Labirintite
Saiba os sintomas associados a uma crise, os fatores de risco e quando buscar ajuda
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60%O que é a labirintite?
A labirintite é uma condição definida como um distúrbio do ouvido interno, que causa a inflamação do local e afeta os nervos que ligam a região ao cérebro.
Dentro do ouvido interno, a inflamação afeta mais especificamente o labirinto, uma estrutura óssea localizada no canal do ouvido que é bem pequena. O labirinto é constituído pela cóclea (responsável pela audição) e pelo vestíbulo e canais semicirculares (responsáveis pelo equilíbrio).
Por isso, o distúrbio pode comprometer funções importantes como a manutenção do equilíbrio, a percepção da localização do corpo dentro de um determinado espaço e a facilitação da audição. As tonturas, vertigens, náuseas e alteração da audição normalmente são mais intensas nos primeiros 4 dias de crise, mas vão diminuindo ao longo do tempo. Até 3 semanas, os sintomas desaparecerem completamente.
A labirintite se manifesta, em geral, depois dos 40 ou 50 anos, decorrente de alterações metabólicas e vestibulares. Níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias que reduzem a quantidade de sangue circulando em áreas do cérebro e do labirinto.
São fatores de risco hipoglicemia, diabetes, hipertensão, otites, uso de álcool, fumo, café e de certos medicamentos.
Quais são os sintomas da doença?
O principal sintoma são as tonturas e vertigens. Na vertigem rotatória clássica, a sensação é que o ambiente gira ao redor do corpo, ou que ele roda em relação ao ambiente. Na tontura, a sensação é de desequilíbrio, instabilidade, de pisar no vazio, de queda.
A fase aguda da doença pode durar de minutos, horas ou até dias.
A vertigem pode ser associada ou não a:
- Tontura com sensação de desequilíbrio
- Vertigem (sensação que o ambiente está girando)
- Náusea e vômito
- Dor de cabeça constante (ou sensação de cabeça oca)
- Zumbido no ouvido
- Visão turva
- Alterações gastrointestinais
- Suor frio
- Perda ou diminuição da audição
- Alteração na fala
- Alteração da coordenação muscular e da marcha
- Palpitação
- Movimento involuntários dos olhos (nistagmo)
- Queda de cabelo
Quais são as causas da labirintite?
Não existe uma causa definida. Uma série de fatores e condições médicas podem desencadear as sensações de vertigem características da labirintite.
A labirintite é causada por uma inflamação do labirinto, uma estrutura que faz parte do ouvido interno. Isso normalmente acontece devido a:
- Problemas respiratórios, como bronquite
- Infecções virais, como gripes ou resfriados
- Herpes
- Infecções bacteriana, como otite
- Enxaqueca
- Obstruções - excesso de cera e corpo estranho no conduto auditivo externo;
- Problema articular - como a disfunção da articulação temperomandibular (ATM)
Pessoas com labirintite emocional, por exemplo, apresentam sintomas por estarem passando por períodos de depressão, com forte nível de ansiedade, além de síndrome do pânico. Até mesmo sintomas físicos, como falta de alimentação, consumo de café e de açúcar em excesso e altas taxas de ácido úrico podem desencadear a labirintite.
A labirintite é mais frequente em pessoas que têm algum tipo de perda auditiva, que fumam, bebem álcool em excesso, têm histórico de alergias, fazem uso frequente de aspirina ou estão sob muito estresse.
Quais são os fatores de risco?
Existem algumas doenças e condições médicas que podem aumentar as chances de o paciente desenvolver a labirintite, são elas:
- Idade
- Hipertensão arterial
- Diabetes
- Hipoglicemia
- Colesterol elevado
- Otites
- Alcoolismo
- Tabagismo
- Alto consumo de café
- Uso de certos medicamentos, como alguns antibióticos e anti-inflamatórios
- Problemas emocionais, como estresse e ansiedade
- Má alimentação (excesso de açúcares, farinha branca, embutidos e sódio)
Como confirmar o diagnóstico de labirintite?
