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Esquistossomose

Condição causada por parasita está relacionada à falta de saneamento básico e higiene

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Popularmente conhecida no Brasil como xitose, barriga d’água ou doença dos caramujos, a esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo parasita Schistosoma mansoni.

Esse parasita é encontrado em água de rios e lagos, e tem o caramujo como seu hospedeiro intermediário e o ser humano como hospedeiro definitivo. Ele é capaz de penetrar na pele e causar sintomas desagradáveis que, se não forem tratados, podem levar a complicações graves de saúde.

Essa condição costuma ocorrer mais frequentemente em ambientes tropicais e subtropicais, em comunidades onde as condições de saneamento básico são precárias, sem acesso a água potável e com um ambiente propício para a proliferação dos caramujos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas vivam em áreas sob o risco de contrair a doença.

O que causa esquistossomose?

A transmissão do parasita causador da esquistossomose acontece por meio da liberação de seus ovos pelas fezes de uma pessoa infectada. Quando essas fezes entram em contato com a água, os ovos eclodem e libertam larvas que buscam caramujos para se alojarem. Caso não consigam encontrar um hospedeiro, elas morrem.

Entretanto, se as larvas encontrarem caramujos, elas dão continuidade ao ciclo e liberam novas larvas que infectam as águas e, posteriormente, o ser humano, invadindo o organismo pela pele ou mucosas.

Qualquer pessoa, de qualquer idade e sexo, corre risco de ser infectada com o parasita da esquistossomose. Alguns dos fatores que facilitam a infecção incluem:

  • Existência do caramujo transmissor
  • Contato com a água contaminada
  • Utilizar água contaminada para tarefas domésticas, como lavar roupas
  • Morar em regiões sem saneamento básico ou água potável

É importante ressaltar que a transmissão não ocorre por meio do contato direto entre pessoas doentes.

Quais são os sintomas da esquistossomose?

Os sintomas de esquistossomose costumam surgir entre duas e seis semanas. A doença possui duas fases, uma aguda e outra crônica.

A maioria dos portadores do parasita são assintomáticos, entretanto na fase aguda é possível manifestar sintomas como:

Já na fase crônica, os episódios de diarreia se tornam constantes e alternam com prisão de ventre. Nesse momento, também é muito comum identificar a presença de sangue nas fases, além de outros sinais que incluem:

Em casos graves, quando a esquistossomose não é tratada adequadamente, a doença evolui e causa complicações, piorando significativamente o estado de saúde geral do paciente. Os sinais mais comuns nesse caso são o emagrecimento e a fraqueza acentuada, além do aumento do volume do abdômen, conhecido como barriga d’água. Outras complicações envolvem:

  • Inflamação e aumento do fígado e baço
  • Hemorragia digestiva
  • Hipertensão pulmonar e portal (aumento da pressão na veia porta que transporta sangue do intestino ao fígado)
  • Morte

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de esquistossomose se inicia com uma avaliação dos sintomas e sinais apresentados pelo paciente, bem como uma análise de seus hábitos de vida. Para confirmar o quadro, costuma-se utilizar principalmente um exame parasitológico de fezes. Dessa forma, é possível detectar a presença dos ovos do parasita causador da doença.

O médico responsável, sendo um clínico geral, gastroenterologista ou infectologista, também poderá solicitar testes laboratoriais, como um hemograma, para detectar anticorpos específicos para verificar a presença de infecção e, em casos mais graves, uma ultrassonografia para avaliar o aumento e funcionamento do fígado e baço.

Esquistossomose tem cura? Qual é o tratamento?

A esquistossomose tem cura quando o diagnóstico ocorre na fase inicial da doença e o tratamento é iniciado o mais rápido possível, evitando que o parasita cause complicações no organismo.

O tratamento da condição costuma ser supervisionado pelo médico responsável e administrado por meio de doses do medicamento Praziquantel, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Esse medicamento age eliminando os esquistossomos adultos de forma eficaz.

Para concluir que o tratamento foi efetivo, o especialista pode solicitar uma nova análise da urina ou das fezes após um ou dois meses . Se o paciente ainda apresentar ovos vivos de esquistossomos, o tratamento será repetido. Em casos graves, geralmente é necessário internação hospitalar e até mesmo tratamento cirúrgico.

É importante ressaltar que a cura da doença não significa que se adquiriu imunidade ao parasita, ou seja, a pessoa ainda pode ser infectada novamente caso entre em contato com água contaminada.

Como prevenir a esquistossomose?

Hoje, não existe uma vacina para esquistossomose ou algum tratamento que proteja o ser humano da infecção. A principal forma prevenção da doença envolve evitar o contato com água contaminada pelo parasita, onde existam caramujos hospedeiros.

O controle da doença é baseado no tratamento coletivo em comunidades de risco, com a intervenção de autoridades sanitárias para garantir acesso a água potável, saneamento básico e a destruição do habitat das larvas. Além disso, é importante que seja feito um trabalho de educar e informar a população sobre os riscos e caso seja necessário entrar em contato com água infectada, que se faça uso de equipamento adequado como botas e luvas de borracha.

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