Saúde Mental
Baixa autoestima: como o bullying afeta o psicológico?
07 de novembro de 2023
Essa forma de agressão impacta diretamente crianças e adolescentes
O que é bullying e qual relação com a baixa autoestima?
Geralmente, as vítimas de bullying já sofrem com a questão da baixa autoestima. Os agressores, ao perceberem isso, agem principalmente implicando com a aparência dos outros.
A autoestima é nada mais nada menos do que uma forma avaliativa de autoconceito, ou seja, é uma regra que cada pessoa usa para analisar a si mesmo, como um transtorno de imagem. Dessa forma, podemos dizer que dentro da autoestima há uma série de sentimentos e pensamentos de alguém sobre ele mesmo.
Na nossa cultura, a autoestima está totalmente ligada na positividade da satisfação da vida e negativamente relacionada com a depressão.
Quais são as consequências do bullying na baixa autoestima das crianças e adolescentes?
É sempre bom relembrar que o bullying não é uma brincadeira entre crianças e adolescentes. É uma prática bastante agressiva e pode, sim, ter sérias consequências para os envolvidos. Confira abaixo os efeitos mais comuns na baixa autoestima das pessoas.
Agressividade
Por conta do comportamento dos agressores, as vítimas tendem a ficar mais na defensiva e consequentemente se tornam mais agressivos na maneira de tratar os demais coleguinhas e professores.
Conflitos na aula
Em boa parte dos casos de bullying, os agressores agem dentro da sala, durante a aula. Isso faz com que professores e outros funcionários da instituição de ensino precisem interromper as explicações para mediar os conflitos.
Falta de interesse pelo ambiente escolar
Os ataques sofridos refletem diretamente no interesse das crianças e adolescentes pelo ambiente escolar. O pavor em ter que ir para o colégio faz com que haja sempre alguma desculpa para faltar.
Queda no rendimento escolar
Esse tópico é uma continuação do anterior, já que a falta de interesse na escola afeta as notas e rendimento na escola.
Transtornos psicológicos
Todas as agressões vividas na escola têm impacto em médio e longo prazo na vida das vítimas. Baixa autoestima, insegurança, medo, estresse e até mesmo pequenos ataques de pânico podem surgir.
Distúrbios alimentares
Como foi mencionado aqui, o bullying tem impacto diretamente na autoestima da pessoa, então ofensas em relação ao uso de óculos, tipo de cabelo, cor de pele, peso, religião, etc., podem fazer com que a pessoa acredite e queira mudar o que ela é. O distúrbio alimentar está ligado a essas questões físicas.
Como a autoestima é afetada por agressões verbais e físicas?
De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), 23% dos estudantes relataram que já sofreram bullying. Os agressores procuram sempre pessoas com características que fogem do padrão. São sempre alunos novos, tímidos e com características físicas que, aos olhos de quem humilha, são inaceitáveis e motivos de piadas.
Além do bullying presencial nas escolas, desde março de 2020 quando a pandemia de Covid-19 se tornou um problema global, as escolas passaram a ter aulas a distância. Isso ocasionou também o aumento da prática do cyberbullying, ou seja, as agressões agora partem dos computadores.
Com o intuito de ridicularizar, expor, assediar e perseguir, o cyberbullying utiliza artifícios de fotos, vídeos e fotografias para humilhar alguém. Essa prática atinge a autoestima das crianças e adolescentes, já que são menosprezadas.
Qual a importância da autoestima na formação pessoal e social de crianças e adolescentes?
A infância e a adolescência são as fases mais importantes para a construção da identidade das pessoas. Exatamente por esse motivo que conversar sobre autoestima e criar uma rotina de autocuidado com crianças e adolescentes é tão importante. Nesse sentido, você responsável será uma peça muito valiosa na vida deles.
Desde a infância, a autoestima é algo que precisa ser estimulado, pois assim eles crescerão adultos mais confiantes e seguros de si. Uma criança que se desenvolve com uma boa harmonia de autoestima tende a enfrentar as adversidades com mais naturalidade.
Caso haja a falta de estímulo de autoestima nos primeiros anos de vida, estaremos contribuindo para que não tenha um desenvolvimento saudável e na adolescência demonstre sinais de falta de amor-próprio.
É justamente nessa fase que os jovens buscam por aceitação na sociedade. Frustrações, incertezas, mudanças hormonais, no corpo e trejeitos… Tudo acontece de maneira rápida e de uma única vez.
Os hormônios florescem na adolescência e de certa forma impactam na intensificação de alguns sentimentos. A saúde mental começa a se tornar um assunto mais recorrente, o que pode ocasionar problemas de autoestima e autoconfiança.
Como os pais e educadores podem ajudar a fortalecer a autoestima das crianças agredidas pelo bullying?
A prevenção é a melhor opção para combater o bullying nas escolas. Os responsáveis e educadores podem ajudar com cinco dicas simples, mas de extrema importância:
- Conversar sempre: manter as portas abertas para o diálogo dentro de casa e na escola é muito importante. Só assim as crianças falarão as coisas que estão passando ou vivenciando
- Ensinar a importância do respeito: respeitar o próximo é uma das coisas mais importantes de viver em sociedade e educar as crianças desde pequenos fará uma grande diferença na forma como eles irão se desenvolver
- Mostrar a importância da empatia: outra dica importante é ensinar crianças e adolescentes a tratar as outras pessoas com gentileza e empatia, ou seja, se colocar no lugar dos colegas e amigos o tempo todo
- Ser um bom exemplo de comportamento: ter o tipo de comportamento positivo na sociedade é outra dica importante, já que as crianças sempre veem os adultos como suas referências
- Ensinar a importância da coragem: mostrar para crianças e adolescentes a importância da coragem, principalmente de defender as outras, é uma das principais lições que você responsável ou educador poderá passar.
Escrito por Vale Saúde
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