A hipótese para maior incidência desta doença em mulheres é por conta da expectativa de vida mais longa em relação aos homens e também à queda de estrogênio na menopausa. Trata-se de um tipo de demência progressiva que afeta a memória e capacidades de pensamento e execução de tarefas simples. Em caso de sintomas, busque um médico neurologista.
Bulimia e outros distúrbios alimentares
A maioria das portadoras desses transtornos são adolescentes e jovens adultas. A bulimia é uma doença que prejudica fisicamente e, embora deva ser tratada de forma integral, o profissional indicado é o psicólogo.
Depressão
Embora a depressão possa ocorrer por diversos fatores, a frequência em mulheres se dá devido à grande variação hormonal (puberdade, puerpério, menopausa) ao longo da vida. Os principais sintomas são falta de motivação ou prazer na vida, isolamento social, tristeza contínua e sensação de desamparo, irritação e distúrbios do sono. Cada caso deve ser acompanhado por um psiquiatra e um psicólogo.
Doença Celíaca
Em cada quatro doentes celíacos, três são mulheres. Ocorre em pessoas com predisposição genética e causa permanente sensibilidade ao consumo de glúten. Para solicitar os exames adequados para investigação desta doença, um gastroenterologista deverá ser consultado.
Esclerose Múltipla
Esta doença acomete com mais frequência mulheres brancas e jovens, com os primeiros sintomas aparecendo entre os 20 e 40 anos. Afeta o sistema nervoso central causando inflamação no cérebro e na medula espinhal, comprometendo a movimentação do corpo. Geralmente é descoberta por um clínico geral, que pode encaminhar a paciente ao neurologista para uma investigação mais adequada.
Fibromialgia
Sete vezes mais comum no sexo feminino, a fibromialgia caracteriza-se por dores musculoesqueléticas crônicas e difusas, associada a outras patologias tais como depressão, síndrome do intestino irritável, fadiga, distúrbios do sono e alterações reumatológicas. Para avaliação de sintomas, solicitação de exames, um médico reumatologista deve ser consultado.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é uma condição da glândula tireoide que deixa de produzir uma quantidade necessária de hormônios para o pleno funcionamento do organismo como um todo. Ela é mais comum em mulheres da faixa dos 60 anos de idade, mas pode ocorrer durante toda a vida. O médico indicado para tratamento é o endocrinologista.
Lesão por Esforço Repetitivo (LER)
Aproximadamente 85% dos pacientes são mulheres na faixa etária dos 20 aos 40 anos. Relacionado com atividade profissional, a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é provocada pela execução de movimentos repetitivos e contínuos, favorecida por uma postura incorreta ou levantamento de pesos. Para tratamento, um ortopedista deve ser consultado.
Lúpus
Autoimune, o lúpus ocorre quando o sistema imunológico passa a atacar seus próprios órgãos e tecidos, causando inflamações. Mulheres são as mais atingidas pela doença, principalmente entre os 20 e 45 anos. Consulte um reumatologista.
Osteoporose
A osteoporose está ligada à menopausa e comum em mulheres acima de 45 anos, período em que o organismo feminino para de produzir estrogênio. Os ossos se tornam mais porosos, sem densidade e com facilidade de se quebrar. Neste caso, um ginecologista e um reumatologista devem ser consultados.
Quais as 10 doenças ginecológicas mais comuns nas mulheres?
Em relação a doenças específicas do sistema reprodutor feminino, o profissional que é consultado inicialmente é o ginecologista. Ele realiza a primeira análise e encaminha para outros especialistas, se houver necessidade.
Todas as doenças precisam ser observadas de forma integral, levando em consideração não apenas questões biológicas e fisiológicas, mas também ambiental e de condições de vida em particular. Várias das patologias mencionadas a seguir podem ter seus efeitos minimizados ou mesmo ser evitadas por meio de medidas de prevenção, mudanças de hábito ou diagnóstico precoce. São elas:
Câncer de mama
Segunda maior causa de morte de mulheres no Brasil, o câncer de mama não possui uma causa específica conhecida, mas supõe-se uma predisposição genética ao seu desenvolvimento. O melhor tratamento ainda é a prevenção através de autoexame regular e mamografia periódica anual.
