Saúde e Bem-estar
Imunossuprimidos: entenda por que são um grupo de risco
10 de
setembro
de 2024Condição é caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunológico e risco de infecções
O que são pacientes imunossuprimidos?
Você já ouviu falar no termo “imunossuprimido”? Durante a pandemia da Covid-19, a expressão se tornou popular, pois as pessoas com imunodeficiência estavam no grupo de risco da doença. Além disso, elas também fizeram parte do segmento prioritário da vacinação.
Para explicarmos o que são indivíduos imunossuprimidos, primeiro precisamos entender o que é o sistema imunológico. Você provavelmente sabe que todos nós temos uma defesa natural contra microrganismos, não é? Trata-se de um conjunto de células, tecidos, órgãos e glândulas que protegem o organismo contra vírus, bactérias, micróbios, fungos e outros agentes invasores, capazes de causar condições de diferentes gravidades.
No caso de pessoas imunossuprimidas, o sistema imune apresenta falhas e enfraquecimento, que podem ser ocasionados por enfermidades, uso de medicamentos ou procedimentos médicos.
A imunossupressão pode ser primária (quando é gerada por doenças congênitas) ou secundária (quando é causada por fatores externos ou por condições adquiridas ao longo da vida). Além disso, a imunodeficiência é classificada em leve, moderada ou grave, conforme os sintomas apresentados pelo indivíduo.
Quais condições caracterizam um quadro de imunossupressão?
A imunossupressão primária é caracterizada pela presença de doenças congênitas, como:
- Síndrome de DiGeorge: afeta o desenvolvimento do timo, que é crucial para a maturação dos linfócitos T, essenciais na resposta imunológica
- Agamaglobulinemia de Bruton: é a ausência de imunoglobulinas (anticorpos), o que compromete a capacidade do corpo de combater doenças
- Imunodeficiência Combinada Grave (SCID): é uma das formas mais graves de imunossupressão, em que os níveis de anticorpos e linfócitos T estão comprometidos
- Síndrome de Wiskott-Aldrich: prejudica o sistema imunológico e a coagulação do sangue, causando suscetibilidade a infecções e sangramentos
- Deficiência de adesão leucocitária (LAD): impede que os leucócitos (glóbulos brancos) migrem adequadamente para os locais de infecção
Essas condições, na maioria das vezes, precisam de diagnóstico precoce para que o paciente tenha mais qualidade de vida. No geral, os tratamentos como terapia com imunoglobulina, transplante de células-tronco hematopoiéticas ou outras abordagens específicas são essenciais no auxílio à função imunológica, prevenindo infecções graves e potencialmente fatais.
Já a imunossupressão secundária possui outras causas, que incluem:
- Infecções crônicas, como a AIDS, causada pelo vírus HIV
- Tratamentos médicos com medicamentos imunossupressores, como corticosteroides, quimioterapia ou drogas usadas em transplantes de órgãos para evitar rejeição
- , já que a falta de nutrientes essenciais pode comprometer a função imunológica
- Doenças autoimunes, pois em alguns casos, o tratamento pode envolver a imunossupressão para controlar a resposta imunológica exagerada do corpo
- Doenças crônicas, como diabetes, insuficiência renal e câncer
- Estresse físico e psicológico é capaz de afetar a resposta imune
O tratamento, nessas situações, geralmente envolve os cuidados com a condição subjacente que está causando a imunossupressão e, se for necessário, a utilização de terapias que ajudam a fortalecer ou proteger o sistema imunológico.
Quais são os sintomas de imunossupressão?
