Cistite
Inflamação ou infecção é causada por bactérias que atingem a bexiga
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As infecções urinárias são denominadas de acordo com a estrutura atingida do sistema urinário. São elas: uretrite (afeta a uretra), cistite (condição na bexiga) ou pielonefrite (acometimento dos rins).
Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga, órgão localizado na região da pelve que armazena a urina. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli, presente naturalmente no intestino e importante para a digestão, mas outros micro-organismos também são capazes de provocar a doença.
Todos (homens e mulheres adultos e idosos e também as crianças) estão sujeitos à enfermidade. Porém, a condição é mais prevalente nas mulheres, pois as características anatômicas femininas favorecem sua ocorrência, tornando-as mais vulneráveis.
A uretra da mulher, além de muito mais curta do que a do homem, está mais próxima do ânus, o que colabora com a passagem das bactérias para a região.
Embora a infecção urinária seja mais frequente em mulheres, homens também desenvolvem a doença em momentos de imunidade baixa. É importante recordar que ela não é uma IST (infecção sexualmente transmissível), mas consegue ser proliferada por meio de relações sexuais.
A incidência de infecção urinária é de 80% a 90% na população feminina, é mais comum na idade reprodutiva e nas mulheres que estão na menopausa, devido à queda do estrogênio e de alterações no tipo e quantidade de micro-organismos que protegem a vagina.
A estimativa é que metade das mulheres tenham o problema ao menos uma vez ao longo da vida; sendo 20% delas prejudicadas pela recorrência dessa patologia.
Quais são os principais sintomas de infecção urinária?
Os possíveis sintomas da cistite são:
- Disúria (dor na hora de urinar)
- Ardência, queimação ou desconforto nas partes íntimas
- Aumento da frequência e urgência urinária
- Pressão e desconforto no baixo ventre
- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
- Urinar em pouca quantidade
- Calafrios
- Urina muito escura ou turva e com odor forte
- Coceira, sensibilidade, vermelhidão ou inchaço na região genital
- Sangue ou pus na urina ou no sêmen
- Lombalgia (dor na lombar)
- Náuseas
- Febre baixa ocasional
Quais são as causas da cistite?
A infecção urinária é causada por bactérias do trato gastrointestinal que chegam ao sistema urinário, sendo, em função disso isso, mais frequente nas mulheres devido à proximidade do ânus com a uretra. As principais causas são a relação sexual e a migração desses micro-organismos da região do períneo até a bexiga.
O risco de contrair uma infecção é maior após o sexo, provavelmente porque a uretra sofre microtraumas (normais durante a relação) e torna-se vulnerável à instalação de bactérias.
A ocorrência de cistite depois da relação sexual é capaz, eventualmente, de ter relação com alguma infecção sexualmente transmissível (IST) - embora seja uma causa menos frequente. O mais comum é que essas doenças provoquem sintomas que geram desconforto semelhante à infecção urinária.
A clamídia, por exemplo, leva a uma dor pélvica na região da bexiga e nos órgãos internos femininos. Já a tricomoníase e todas as vulvovaginites (infecções genitais femininas) causam uma secreção vaginal que provocam uma inflamação e fazer com que a mulher tenha ardência ao urinar e faça mais xixi, sintomas muito parecidos com os da cistite.
Por todos estes fatores, é de extrema importância buscar a ajuda de um médico para que ele faça o diagnóstico e indique o melhor tratamento.
Homens e mulheres devem manter uma boa higiene antes e após o sexo, e os casais que praticam penetração anal devem sempre usar preservativo e descartá-lo logo em seguida (sem jamais seguir para a penetração vaginal sem essa troca).
Pacientes com diabetes descontrolado também têm risco aumentado, devido às alterações causadas pelas altas taxas de açúcar no organismo que caracterizam a doença. Nos homens, depois dos 50 anos, o crescimento da próstata e a consequente retenção de urina na bexiga podem causar o problema.
É mais comum também em mulheres na menopausa, quando diminuem as taxas de estrógeno, hormônio que protege o trato urinário.
Como é o diagnóstico da cistite?