Câncer de Ovário
O mais letal dos cânceres ginecológicos, o câncer de ovário pode ser evitado caso o exame preventivo seja feito a tempo. A estimativa do Ministério da Saúde é que 8 de 10 casos são diagnosticados em fase avançada, o que diminui as chances de cura.
Candidíase
A candidíase não é considerada IST, embora seja transmissível. Causa coceira intensa, corrimento esbranquiçado ou amarelado espesso, ardor ao urinar e nas relações sexuais. Surge quando o organismo está com baixa imunidade, em uso de antibióticos, anticoncepcionais, corticoides, nas diabéticas e em portadoras de HPV.
A prevenção consiste em evitar que os fungos que vivem no organismo cresçam, manter a saúde em boas condições, com a glicose controlada, e evitar roupas apertadas e uso de absorventes internos.
Cistite ou Infecção urinária
A cistite (ou infecção urinária), afeta mais as mulheres por terem a uretra mais curta que os homens. Causa infecção da bexiga por uma bactéria comum chamada E.Coli.
A prevenção é utilizar o papel higiênico sempre de frente para trás, tomar bastante água, não segurar urina por muito tempo, ter hábitos regulares de higiene e evitar roupas muito apertadas. Mulheres que trabalham sentadas devem ter especial cuidado.
Cólicas menstruais
Não chega a ser uma doença, mas é algo que é reclamação frequente de muitas mulheres. Se a cólica abdominal for persistente, é necessário que sejam feitos exames para investigação de doenças. Não é normal sentir dores todos os meses. Além da bolsa de água quente é importante a prática regular de exercícios físicos e uma dieta saudável, evitar a ingestão de cafeína no período menstrual.
Endometriose
De acordo com o Ministério da Saúde, 10% a 15% das brasileiras com idades entre 25 e 35 anos são atingidas pela endometriose. Trata-se de uma doença inflamatória no tecido do endométrio que causa dor constante na paciente. O tratamento pode incluir mudança na alimentação e entre outros cuidados em relação a estilo de vida.
Incontinência urinária
Doença mais comum em mulheres e idosos, a incontinência urinária também pode ocorrer temporariamente por conta de gravidez, parto e também durante a menopausa. Mulheres também são mais propensas a apresentar incontinência de estresse.
HPV (Papilomavírus humano) / Câncer do colo do útero
Considerada a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum em todo o mundo, o HPV possui mais de 150 tipos de variantes. Entre os riscos, está o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como de colo do útero, de cólon e reto, de boca e de garganta. Para prevenção, é preciso realizar o exame Papanicolau anualmente.
Mioma uterino
Comum em mulheres em idade reprodutiva, o mioma uterino regride na menopausa. Trata-se de um ou mais tumores benignos que crescem na região do útero chamada miométrio.
Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
Problema causado por desequilíbrio hormonal que forma cistos que aumentam os ovários. Entre os sintomas estão: menos ovulações, ciclos menstruais irregulares, maior liberação de hormônios androgênios e resistência à insulina.
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) causa dificuldades para engravidar, diabetes, aumento de pelos no corpo, pele oleosa e acneica, queda de cabelo, obesidade e manchas escuras no pescoço e axilas.
Tenha acompanhamento médico e realize consultas periódicas
Existem inúmeros outros tipos de enfermidades – tais como esteatose hepática e miosite – que acometem a população do sexo feminino. Neste artigo, foram abordadas apenas as mais frequentes, sendo elas gerais ou específicas. Nem sempre é possível prevenir todas as doenças femininas, mas o diagnóstico precoce pode ajudar. Só assim é possível a definição de um tratamento eficaz que evite a piora ou o desenvolvimento de outras doenças.
Por isso que o acompanhamento com médico ginecologista, entre outros especialistas que também podem auxiliar no processo de investigação de doenças, é muito importante para todas as mulheres. Então, sempre que sentir algum desconforto diferente ou quando tiver dúvida em relação a algum sintoma, sugerimos que converse imediatamente com um médico.
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Escrito por Vale Saúde
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