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Saúde e Bem-estar

Hormônio do estresse: como o cortisol atua no organismo?

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Substância é responsável por regular o humor, a motivação e o medo

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Vilão ou aliado: o que é cortisol?

O cortisol é um hormônio esteroide produzido pelas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins. É amplamente conhecido como o “hormônio do estresse”, mas seu papel no organismo vai muito além disso 

Essencial para o funcionamento do corpo, o cortisol atua na regulação do metabolismo, controle da pressão arterial, resposta imune e equilíbrio emocional, incluindo humor, sentimento de motivação e medo. 

Apesar da fama negativa, o cortisol não é, por si só, um vilão. Em situações agudas e controladas, ele atua como um aliado importante: ajuda o organismo a lidar com desafios e ameaças, promovendo adaptações fisiológicas que garantem a sobrevivência 

No entanto, quando seus níveis se mantêm elevados por longos períodos (como acontece em situações de estresse crônico), ele pode provocar uma série de efeitos prejudiciais à saúde. 

Neste conteúdo, vamos falar mais sobre o cortisol, o seu papel no organismo humano e as consequências de níveis alterados dessa substância. Confira! 

Funções do cortisol no organismo

O cortisol é um hormônio multifuncional e exerce papéis fundamentais em vários sistemas do corpo. Entre suas principais funções, estão: 

Metabolismo energético 

O cortisol participa da regulação da glicose no sangue por meio da gliconeogênese (um processo que converte aminoácidos e gorduras em glicose no fígado). Ele também contribui para a quebra de proteínas e lipídios, liberando energia para ser utilizada em momentos de estresse físico ou mental. 

Sistema cardiovascular

Esse hormônio influencia a contração dos vasos sanguíneos e o equilíbrio de eletrólitos como sódio e potássio 

Dessa forma, contribui para a manutenção da pressão arterial e da função cardíaca adequada. 

Sistema imunológico

O cortisol exerce ação anti-inflamatória, reduzindo a atividade de células imunes e a produção de substâncias inflamatórias 

Isso é essencial para evitar reações exageradas do sistema imunológico, mas pode ser prejudicial se a supressão for excessiva. 

Ritmo circadiano

A produção de cortisol segue um ritmo diário. Os níveis são mais altos pela manhã, ao despertar, e caem gradativamente ao longo do dia, atingindo o ponto mais baixo à noite 

Esse padrão influencia o ciclo de sono e vigília, além do humor e da disposição. 

Como o cortisol reage ao estresse?

Quando o corpo detecta uma situação de perigo, real ou percebida, ele ativa um mecanismo chamado eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) 

O hipotálamo libera o hormônio CRH (hormônio liberador de corticotropina), que estimula a hipófise a secretar ACTH (hormônio adrenocorticotrófico). Esse, por sua vez, estimula as glândulas suprarrenais a produzirem cortisol. 

Esse aumento temporário de cortisol prepara o organismo para enfrentar o agente estressor. A glicose é liberada na corrente sanguínea para fornecer energia aos músculos, a frequência cardíaca aumenta, e a sensibilidade à dor diminui. Essa é a chamada resposta de “luta ou fuga”. 

Porém, quando o estresse se torna constante, o organismo permanece em estado de alerta por tempo prolongado, levando à produção crônica de cortisol. Esse excesso contínuo é capaz de desencadear diversos problemas de saúde física e mental. 

Quando o cortisol está em excesso: efeitos negativos

O excesso de cortisol no organismo, especialmente de forma crônica, causa uma série de alterações indesejáveis 

Essa condição costuma ocorrer por estresse contínuo ou por doenças como a síndrome de Cushing, caracterizada pela produção excessiva do hormônio. 

Entre os principais efeitos negativos do cortisol elevado estão: 

  • Ganho de peso, especialmente na região abdominal 
  • Queda da imunidade e maior propensão a infecções 
  • Perda de massa muscular e enfraquecimento ósseo (osteoporose) 
  • Alterações de memória e concentração 
  • Enfraquecimento da pele e aparecimento de estrias largas e arroxeadas 

Além disso, o excesso de cortisol consegue afetar a estrutura cerebral, prejudicando regiões envolvidas no controle emocional, na tomada de decisões e na memória. 

O que aumenta os níveis de cortisol?

Os níveis de cortisol aumentam por diversos motivos, tanto fisiológicos quanto ambientais ou comportamentais. Abaixo estão os principais fatores: 

  • Estresse emocional (ansiedade, preocupações, tensão) 
  • Alimentação rica em açúcar e cafeína 
  • Desidratação 
  • Doenças e infecções 
  • Uso de medicamentos corticoides 
  • Distúrbios hormonais (como síndrome de Cushing) 

Quando o cortisol está em baixa: o que acontece?

A deficiência de cortisol, conhecida como hipocortisolismo ou insuficiência adrenal, também pode trazer sérios riscos à saúde 

Uma das principais causas dessa condição é a Doença de Addison, em que o organismo não consegue produzir quantidades adequadas do hormônio. 

