Exame de Fosfatase Alcalina

O que é o exame de fosfatase alcalina?

A fosfatase alcalina é uma enzima (substância proteica capaz de acelerar reações químicas do organismo) presente em diversas partes do corpo, incluindo fígado, rins, ossos, intestino e na placenta, durante a gravidez. Essa enzima tem funções muito importantes no corpo, como auxiliar a manter a dureza e resistência dos ossos e contribuir para a liberação da bile pelo fígado.

O exame de fosfatase alcalina é utilizado para verificar o desequilíbrio dos níveis dessa substância no organismo. Esses quadros costumam ser desencadeados por processos naturais, como alterações ósseas em pessoas acima dos 60 anos e o crescimento de crianças e adolescentes. Entretanto, também são capazes de indicar a presença de doenças e condições que atingem o fígado, pâncreas e ossos, como fraturas, câncer e hepatite.

Quando são detectadas alterações, principalmente acompanhadas de sintomas como dores abdominais ou nos ossos, urina escura e icterícia, é recomendado consultar um clínico geral para identificar a causa do desequilíbrio e iniciar o tratamento mais adequado.

Para que serve e como é feito o exame?

O exame de fosfatase alcalina é realizado por meio de uma análise sanguínea tradicional. Um profissional da saúde retira cerca de 5 ml de sangue de uma veia no braço do paciente e armazena a amostra em um recipiente fechado para ser analisada em laboratório.

Esse exame é utilizado para auxiliar no diagnóstico de distúrbios ósseos e para verificar a existência de problemas ou alterações na saúde e no funcionamento de alguns órgãos, por exemplo, do fígado e dos rins, onde essa substância está presente.

É possível também que o médico responsável indique exames adicionais, como TGO ou gama GT, para obter mais informações sobre o estado de saúde do paciente e entender melhor o que está causando os sintomas.

O que o exame de fosfatase alcalina mostra?

Níveis elevados ou baixos de fosfatase alcalina no organismo podem ser causados por diversas condições.

A quantidade alta indica a possibilidade de:

• Pancreatite crônica ou câncer de pâncreas
• Obstrução do fluxo biliar ou câncer dos ductos biliares
• Hepatite
• Cirrose
• Tumores hepáticos e ósseos
• Neoplasia (crescimento anormal das células de um tecido)
• Infecções
• Infarto
• Fraturas em processo de cicatrização
• Hiperfosfatemia transitória benigna na infância (HTBI) (elevação breve de fosfatase alcalina que costuma ocorrer em crianças menores de 5 anos)
• Doença de Paget Óssea (impede que o organismo substitua um tecido ósseo antigo por um novo)
• Osteomalácia (mineralização deficiente dos ossos, resultando em seu amolecimento)

Além de doenças, algumas funções fisiológicas naturais ao organismo são capazes de aumentar os níveis de fosfatase alcalina, como é o caso da gravidez, devido à produção dessa enzima pela placenta, principalmente no terceiro trimestre.

Crianças e adolescentes também apresentam níveis mais altos de fosfatase alcalina devido aos processos de crescimento, principalmente durante as fases de crescimento rápido, em que ocorrem muitas atividades ósseas.

Níveis baixos de fosfatase alcalina são raros. No entanto, a diminuição da concentração dessa enzima no organismo está relacionada às seguintes situações:

• Hipofosfatasia (doença genética que provoca deformações e fraturas ósseas)
• Desnutrição
• Hipotireoidismo
• Doença celíaca
• Anemia perniciosa (doença autoimune causada pela deficiência de vitamina B12)
• Anemia aplástica ou aplasia medular (condição rara em que a medula óssea deixa de produzir quantidades suficientes de células sanguíneas)
• Diarreia grave
• Enterite (inflamações na mucosa intestinal, tecido que reveste o interior do intestino)
• Deficiência de zinco, magnésio, ácido fólico, vitamina C e B6
• Cretinismo (alteração congênita que causa atraso no crescimento e deficiência intelectual)
• Leucemia mieloide crônica

O uso de alguns medicamentos também é capaz de causar uma ligeira diminuição nos níveis de fosfatase alcalina, como a pílula anticoncepcional e fármacos para terapia de reposição hormonal durante a menopausa.

Quando e quem deve fazer esse exame?

Qualquer pessoa pode fazer o exame para verificar a concentração de fosfatase alcalina no organismo. Geralmente, esse teste costuma ser solicitado por um profissional de saúde como parte de uma rotina de triagem, junto de um conjunto de exames de sangue que avaliam o fígado e as vias biliares, chamado de hepatograma.

Além disso, quando houver a manifestação de alguns sinais que indicam a presença de uma condição capaz de causar o desequilíbrio de fosfatase alcalina, o exame também deve ser feito. Os sintomas incluem:

• Icterícia
• Dor abdominal
• Fadiga
• Dores nos ossos
• Problemas dentários
• Urina escura
• Fezes claras
• Náuseas e vômitos
• Perda de apetite
• Deformidades ósseas
• Fraturas frequentes
• Crescimento anormal dos ossos

Quais são os preparos para o exame?

Para a realização desse exame, é importante informar ao médico caso faça uso de algum medicamento ou suplemento alimentar, pois eles são capazes de alterar os resultados do teste. O especialista irá informar se você deve interromper o uso de alguma medicação e por quanto tempo antes do exame.

Como é necessário fazer uma coleta simples de sangue, o paciente precisa estar em jejum, sendo:

• Jejum de 3 horas: para bebês com menos de 1 ano
• Jejum de 6 horas: para crianças de 1 a 5 anos
• Jejum de 8 horas: para adultos e crianças a partir dos 5 anos

Onde fazer o exame de fosfatase alcalina?

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As consultas podem ser feitas de maneira presencial ou por telemedicina. Para realizar os exames, basta procurar o laboratório ou consultório mais próximo de você em nossa rede de atendimento.

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