Se houver suspeita de cistite, diante dos sintomas, o médico solicitará um exame de urina para verificar se há infecção urinária e detectar o micro-organismo responsável pelo quadro, o que facilita na escolha do melhor tratamento.
No caso do problema na bexiga, geralmente são necessários:
- Urina (rotina)
- Urocultura (exame definidor do diagnóstico)
- Antibiograma
Estes dois últimos testes permitem saber qual a bactéria específica está acometendo o paciente, e a qual antibiótico ela é sensível. Mesmo que o tratamento seja iniciado antes dos seus resultados, o médico confirmará ou modificar sua decisão inicial, com respaldo adequado.
Além desses, o especialista ainda poderá solicitar exames de imagem como a cistoscopia, ultrassonografia e tomografia do sistema urinário, principalmente em quadros de cistite recorrente.
Qual é o tratamento para a cistite?
O tratamento para infecção urinária deve ser orientado por um urologista, ginecologista (em caso de mulheres) ou clínico geral.
Geralmente, o médico receita antibióticos (como ciprofloxacino, norfloxacino, cefalexina), mas é necessário fazer exames laboratoriais antes de iniciar o uso da medicação, principalmente o de urina (urocultura), para ter certeza do diagnóstico.
O tratamento dura de 5 a 10 dias, sendo importante tomar o medicamento até a data informada pelo médico, mesmo que os sintomas desapareçam antes disso.
Ele deve ser ingerido de acordo com a forma prescrita pelo médico, sem interrupção do esquema de doses antes do final do tratamento. Quando a infecção não é corretamente tratada, consegue chegar aos rins, sendo uma complicação mais grave.
O uso de antibióticos deve ser regido pelas seguintes regras: ter prescrição médica; respeito às orientações do profissional quanto ao esquema de doses e o tempo de tratamento (mesmo quando os sintomas melhoram em poucos dias).
A eventual melhora não comprova que a bactéria desapareceu. Ela continua lá, mas em menor quantidade.
Esquecer de tomar uma dose na hora certa ou interromper a terapia antes do tempo estabelecido dá oportunidade à replicação das bactérias. A consequência poderá ser a resistência bacteriana, ou seja, quando você precisar usar um antibiótico novamente, ele não terá o efeito desejado.
Além disso, é importante beber bastante água e outros líquidos, pois quanto mais fluido o corpo tiver que secretar, as bactérias são eliminadas mais facilmente pela urina.
Como prevenir cistite?
Manter o sistema imunológico forte é sempre uma boa dica para fugir das infecções e inflamações. Para isso, é interessante manter uma rotina saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos.
Além disso, para prevenir a cistite, procure adotar alguns cuidados, que incluem:
- Manter uma boa higiene pessoal - manter limpas a região da vulva e do ânus (depois de evacuar, passar o papel higiênico sempre da frente para trás)
- Urinar com frequência - reter a urina na bexiga por longos períodos é contraindicado
- Sempre ir ao banheiro após relações íntimas (urinar favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário)
- Trocar os absorventes higiênicos com frequência para evitar a proliferação bacteriana
- Lavar-se com água e sabão (mas sem exageros, pois a lavagem em excesso é capaz de prejudicar o equilíbrio da flora genital, importante para a proteção do nosso organismo)
- Evitar roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade (elas facilitam a proliferação das bactérias)
- Usar proteção durante o sexo (camisinha)
- Beber bastante água (média de dois litros por dia)
- o líquido ajuda a expelir as bactérias da uretra e da bexiga
- Lavar as mãos depois de usar o banheiro
- Ir às consultas periódicas, realizando os check-ups médicos e os exames solicitados
Mais um aviso: mulheres que estão tomando remédios imunossupressores ou que estejam com corrimento vaginal não devem fazer sexo neste período. É preciso terminar o tratamento para retomar a vida sexual, já que a infecção urinária também pode ter relação com estes dois fatores (imunidade baixa e relações íntimas).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Biblioteca Virtualem Saúde - Cistite
National Kidney Foundation - Interstitial Cystitis
National Library of Medicine - Cystitis
Medline Plus - Cystitis - acute
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