Pacientes imunossuprimidos apresentam manifestações que variam em gravidade e recorrência conforme as causas da condição. Mas, no geral, é comum que essas pessoas tenham:
- Infecções recorrentes e duradouras, como resfriados, gripes, infecções urinárias e doenças de pele
- Infecções incomuns, que raramente afetam pessoas com sistema imunológico saudável, como pneumonia por Pneumocystis jirovecii, infecções fúngicas invasivas ou infecções causadas por microrganismos oportunistas
- Perda de peso inexplicada, devido às constantes infecções ou pela incapacidade do corpo de absorver nutrientes adequadamente
- Problemas de pele, como lesões, erupções cutâneas ou abscessos que não cicatrizam corretamente
- Infecções do trato respiratório superior ou inferior, que incluem sintomas como tosse persistente, falta de ar e dor torácica
Outros sintomas frequentes são:
- Cicatrização lenta de feridas
- Febre persistente ou inexplicada
- Fadiga crônica
- Suor noturno
- Diarreia crônica
Ao apresentar esses sinais de maneira recorrente, é recomendado buscar ajuda médica, inicialmente de um clínico geral, que irá solicitar uma série de exames de rotina para identificar possíveis problemas com o sistema imunológico.
Como saber se sou imunossuprimido?
O diagnóstico de um sistema imunológico defeituoso depende, sobretudo, do resultado de exames clínicos e laboratoriais, solicitados pelo médico. No entanto, é importante que o paciente faça uma autoavaliação dos seus sintomas. Ao notar gripes, resfriados e outras infecções recorrentes e persistentes, é importante marcar uma consulta com um especialista para checar se está tudo bem.
Além disso, pessoas com AIDS, câncer, doenças autoimunes, que já passaram por transplante de órgãos ou estão em tratamento com quimioterapia ou medicamentos imunossupressores, precisam de acompanhamento médico frequente, pois podem apresentar imunodeficiência.
O hemograma completo, o teste de função imunológica e exames para identificar infecções persistentes ou oportunistas são de extrema importância no diagnóstico de uma possível imunossupressão. De acordo com os resultados, o paciente é encaminhado para tratamento com um , profissional capacitado e especializado no sistema imunológico.
Quais cuidados os pacientes imunossuprimidos precisam ter no dia a dia?
Ao ser diagnosticada com imunossupressão, a pessoa precisa estar atenta aos tratamentos e cuidados indicados pelo médico. O imunologista é o especialista recomendado para conduzir o acompanhamento, mas, muitas vezes, é importante ter o suporte de outros profissionais.
O infectologista, por exemplo, tem um papel essencial no tratamento de infecções graves, recorrentes e/ou oportunistas em pacientes imunossuprimidos. Além disso, outros especialistas, como reumatologistas, nefrologistas, oncologistas e hematologistas, podem ser envolvidos conforme as causas da imunodeficiência.
No dia a dia, quem possui o sistema imunológico enfraquecido precisa seguir uma série de cuidados específicos para diminuir os riscos de infecção. Confira alguns exemplos:
- Higiene pessoal rigorosa: é preciso lavar as mãos diversas vezes ao dia, manter uma boa higiene bucal e tomar banhos diários, lembrando-se de trocar a roupa do corpo.
- Não ter contato com indivíduos doentes: é indicado evitar locais lotados e com pouca circulação de ar, especialmente durante surto de doenças respiratórias.
- Manter uma boa alimentação: é necessário ter uma alimentação balanceada e segura, evitando o consumo de alimentos malcozidos e crus e higienizando corretamente frutas e legumes antes de ingeri-los.
- Manter um estilo de vida saudável: faça exercícios físicos diariamente ou conforme indicação médica. Procure dormir bem e fazer o gerenciamento do estresse do dia a dia.
- Uso de máscaras: faça o uso de máscaras respiratórias especialmente em hospitais ou locais com propensão a infecções.
- Ter cuidado com feridas e machucados: ao notar cortes e outros tipos de ferimentos, faça a higienização imediata da área. Ao notar sinais de infecção, como vermelhidão, calor ou pus, procure atendimento médico.
- Manter as vacinas em dia: procure o seu médico para entender quais imunizantes são recomendados para a sua situação. Pessoas imunossuprimidas nem sempre podem tomar todas as vacinas disponíveis, mas algumas, como a da gripe, são altamente indicadas.
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Escrito por Vale Saúde
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