O diagnóstico de labirintite é feito, de modo geral, por um neurologista ou por um otorrinolaringologista. Especialistas como o otoneurologista também podem ser consultados para casos de labirintite.
Além da avaliação clínica, feita com base no relato dos sintomas, o médico pode solicitar exames que ajudem a descartar outros diagnósticos. O exame otoneurológico completo é muito importante para estabelecer o diagnóstico da labirintite, especialmente o diagnóstico diferencial, pois algumas enfermidades podem provocar sintomas bastante parecidos, entre elas hipoglicemia, diabetes, hipertensão, reumatismos, síndrome de Mèniére, esclerose múltipla, tumores no nervo auditivo, no cerebelo e em áreas do tronco cerebral, drogas ototóxicas, doenças imunológicas e a cinetose, também chamada de doença do movimento, que não tem ligação com as doenças vestibulares ou do labirinto.
Tomografia computadorizada e ressonância magnética, assim como testes labirínticos, podem ser úteis para fins diagnósticos. Alguns médicos podem ainda solicitar uma audiometria (teste de audição), já que a labirintite é mais frequente em pessoas que sofrem com algum tipo de perda auditiva.
Como é feito o tratamento da doença?
A partir de um tratamento que inclui remédios, fisioterapia e alimentação adequada, é possível achar a cura para a labirintite. Embora muitas pessoas recomendem o uso de receitas caseiras, como os chás, para amenizar os sintomas da doença, é importante sempre consultar um médico.
O diagnóstico e tratamento da labirintite pode ser feito por um clínico geral, mas em casos mais graves há necessidade de acompanhamento com otorrinolaringologista, que é a especialidade voltada a doenças do ouvido, nariz e garganta.
Uma vez estabelecida a causa e estabelecido o tratamento adequado, a tendência é a doença desaparecer.
São vários os tipos de medicamentos que podem ser prescritos para as crises:
- Vasodilatadores facilitam a circulação sanguínea e melhoram o calibre dos vasos, muitas vezes reduzido por placas de gordura (ateromas);
- Labirinto-supressores suprimem a tontura agindo no sistema nervoso;
- Antibióticos, que devem ser tomados até cerca de 10 dias, sob prescrição médica, para combater os casos associados à infecção de ouvido;
- Anticonvulsivantes e antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina);
- Drogas que atuam sobre outros sintomas, suprimindo a náusea, o vômito e o mal-estar.
Além da medicação, o indivíduo em crise pode evitar por um tempo frequentar locais lotados, com grande aglomeração de pessoas; adotar uma alimentação mais saudável, para reduzir os níveis de ácido úrico; evitar mudanças de posição repentinas e luzes fortes até que os sintomas se amenizem de forma progressiva.
Se não for bem tratada, a labirintite pode causar uma série de complicações ao paciente, como tontura e vertigem crônicas, redução da capacidade auditiva e zumbidos constantes no ouvido.
Como prevenir crises de labirintite?
Mudanças no estilo de vida são fundamentais para evitar as crises de labirintite. Há alimentos, por exemplo, que podem piorar a labirintite de maneira direta (quando atuam junto ao labirinto) ou indiretamente (quando mudam o metabolismo sistêmico ou alterando a função do sistema nervoso central), tais como: açúcares, farinha branca, embutidos, bebidas alcoólicas, cafeína, alimentos muito salgados (devido a grande quantidade de sódio).
Seguem algumas sugestões:
- Evite ingerir álcool. Se beber, faça-o com muita moderação
- Não fume
- Controle os níveis de colesterol, triglicerídeos e glicose
- Opte por uma dieta saudável que ajude a manter o peso adequado e equilibrado
- Não deixe grandes intervalos entre uma refeição e outra
- Pratique atividade física regularmente
- Ingira bastante líquido
- Não consuma bebidas gaseificadas que contêm quinino (como água tônica)
- Procure administrar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e o estresse
Importante: Não dirija durante as crises ou sob o efeito de remédios para tratamento da labirintite.
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