Os principais sintomas do cortisol baixo incluem: 

  • Fadiga extrema e persistente 
  • Tontura e desmaios, especialmente ao se levantar 
  • Perda de apetite e de peso 
  • Pressão arterial muito baixa 

Em casos mais graves, é possível ocorrer uma crise adrenal, situação potencialmente fatal que exige atendimento médico imediato 

Essa crise se caracteriza por confusão mental, febre, vômitos e colapso circulatório. 

O que abaixa os níveis saudáveis de cortisol?

Certos fatores são capazes de derrubar demais os níveis saudáveis de cortisol, prejudicando o equilíbrio do organismo. Veja abaixo: 

  • Uso prolongado de corticoides (como prednisona e dexametasona etc.) sem acompanhamento médico 
  • Estresse crônico extremo que leva ao “esgotamento” do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal 
  • Doença de Addison (insuficiência adrenal, onde as glândulas suprarrenais produzem pouco ou nenhum cortisol) 
  • Problemas na hipófise (tumores, cirurgias ou lesões) que reduzem a produção de ACTH 
  • Trauma físico severo ou infecções generalizadas (como sepse) 
  • Desnutrição ou dietas extremamente restritivas por tempo prolongado 
  • Uso de drogas que afetam o sistema endócrino, como opioides 
  • Jejum prolongado excessivo, sem equilíbrio nutricional 
  • Doenças genéticas ou congênitas que afetam a produção hormonal 

Como medir os níveis de cortisol?

A avaliação dos níveis de cortisol deve ser feita por meio de exames laboratoriais, solicitados por um endocrinologista. Os principais testes são: 

  • Cortisol sérico: exame de sangue realizado geralmente pela manhã, quando os níveis hormonais estão mais altos. Às vezes, também é feita uma segunda coleta à tarde para avaliar o ritmo circadiano 
  • Cortisol salivar: mede os níveis de cortisol em amostras de saliva coletadas ao longo do dia, sendo útil para detectar alterações no ritmo hormonal 
  • Cortisol urinário de 24 horas: quantifica a quantidade total de cortisol excretada pela urina em um dia completo, sendo útil para investigar a síndrome de Cushing 
  • Testes de estímulo ou supressão: envolvem o uso de medicamentos que simulam ou inibem a produção de cortisol para avaliar a resposta das glândulas suprarrenais 

O papel do estilo de vida na regulação do cortisol

O estilo de vida tem um impacto direto nos níveis de cortisol e, consequentemente, na saúde física e mental.  

Hábitos saudáveis ajudam a manter esse hormônio em equilíbrio. Veja algumas práticas eficazes: 

Sono de qualidade

Dormir bem é fundamental para regular o ciclo natural do cortisol. A privação de sono leva ao aumento do hormônio e ao desequilíbrio do eixo HHA. 

Alimentação equilibrada

Nutrientes como magnésio, vitamina C, ômega 3 e vitaminas do complexo B ajudam a regular o sistema nervoso e a resposta ao estresse. Evitar cafeína e açúcar em excesso também contribui para manter o equilíbrio hormonal. 

Atividade física 

A prática regular de exercícios físicos de intensidade moderada ajuda a reduzir o estresse e a equilibrar os níveis de cortisol 

No entanto, treinos intensos sem descanso adequado podem causar o efeito contrário. 

Técnicas de relaxamento

Meditação, respiração profunda, yoga, mindfulness e até atividades prazerosas como ouvir música ou estar com amigos reduzem a produção de cortisol e promovem sensação de bem-estar. 

Organização e pausas no dia a dia

Gerenciar melhor o tempo, evitar sobrecarga de tarefas e incluir pausas ao longo do dia são estratégias simples, mas eficazes, para evitar picos de estresse e, portanto, de cortisol. 

Quando procurar ajuda médica?

É importante procurar atendimento médico sempre que houver sintomas persistentes relacionados ao excesso ou à deficiência de cortisol, como fadiga extrema, alterações de peso, pressão alta ou baixa, problemas de sono, alterações de humor e dificuldade de concentração. 

O endocrinologista é o especialista indicado para investigar alterações hormonais e realizar os exames necessários. Em casos diagnosticados de síndrome de Cushing ou doença de Addison, o tratamento pode envolver medicamentos, reposição hormonal ou intervenções cirúrgicas, conforme o caso. 

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e garantir maior qualidade de vida.  

Por isso, faça um check-up médico anualmente e conte com os serviços da Vale Saúde para garantir a sua saúde   

Referências 

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK538239/  

https://www.healthdirect.gov.au/the-role-of-cortisol-in-the-body  

https://www.betterhealth.vic.gov.au/health/conditionsandtreatments/Hormones-cortisol-and-corticosteroids  

https://medlineplus.gov/lab-tests/cortisol-test/  

https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10706127/  

https://medlineplus.gov/ency/article/003693.htm  

https://my.clevelandclinic.org/health/articles/22187-cortisol  

https://vencerocancer.org.br/cortisol-alto/  

https://ge.globo.com/eu-atleta/saude/reportagem/2024/07/12/c-cortisol-o-que-e-e-quais-os-efeitos-no-corpo.ghtml  

https://blog.sabin.com.br/saude/o-que-faz-o-hormonio-cortisol/  

 

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Escrito por Vale Saúde

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