Nistagmo
Movimento involuntário e repetitivo dos olhos pode prejudicar a nitidez visual
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60%O nistagmo é uma condição neurológica ocular caracterizada por movimentos involuntários, repetitivos, rítmicos e rápidos dos olhos, que ocorrem de forma horizontal, vertical, rotatória ou uma combinação desses tipos.
Pode estar presente desde o nascimento (congênito) ou se desenvolver ao longo da vida (adquirido). Dependendo da causa, o nistagmo é transitório ou permanente e consegue impactar significativamente a qualidade de vida do paciente, especialmente em casos mais graves.
Indivíduos que possuem nistagmo apresentam movimentação ocular involuntária que ocorre, geralmente, em ciclos repetitivos e coordenados, dificultando a fixação do olhar em um ponto específico. Isso é capaz de prejudicar a visão e a percepção espacial, resultando em sintomas como visão turva, tontura, desequilíbrio e problemas de leitura.
Os movimentos oculares variam em velocidade e direção. Algumas pessoas apresentam nistagmo leve que passa despercebido no dia a dia, enquanto outras têm movimentos tão intensos que prejudicam severamente suas atividades diárias.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas do nistagmo são diferentes conforme a gravidade, a causa e o tipo da condição, mas os mais comuns incluem:
- Movimento involuntário dos olhos, em que o globo ocular pode se mover rapidamente de um lado para o outro (nistagmo horizontal), para cima e para baixo (nistagmo vertical) ou em círculos (nistagmo rotatório)
- Visão embaçada ou distorcida
- Dificuldade para focalizar objetos
- Tontura e sensação de vertigem
- Fotofobia
- Movimentos compensatórios da cabeça (muitas vezes, os pacientes tentam posicionar a cabeça de maneira específica para minimizar os movimentos oculares e melhorar a visão)
- Problemas de equilíbrio e coordenação
- Oscilopsia (sensação de que o ambiente está se movendo ou balançando)
O que causa nistagmo?
O nistagmo pode ser causado por uma série de condições, tanto congênitas quanto adquiridas. Algumas das principais causas incluem:
Causas congênitas
- Nistagmo congênito idiopático: presente desde o nascimento, sem causa identificável
- Albinismo: a falta de pigmentação nos olhos é capaz de afetar o desenvolvimento da visão e provocar nistagmo
- Hipoplasia do nervo óptico: desenvolvimento incompleto do nervo óptico
- Doenças hereditárias da retina: como a retinopatia pigmentar
Causas adquiridas
- Doenças neurológicas: esclerose múltipla, acidentes vasculares cerebrais (AVC), tumores cerebrais e traumatismos cranianos
- Distúrbios vestibulares: labirintite e doença de Ménière (problema do ouvido interno que resulta em episódios de vertigem, perda auditiva e zumbido)
- Uso de medicamentos: certos sedativos, anticonvulsivantes ou drogas que afetam o sistema nervoso central causam nistagmo como efeito colateral
- Abuso de álcool ou drogas: o consumo excessivo dessas substâncias é capaz de afetar o controle motor ocular
- Deficiência visual grave: problemas que impedem o desenvolvimento normal da visão conseguem desencadear nistagmo
- Infecções do sistema nervoso central: como encefalite ou meningite
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento do problema?
Os fatores de risco associados ao desenvolvimento do nistagmo variam de acordo a origem do problema, mas os principais são:
- Histórico familiar
- Albinismo ou outras condições hereditárias
- Traumatismo craniano
- Exposição a drogas ou substâncias tóxicas
- Doenças neurológicas preexistentes (pessoas com esclerose múltipla ou outras patologias do sistema nervoso central estão mais suscetíveis)
- Infecções no sistema nervoso central
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do nistagmo é realizado por um oftalmologista ou neurologista e envolve uma combinação de avaliação clínica, exames oculares e testes neurológicos.
Durante a consulta, o médico observará os movimentos oculares do paciente e realizará uma série de testes visuais e motores. Na anamnese, o especialista questionará sobre o histórico médico detalhado, incluindo sintomas, início do problema e possíveis fatores desencadeantes, pontos essenciais para direcionar o diagnóstico.
Além disso, é comum ainda que ele solicite os seguintes exames complementares:
- Oftalmoscopia: para avaliar o fundo do olho
- Teste de movimentos oculares: para observar o padrão e a direção do nistagmo
- Ressonância magnética: para investigar possíveis causas neurológicas, como tumores ou lesões cerebrais
- Eletronistagmografia: para medir os movimentos oculares e avaliar o funcionamento do sistema vestibular
- Potenciais evocados visuais: para verificar a integridade das vias ópticas
- Testes de acuidade visual: para avaliar o quanto a visão está comprometida
Nistagmo tem cura? Como é feito o tratamento?
O nistagmo, especialmente o congênito, geralmente não tem cura definitiva, mas os sintomas conseguem ser controlados e a qualidade de vida do paciente pode ser significativamente melhorada.
O tratamento varia conforme a causa subjacente e o tipo de nistagmo. Entenda
Tratamentos para nistagmo congênito
- Óculos ou lentes de contato: ajudam a melhorar a acuidade visual
- Cirurgia ocular: para reposicionar os músculos oculares e reduzir a amplitude dos movimentos involuntários
- Terapias visuais: para melhorar a coordenação olho-cérebro e reforçar a visão funcional
- Auxílios ópticos especiais: como lupas, filtros e iluminação adequada para leitura
Tratamentos para nistagmo adquirido
- Tratar a causa subjacente: por exemplo, combater uma infecção do nervo vestibular, ajustar a medicação, tratar um tumor ou controlar uma doença neurológica
- Medicações específicas: em alguns casos, medicamentos como baclofeno, gabapentina ou memantina conseguem reduzir os sintomas
- Toxina botulínica (botox): pode ser injetada nos músculos oculares para reduzir os movimentos involuntários, embora o efeito seja temporário
- Reabilitação vestibular e fisioterapia: em casos relacionados ao equilíbrio
Existem maneiras de prevenir o nistagmo?
A prevenção do nistagmo depende da natureza da condição. Para o nistagmo congênito, a prevenção direta é limitada, já que ele geralmente está ligado a fatores genéticos ou anomalias do desenvolvimento ainda no útero.
No entanto, algumas medidas podem ajudar:
- Acompanhamento pré-natal adequado: para identificar fatores de risco durante a gestação
- Avaliação oftalmológica precoce em recém-nascidos: principalmente em casos com histórico familiar de doenças oculares
Já para o nistagmo adquirido, algumas estratégias de prevenção são possíveis:
- Evitar traumas cranianos: uso de equipamentos de proteção em atividades esportivas e no trânsito
- Uso consciente de medicamentos: sempre sob orientação médica
- Controle de doenças crônicas: como diabetes, hipertensão e distúrbios neurológicos
- Alimentação adequada e suplementação vitamínica quando necessário: para evitar deficiências nutricionais
- Evitar o consumo excessivo de álcool e drogas ilícitas
Referências bibliográficas:
Cleveland Clinic -Nystagmus
NIH -Nystagmus Types
Johns Hopkins Medicine -Nystagmus
American Academy of Ophthalmology -What Is Nystagmus?
MSD Manual -Nystagmus
CUF -Nistagmo
Secretaria Municipal de Saúde -Nistagmo: o que é a condição médica que provoca movimentos involuntários dos olhos
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