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Convulsão

Reação do corpo é causada por distúrbios nas atividades elétricas do cérebro

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Uma convulsão acontece quando o cérebro é estimulado de maneira excessiva, causando contração involuntária dos músculos, tremores, perda de consciência, entre outros sintomas que variam conforme a região cerebral que foi afetada.

É comum achar que convulsões e epilepsia são a mesma coisa. No entanto, a epilepsia é caracteriza como uma condição cerebral que pode gerar crises convulsivas, ou seja, a epilepsia é a doença e a convulsão, um sintoma. Em ambos os casos, o que acontece é muito similar, e a raiz do problema está na perturbação nas atividades das células nervosas.

Quais são os tipos de convulsão?

As convulsões são divididas em duas categorias, de acordo com a parte da cérebro envolvida:

  • Convulsões focais: o cérebro é estimulado em apenas um ponto e é possível que não haja perda da consciência.
  • Convulsões generalizadas: os dois lados do cérebro são afetados e é normal ocorrer perda de consciência.

Além disso, dependendo dos sintomas e da duração, também são classificadas em:

  • Tônico-cônica generalizada: o tipo mais comum de convulsão que afeta os dois lados do cérebro e costuma durar poucos minutos. Caracterizada por iniciar com um grito, seguido de perda de consciência com queda, rigidez muscular, contrações involuntárias e salivação excessiva.
  • Ausência: em crises comuns de ausência, a pessoa perde o movimento de maneira repentina, fica com o olhar fixo e vago por cerca de 3 a 10 segundos. Em alguns casos, é possível ocorrer uma leve perda de força muscular, fazendo com que o indivíduo se incline para frente ou para trás. Esse tipo de crise é mais comum em crianças e não causa confusão antes ou depois de convulsão.
  • Focal perceptiva: acontece em uma pequena área do cérebro e os sintomas se relacionam com a função controlado por essa área, fazendo com que a pessoa experimente movimentos e sensações, como cheiros, sabores e sentimentos.
  • Focal disperceptiva: nesse caso, ocorre o comprometimento total ou parcial da consciência, a pessoa se sente confusa, não consegue responder a perguntas e mantém o olhar parado.
  • Atônica: há perda súbita da força muscular e dos sentidos. Uma parte, ou todo o corpo, fica mole e a pessoa acaba caindo se estiver em pé. Essas crises costumam durar poucos segundos.

O que causa convulsão?

Sabendo que uma convulsão é causa por qualquer atividade elétrica desorganizada e súbita no cérebro, podemos dizer que vários fatores, desde doenças até atividades cotidianas, são capazes de desencadear uma crise. Entre as causas mais frequentes estão:

Uma convulsão resultante de quadros clínicos que irritam o cérebro é chamada de convulsão provocada, e não depende de a pessoa ter um transtorno convulsivo. Além dessas condições, existem alguns gatilhos no dia a dia que também são capazes de desencadear uma convulsão, tais como:

  • Fortes emoções
  • Período menstrual
  • Excesso e exercícios físicos
  • Ruídos, música e odores específicos (principalmente em casos de epilepsia reflexa)

Quais são os sintomas de uma convulsão?

Os sintomas de crises convulsivas variam conforme o tipo de convulsão e o local do cérebro em que ocorrem. Por exemplo, crises que estimulam a área motora desencadeiam movimentos repetitivos de partes do corpo, como dos braços e pernas. Quando o lobo temporal (localizado atrás da testa e responsável pelos movimentos voluntários) é afetado, ocorrem alterações de consciência e movimentos sutis de boca e mãos, e na parte do cérebro que controla a visão, acontecem fenômenos visuais e oculares.

