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Compulsão Alimentar

Transtorno alimentar é definido pela vontade de comer em excesso e rapidamente

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O que é compulsão alimentar?

A compulsão alimentar é um transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes, mas não constantes, de ingestão excessiva de alimentos, mesmo sem fome, acompanhados de sentimento de culpa, vergonha e perda de controle. A pessoa sente uma vontade irresistível de comer, mas não consegue parar ou moderar a quantidade.

Ela não é acompanhada de purgação (indução de vômitos, mau uso de laxantes, diuréticos ou lavagem intestinal), exercício excessivo ou jejum.

Esse transtorno pode ter diversas causas, como fatores emocionais, hormonais, genéticos ou ambientais. Algumas situações que desencadeiam ou agravam são: estresse, ansiedade, depressão, dietas muito restritivas e baixa autoestima.

O tratamento envolve acompanhamento psicológico, nutricional e, em alguns casos, medicamentoso. O objetivo é auxiliar o indivíduo a entender e modificar os padrões de pensamento, emoção e comportamento relacionados à compulsão alimentar, bem como orientar uma alimentação equilibrada, saudável e adequada às suas necessidades.

Quais são os tipos de compulsão alimentar?

Existem diferentes tipos de compulsão alimentar, que variam em intensidade, frequência e motivação. Os mais comuns são:

  • Compulsão alimentar emocional: ocorre como uma forma de aliviar ou escapar de emoções negativas, como ansiedade, tristeza, raiva e solidão. Se busca um conforto na comida ou uma recompensa, mesmo assim, o sentimento piora depois
  • Compulsão alimentar por estresse: surge como uma reação ao estresse, seja ele físico, mental ou social. A pessoa come para diminuir a tensão, relaxar ou distrair-se dos problemas, mas não consegue parar ou moderar a quantidade
  • Compulsão alimentar por restrição: acontece como uma consequência de dietas muito rígidas, que privam certos alimentos ou nutrientes. A pessoa sente uma fome intensa e uma vontade irresistível de comer, especialmente os alimentos proibidos ou limitados
  • Compulsão alimentar por hábito: é aquela que se torna um comportamento automático, que não depende de fatores emocionais ou situacionais. Se come por impulso, sem prestar atenção no que está comendo, e muitas vezes nem se lembra do que comeu

Quais são os sintomas?

Os sintomas de compulsão alimentar variam de pessoa para pessoa, sendo eles:

  • Consumir grande quantidade de comida, mesmo que não se tenha fome
  • Sentimento de culpa, vergonha ou angústia após comer
  • Dificuldade em parar de comer ou controlar a quantidade
  • Comer muito rápido ou sem prestar atenção no que está comendo
  • Comer escondido ou mentir sobre o que comeu
  • Pouca preocupação com o excesso de peso ou a saúde
  • Sobrepeso ou obesidade, devido ao consumo excessivo de calorias
  • Outros problemas psicológicos, como ansiedade, depressão ou baixa autoestima

Quais são as causas e fatores de risco?

As causas da compulsão alimentar podem ser diversas, envolvendo aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Já os fatores de risco são aqueles que aumentam a probabilidade de se desenvolver esse transtorno alimentar. Eles são identificados da mesma maneira, por serem muito semelhantes. Conheça os principais:

  • Dietas muito restritivas, que geram fome, ansiedade e frustração e compulsão por alimentos proibidos ou limitados
  • Estresse, que levam a pessoa a buscar alívio ou distração na comida
  • Ansiedade, transtorno de humor ou outros distúrbios psicológicos
  • Depressão, que causa baixa autoestima, tristeza e falta de motivação
  • Alimentação emocional, que consiste em usar a comida como uma forma de lidar com sentimentos negativos, como raiva, solidão, culpa, etc.
  • Fatores genéticos, hormonais ou neurológicos, que afetam o apetite, o metabolismo e o controle dos impulsos
  • Histórico familiar de distúrbios alimentares, obesidade ou depressão
  • Experiências de abuso físico, sexual ou emocional
  • Baixa autoestima, insatisfação com a imagem corporal ou pressão social para ter um corpo ideal
  • Vício alimentar, uma dependência química ou psicológica de certos alimentos ou substâncias presentes neles, como açúcar, gordura ou cafeína

Os fatores de risco não determinam que uma pessoa terá compulsão alimentar, mas podem contribuir para o surgimento ou a manutenção desse comportamento. Por isso, é importante identificá-los e tratá-los, bem como buscar ajuda profissional se você acha que sofre desse transtorno.

