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Síndrome de Cushing

Condição é causada por níveis elevados de cortisol no organismo

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A síndrome de Cushing é uma condição de saúde rara e séria, provocada pelo excesso de cortisol no organismo. De acordo com estudo publicado na National Library of Medicine, o distúrbio atinge de 2 a 4 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.

O excesso de cortisol tem origem endógena (produzido pelo próprio corpo, como em tumores hipofisários) ou exógena (pelo uso prolongado de medicamentos à base de corticosteroides).

O cortisol é um hormônio essencial para o funcionamento do corpo humano, responsável por regular o metabolismo, a resposta imunológica, a pressão arterial e os níveis de estresse.

No entanto, quando produzido em excesso por um longo período, é capaz de desencadear uma série de alterações físicas e metabólicas, resultando na síndrome de Cushing.

Esse distúrbio endócrino consegue afetar homens e mulheres, mas é mais comum na população feminina entre os 20 e 50 anos.

Se não for diagnosticada e tratada adequadamente, pode causar complicações graves, como diabetes, hipertensão, osteoporose e doenças cardiovasculares.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas da síndrome de Cushing variam de pessoa para pessoa, dependendo da gravidade e da duração do excesso de cortisol.

No entanto, alguns sinais são considerados típicos e costumam aparecer com frequência em pacientes com a condição. Os principais são:

  • Ganho de peso, especialmente na parte superior do corpo (tronco, face e pescoço), com membros inferiores relativamente finos
  • Rosto arredondado, conhecido como "face em lua cheia"
  • Acúmulo de gordura na região cervical, formando uma espécie de corcunda
  • Pele fina, frágil e de difícil cicatrização
  • Hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) em mulheres
  • Aparecimento de estrias roxas ou avermelhadas (estrias violáceas), especialmente no abdômen, coxas e seios
  • Fraqueza muscular, principalmente nas pernas e braços
  • Fadiga crônica
  • Alterações no humor e comportamento, como ansiedade, depressão e irritabilidade
  • Distúrbios do sono, como insônia
  • Irregularidade menstrual em mulheres
  • Redução da libido e disfunção erétil em homens
  • Aumento da pressão arterial
  • Diabetes ou intolerância à glicose
  • Osteoporose e maior risco de fraturas
  • Infecções frequentes, devido à supressão do sistema imunológico

Essas manifestações surgem gradualmente, o que dificulta o diagnóstico precoce. Muitas vezes, são confundidas com outras doenças metabólicas ou efeitos colaterais de medicamentos.

O que causa síndrome de Cushing?

A síndrome de Cushing é causada por fatores endógenos (internos) ou exógenos (externos). Os principais são:

Causas endógenas

  • Adenoma hipofisário: é a causa mais comum entre os casos endógenos. Trata-se de um tumor benigno na hipófise que estimula a produção excessiva do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que estimula as glândulas adrenais a produzirem mais cortisol
  • Tumores adrenais: tumores benignos ou malignos que se formam nas glândulas suprarrenais e produzem cortisol diretamente
  • Secreção ectópica de ACTH: alguns tumores fora da hipófise, como câncer de pulmão de pequenas células, são capazes de produzir ACTH em excesso

Causas exógenas

  • Uso prolongado de corticosteroides: essa é a principal causa da síndrome de Cushing. Medicamentos como prednisona, dexametasona ou hidrocortisona são utilizados para tratar doenças inflamatórias, autoimunes e alérgicas, mas, quando usados em doses altas e por longos períodos, podem levar à síndrome

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da doença?

Os fatores de risco variam de acordo com a origem da síndrome de Cushing. Em geral, é possível citar:

  • Uso prolongado de medicamentos corticosteroides, seja por via oral, injetável ou, em menor grau, tópica (aplicação diretamente na pele)
  • Presença de tumores hipofisários ou adrenais, especialmente se houver histórico familiar
  • Idade entre 20 e 50 anos, com maior prevalência em mulheres
  • Exposição frequente ao estresse crônico (embora o estresse por si só não cause a síndrome, ele consegue influenciar a produção de cortisol)
  • Distúrbios genéticos raros, como o complexo de Carney (causa alterações na pigmentação da pele e o desenvolvimento de tumores benignos em várias partes do corpo, incluindo glândulas endócrinas) ou a síndrome de McCune-Albright (afeta os ossos, a pele e o sistema endócrino)

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da síndrome de Cushing deve ser feito por um endocrinologista e envolve uma combinação de avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem:

Avaliação clínica

O médico avalia o histórico do paciente, os sintomas apresentados e o uso de medicamentos corticosteroides.

Exames laboratoriais

  • Teste de cortisol livre na urina de 24 horas: mede a quantidade de cortisol eliminada na urina durante um dia inteiro
  • Teste de supressão com dexametasona: avalia se o organismo consegue reduzir os níveis de cortisol após a ingestão de dexametasona
  • Dosagem de cortisol salivar noturno: mede o nível de cortisol na saliva à noite, quando normalmente ele deveria estar mais baixo
  • Dosagem de ACTH: ajuda a determinar se a origem da produção excessiva de cortisol é hipofisária, adrenal ou ectópica

Exames de imagem

  • Ressonância magnética da hipófise, para detectar adenomas hipofisários
  • Tomografia ou ressonância das glândulas adrenais, para identificar tumores
  • Tomografias de tórax ou abdômen, em casos de suspeita de produção ectópica de ACTH

Síndrome de Cushing tem cura? Como é feito o tratamento?

Sim, a síndrome de Cushing tem cura, especialmente quando a causa é identificada e tratada adequadamente. O tratamento depende da origem do problema.

Tratamento para causas endógenas

  • Cirurgia: deve ser realizada no caso de tumores hipofisários ou adrenais (a remoção cirúrgica do tumor geralmente normaliza os níveis de cortisol)
  • Radioterapia: indicada quando a cirurgia não é possível ou não remove completamente o tumor
  • Medicamentos: usados para inibir a produção de cortisol, como cetoconazol, mitotano, mifepristona ou pasireotida
  • Adrenalectomia bilateral: em casos extremos, pode ser necessário remover as duas glândulas adrenais, o que exigirá reposição hormonal pelo resto da vida

Tratamento para causas exógenas

  • Redução gradual do uso de corticosteroides, sempre sob supervisão médica, para evitar crise de insuficiência adrenal

Após o tratamento, muitos pacientes apresentam melhora significativa dos sintomas. No entanto, a recuperação total pode levar meses ou anos e, em alguns casos, há necessidade de acompanhamento contínuo.

Existem maneiras de prevenir a síndrome de Cushing?

Não há uma forma garantida de prevenir a síndrome de Cushing, especialmente nos casos de origem endógena. No entanto, algumas medidas conseguem reduzir o risco ou permitir o diagnóstico precoce:

  • Evitar o uso indiscriminado de corticosteroides
  • Fazer acompanhamento médico regular ao usar corticoides por mais de algumas semanas
  • Monitorar sintomas suspeitos, como ganho de peso inexplicado, estrias arroxeadas e alterações no humor
  • Manter uma rotina de exames periódicos, especialmente se houver histórico de doenças endócrinas na família

Referências bibliográficas:

National Library of Medicine - Subclinical Cushing's syndrome

Medical News Today - Can Cushing syndrome be cured? And more FAQ

Cleveland Clinic - Cushing Syndrome

Mayo Clinic - Cushing syndrome

NHS - Cushing's syndrome

Johns Hopkins Medicine - Cushing's Syndrome

Manual MSD - Síndrome de Cushing

Anvisa - Anvisa autoriza medicamento para doença de Cushing

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Síndrome de Cushing e outras Doenças

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