É possível notar algumas sensações que servem como sinal de alerta para uma convulsão. Os sinais que antecedem uma convulsão incluem:

  • Ansiedade ou medo súbitos
  • Sentir-se mal do estômago, ou sensação de frio na barriga
  • Tontura ou vertigem
  • Alterações na visão
  • Sensação de ter um desmaio

Durante uma crise convulsiva, os sintomas são:

  • Perda de consciência
  • Confusão
  • Babar ou espumar pela boca
  • Cair
  • Espasmos musculares fortes e incontroláveis
  • Rigidez muscular
  • Olhos revirados para cima
  • Morder a língua
  • Movimentos oculares rápidos e súbitos
  • Emitir sons, como grunhidos
  • Perder o controle da bexiga ou do ânus

Uma crise convulsiva costuma durar alguns segundos ou minutos, mas, em quadros mais graves, a crise é capaz de comprometer os quatro sentidos (olfato, visão, audição e fala) e só é cessada com a aplicação de medicamentos. É recomendado buscar ajuda médica ou ir à emergência quando a convulsão dura mais de 5 minutos.

Como é o diagnóstico de convulsão?

Uma das melhores maneiras de diagnosticar uma convulsão é se baseando nos sintomas e no relato de alguém que presenciou o episódio. Se existe suspeita do sintoma, é recomendado buscar um clínico geral ou neurologista para fazer uma avaliação mais cautelosa dos sintomas.

O especialista irá considerar seu histórico médico e contexto, para verificar eventos que possam ter desencadeado a crise convulsiva. Doenças como enxaqueca, distúrbios do sono e estresse psicológico extremo também são capazes de causar perda de consciência.

Testes de sangue e exames de imagem, como eletroencefalograma, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, também auxiliam no diagnóstico pois fornecem uma visualização clara do cérebro e permitem que o médico verifique qualquer anormalidade, como a presença de um tumor. A combinação desses exames ajuda a fornecer um diagnóstico preciso e a formular um plano de tratamento assertivo para cada paciente.

O que fazer diante de uma crise convulsiva?

Pode ser assustador presenciar uma crise convulsiva, mas, diante dessa situação, é possível seguir algumas orientações que ajudarão a preservar a saúde do indivíduo que está convulsionando. No entanto, caso não consiga reagir, chame a emergência logo no início da crise.

  • Deite a pessoa de costas, em um local confortável e vire sua cabeça para a lado, para que ela não se engasgue com a própria saliva ou vômito
  • Garanta que não tenham objetos ao redor que possam causar ferimentos ou ofereçam risco
  • Erga o queixo para facilitar a passagem de ar
  • Afrouxe roupas, principalmente gravatas e cintos
  • Não introduza nenhum objeto na boca ou puxe a língua para fora
  • Se a crise durar mais de 5 minutos, chame a emergência

É importante ressaltar que não se deve jogar água, dar tapas ou tentar segurar e limitar os movimentos da pessoa, pois essas ações tendem a piorar o quadro. Quando a crise passar, dê um tempo para que a pessoa descanse, é normal que haja confusão e ela não consiga se lembrar do que aconteceu. Por isso, se mantenha presente até que ela recupere completamente a consciência.

Convulsão tem cura? Como é o tratamento?

A maneira de tratar convulsões depende do que as causou, sendo possível envolver o uso de medicamentos ou até cirurgia em casos mais graves. Geralmente, o tratamento é iniciado com a administração de medicamentos anticonvulsivantes, como fenitoína, e até benzodiazepínicos, que ajudam a controlar a frequência das crises convulsivas.

A duração do tratamento, assim como a dosagem dos medicamentos, é individual e deve ser monitorada frequentemente pelo médico responsável, pois o objetivo é alcançar o controle das convulsões com o mínimo de efeitos colaterais. Em muitos casos, o uso de medicamentos acompanha o paciente por um longo período, possivelmente se estendendo por toda a vida, principalmente em casos de epilepsia.

A orientação e o acompanhamento médico são fundamentais em casos de convulsões frequentes, desde o diagnóstico do que as causa até o tratamento. Assim, além de garantir a eficácia, o bem-estar do paciente não é colocado em risco.

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