Vertigem
Doença pode ter várias causas e sintomas, e tratamento varia de acordo com cada caso
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O que é vertigem?
A vertigem é um sintoma de movimento ilusório, ou seja, o indivíduo tem a sensação de que ele próprio está em movimento ou o ambiente ao seu redor, mas, na verdade, não existe movimento algum.
Quase todo mundo já experimentou vertigem como uma tontura transitória imediatamente após o ato de se girar o corpo várias vezes rapidamente, por exemplo.
A vertigem também pode ser uma sensação de oscilação ou inclinação, e é um sintoma, não um sinal físico ou um diagnóstico.
Ela pode surgir como um problema em diversos órgãos ou sistemas que contribuem para a manutenção do equilíbrio, como o sistema vestibular (órgão interno do ouvido), o labirinto (umas das estruturas internas do ouvido), o nervo vestibular ou estruturas cerebrais que participam desse controle.
A sensação de vertigem pode ser acompanhada por náuseas, vômitos, palidez, dificuldade em equilibrar-se e quedas. A vertigem afeta pacientes de qualquer sexo e idade, mas é mais comum no sexo feminino e em indivíduos com mais de 65 anos.
Quais são os principais sintomas?
Os pacientes relatam ter, principalmente, sintomas relacionados à sensação de perda de equilíbrio e instabilidade, mas há outros sintomas que podem estar associados dependendo da causa da vertigem, como:
Náuseas e vômitos
Sensação de flutuação ou de cabeça vazia
Sensação de que o corpo está rodando
Sensação de que o ambiente está girando em torno de si próprio
Surdez ou perda temporária da audição
Suor frio ou excessivo
Dor de cabeça
Escurecimento da vista
Palidez
Quedas
Nistagmo (movimento involuntário, repetitivo e incontrolado dos olhos).
Vertigem e tontura: qual a diferença?
Em muitas situações, os dois termos podem indicar a mesma coisa. Os sintomas são muito parecidos, por isso, costumam ser confundidos. Do ponto de vista técnico, a diferença entre tontura e vertigem é que a tontura se caracteriza pela sensação de desorientação espacial, enquanto a vertigem causa a falsa percepção de movimento.
Já a labirintite, nome que popularmente se dá a qualquer alteração de funcionamento do labirinto, pode causar sintomas tanto de vertigem quanto de tontura. E isso acontece pela inflamação do labirinto.
Em muitos casos, os sintomas da vertigem são mais intensos quando a pessoa tenta se levantar, move a cabeça, anda ou fica em pé. Eles podem durar por segundos ou permanecer por vários dias, dependendo da causa.
O que causa vertigem?
A vertigem pode acontecer em um episódio isolado, por conta de movimentos rápidos como se levantar ou se virar, ou pode se apresentar como uma vertigem constante, quando é um sintoma de outras doenças.
O que pode causar tonturas e vertigens? Veja alguns exemplos:
Labirintite
Infecção de ouvido
Traumatismo craniano
Vertigem posicional paroxística benigna (V.P.P.B)
Tumores cerebrais
Acidente vascular cerebral
Doença de Ménière
Doenças cardiovasculares
Esclerose múltipla
Neurite vestibular
Outros fatores que favorecem a vertigem também podem estar ligados ao sedentarismo, ansiedade, estresse, má alimentação, uso de drogas ou fármacos, predisposição genética e fatores relacionados ao envelhecimento.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da vertigem pode ser feito pelo clínico geral, otorrinolaringologista ou neurologista. O médico vai avaliar os sintomas descritos pelo paciente, histórico de saúde, histórico familiar e o uso de medicamentos.
O exame físico e o exame neurológico são obrigatórios para uma avaliação completa, incluindo capacidade do paciente se manter em pé e/ou sentado e exame da marcha, entre outros.
Os exames de imagem, como ressonância magnética, angiografia por ressonância magnética ou tomografia computadorizada, podem ser solicitados caso o médico suspeite de lesões do cérebro. Eles vão ajudar a diagnosticar a causa e o tipo de vertigem em algumas situações.