Como é feito o diagnóstico?

Assim como nos demais transtornos alimentares, o diagnóstico deve ser multidisciplinar, realizado por um psicólogo, psiquiatra e endocrinologista, que vão avaliar o histórico médico e o comportamento alimentar do paciente. Não há um teste específico que indique a presença do transtorno, mas existem alguns critérios clínicos que devem ser observados, como:

  • Consumir uma quantidade de comida muito maior do que a maioria das pessoas comeria em um período semelhante, pelo menos uma vez por semana, durante três meses
  • Sentir falta de controle sobre o que e quanto come
  • Apresentar, pelo menos, três dos seguintes sinais: comer muito rápido, comer até se sentir desconfortavelmente cheio, comer sem fome, comer sozinho por vergonha e sentir-se culpado ou deprimido após comer
  • Não recorrer a métodos de compensação, como vômito, laxantes, exercícios ou jejum, para evitar o ganho de peso

Quais são os riscos associados?

Os riscos associados à compulsão alimentar são vários e afetam a saúde física e mental da pessoa. Confira:

  • Obesidade, que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, entre outras
  • Cálculo renal, que pode ser causado pelo consumo excessivo de cálcio
  • Diminuição da capacidade respiratória e apneia do sono, que prejudicam a qualidade do sono e a oxigenação do organismo
  • Gastrite, hérnia de hiato e refluxo gastroesofágico, que causam dor, azia, náusea e dificuldade para engolir
  • Infertilidade, que pode ser afetada pelo excesso de peso e pelos desequilíbrios hormonais
  • Insuficiência cardíaca e problemas vasculares, que comprometem a circulação sanguínea e o funcionamento do coração
  • Outros distúrbios alimentares, como a bulimia ou a anorexia, que levam a uma relação ainda mais problemática com a comida e o corpo
  • Depressão, ansiedade, baixa autoestima e isolamento social, que afetam o bem-estar emocional e a qualidade de vida

Compulsão alimentar tem cura? Como é o tratamento?

Sim, a compulsão alimentar tem cura, desde que seja identificada e tratada adequadamente por profissionais especializados. O tratamento envolve diferentes abordagens, como:

  • Psicoterapia: ajuda no entendimento e modificação de padrões de pensamento, emoção e comportamento relacionados à compulsão alimentar. Ela também auxilia no desenvolvimento de habilidades de enfrentamento, autoestima, autocontrole e autoaceitação
  • Acompanhamentonutricional: orienta a uma alimentação equilibrada, saudável e adequada. O nutricionista elabora um plano alimentar personalizado, que respeite as preferências e os objetivos da pessoa, sem ser muito restritivo ou rígido. O acompanhamento nutricional ajuda a regular o apetite, o metabolismo e o peso
  • Medicação: auxilia no tratamento da compulsão alimentar, especialmente quando há outros problemas associados, como ansiedade, depressão, obesidade ou diabetes. O médico pode receitar medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores de humor ou supressores de apetite. A medicação deve ser usada com cautela e sob supervisão médica, pois tem efeitos colaterais e interações com outros remédios

O tratamento varia conforme as características, as necessidades e as expectativas de cada pessoa. O importante é buscar ajuda profissional e seguir as orientações recebidas. A compulsão alimentar é um transtorno sério, mas que pode ser superado com dedicação, apoio e compreensão.

É possível prevenir a compulsão alimentar?

A prevenção envolve algumas medidas que possam ajudar a evitar ou reduzir os episódios de ingestão excessiva de alimentos. Algumas delas são:

  • Manter um horário regular para as refeições, evitando pular ou atrasá-las
  • Alimentar-se a cada três ou quatro horas, preferindo alimentos saudáveis e nutritivos
  • Mastigar bem os alimentos e comer devagar, prestando atenção nas sensações de fome e saciedade
  • Não fazer dietas muito restritivas
  • Buscar outras formas de lidar com as emoções negativas, como praticar atividades físicas, hobbies, meditação, etc.
  • Procurar apoio psicológico, para tratar os fatores que estão por trás do transtorno

A compulsão alimentar traz consequências negativas para a saúde física e mental. Se você acha que sofre disso, procure ajuda profissional. Existem tratamentos eficazes que te ajudam a superar esse problema e melhorar sua qualidade de vida. A assinatura da Vale Saúde garante os cuidados que você precisa!

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