Em casos de pacientes idosos, essa rotina de exames torna-se ainda mais importante, porque é comum que eles tenham mais de uma comorbidade que possa desencadear ou piorar a tontura.
Quais são os tipos de vertigem?
Existem diferentes tipos de vertigem provocadas por diferentes causas. Conheça algumas:
Vertigem periférica
É o tipo mais comum de vertigem e está presente na maioria dos pacientes. Em geral, ela é causada por distúrbios no ouvido interno ou nervo vestibular, responsável por controlar o equilíbrio corporal.
Vertigem central
É um tipo mais raro de vertigem e está ligado ao cérebro ou conexões entre o cérebro e o sistema vestibular. A vertigem central em geral é causada por causas mais graves, como infecções, traumas, acidente vascular cerebral ou do cerebelo.
Vertigem paroxística posicional benigna (VPPB)
Esse tipo de vertigem é um distúrbio relativamente comum da orelha interna, sendo desencadeado por mudanças na posição da cabeça.
Os pacientes sentem que o ambiente está girando quando movem a cabeça, seja ao virá-la sobre o travesseiro ao acordar ou ao incliná-la para trás para tentar alcançar uma prateleira, por exemplo.
A pessoa também pode sentir náuseas e até vomitar. A VPPB também pode ser causada por infecções ou cirurgias no ouvido, repouso prolongado na cama e por lesões na cabeça ou no ouvido.
Vertigem cervicogênica
Os sintomas da vertigem cervicogênica estão ligados à coluna cervical. Os pacientes com disfunções na coluna cervical podem sentir tonturas e sensação de cabeça vazia.
As náuseas também estão presentes nesse tipo de vertigem e podem acontecer até mesmo quando o paciente está em repouso. A vertigem cervicogênica é comumente acompanhada de dores no pescoço e rigidez muscular. Um fisioterapeuta pode ajudar no tratamento após o diagnóstico.
Vertigem oscilatória
A vertigem oscilatória também causa sensação de desequilíbrio e dificuldade para ficar em pé, mas, nesse caso, os movimentos são multidimensionais, ou seja: o paciente tem a sensação de que está se “movendo” em várias direções. A sensação de balanço se assemelha ao movimento de um barco no oceano.
Vertigem rotatória
O paciente sente que ele e o ambiente estão rodando e pode sentir náuseas e ilusão de movimento. Vômitos são bem comuns no momento da crise, que costuma ter início súbito.
Esses sintomas também são comuns na doença de Menière (que provoca alterações no ouvido interno), na VPPB ou na neuropatia vestibular.
Vertigem somatoforme
A vertigem somatoforme, também chamada de vertigem psicogênica, não tem causas físicas, ou seja, é uma vertigem em que o fator emocional desempenha um papel importante.
Ansiedade, estresse, depressão, distúrbios do sono e fobias podem ser as causas desse tipo de doença, que se manifesta como vertigem rotatória não-direcional.
Vertigem postural fóbica (VPF)
Esse tipo é caracterizado por episódios breves de vertigem, causados por situações específicas e, geralmente, são de curta duração.
Assim como a vertigem somatoforme, a vertigem fóbica é de origem psicológica e pode ocorrer em pacientes com quadro de depressão, ansiedade, agorafobia e pânico. Entre os principais sintomas, além da tontura, estão o atordoamento, o mal-estar e a insegurança postural.
Como é feito o tratamento da vertigem?
O tratamento vai depender das causas, do diagnóstico e da necessidade de cada paciente.
Em alguns casos de menor gravidade pode não haver necessidade de uso de medicações ou tratamento específico e o quadro se resolverá espontaneamente. Essa conclusão só é possível após consulta médica.
Em casos de doenças no cérebro ou labirinto, a atenção deve ser maior e o especialista indicará qual o melhor tratamento para cada caso. Se a causa for um medicamento, o médico deverá interromper o uso e sugerir novas alternativas para substituir esse remédio.
Outras situações, como na vertigem paroxística posicional benigna (VPPB), o médico também poderá recomendar manobras específicas de reposicionamento dos cristais de cálcio no ouvido interno.
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