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Gota

Dieta equilibrada e medicamentos são indicados para aliviar as dores e tratar a doença

O que é a gota?

A gota, também conhecida como artrite gotosa, é uma inflamação nas articulações causada pelo excesso de ácido úrico no sangue. A condição de hiperuricemia – como é chamada pelos médicos - é necessária, mas não suficiente para a crise de gota. Muitas pessoas com acúmulo desta substância nunca apresentarão os sintomas.

A elevação das taxas de ácido úrico pode ocorrer tanto pela produção excessiva quanto pela eliminação deficiente da substância (quando os rins não conseguem se livrar do composto de maneira adequada), tendo causa genética ou não.

Algumas crises de gota são extremamente dolorosas. Normalmente, a crise envolve uma única articulação com intensa inflamação. É mais frequente nas articulações das pernas e pés, mas pode acontecer nos membros superiores.

A doença é mais comum em homens e ocorre geralmente a partir dos 40 anos. Em mulheres, pode ocorrer após os 60 anos, na pós-menopausa.

Importante salientar que o termo gota se refere tanto ao ataque agudo de inflamação articular como às alterações crônicas que a articulação sofre por causa de ataques consecutivos ou pela elevação contínua do ácido úrico.

Quais são as áreas afetadas pela gota?

Bastante comum no dedão do pé, a artrite gotosa também afeta outras regiões do corpo causando dor articular intensa:

  • Joelhos
  • Dedos das mãos
  • Cotovelos
  • Tornozelos
  • Dorso dos pés
  • Punhos

Quais são os tipos de gota?

A condição é dividida em dois tipos: primária e secundária, e o tratamento é diferente para cada um deles.

A gota primária é idiopática, ou seja, pode surgir espontaneamente, ou pode ser decorrente de um erro no metabolismo das purinas (defeito enzimático específico), caracterizado pela superprodução de ácido úrico.

Já a gota secundária surge durante o desenvolvimento de outras doenças, entre elas:

  • Leucemia
  • Linfoma
  • Drepanocitose (doença que afeta os glóbulos vermelhos)
  • Anemias
  • Psoríase (manchas rosadas ou avermelhadas na pele, cobertas por escamas esbranquiçadas)
  • Hiperparatireoidismo
  • Insuficiência renal
  • Estados de hiperinsulinemia (excesso) ou resistência à insulina

O uso de alguns medicamentos também pode causar gota secundária, tais como diuréticos, salicilatos em doses baixas, levodopa (para Parkinson), pirazinamida (para tuberculose), cloridrato de etambutol, quimioterápicos, ciclosporina e tacrolimo.

Quais são os principais sintomas da gota?

Os sintomas da doença são:

Crise aguda de gota

  • Dor intensa nas articulações dos dedos, pés, tornozelos, joelhos, mãos e pulsos
  • Vermelhidão e inflamações na região da articulação afetada
  • Rigidez nas articulações
  • Aumento de volume das articulações (inchaço)
  • Elevação de temperatura (presença de calor ou suor)
  • Período entre crises e tofo gotoso (nódulos cutâneos sobre as articulações)
  • Deformidades no local inflamado

Vale lembrar que esses sintomas são repentinos, ou seja, o paciente pode ir dormir bem e acordar com uma crise. A dor, na maioria das vezes, começa no período noturno ou início da manhã, e pode durar de 12 a 24 horas.

Algumas pessoas ainda podem desenvolver gota crônica, caracterizada por lesões e perda de movimento nas articulações.

A condição também pode colaborar com a formação de cálculos, provocando cólicas renais e depósitos de cristais de ácido úrico sob a pele.

Quais são as causas da gota?

A gota é causada pela soma da deposição de cristais de ácido úrico na articulação. Outras causas associadas ainda são capazes de gerar os gatilhos da sua manifestação:

  • Ingestão inadequada ou abuso de determinados medicamentos
  • Uso exagerado de diuréticos
  • Abuso de bebidas alcoólicas (especialmente a cerveja, que possui alta concentração de purina)
  • Consumo exagerado de alimentos ricos em purina (como carnes vermelhas, peixes e frutos do mar)
  • Consumo de vísceras (miúdos como coração de frango, rins, moela, fígado)
  • Diabetes
  • Obesidade (quanto maior o peso, maior a produção de ácido úrico)
  • Sedentarismo
  • Hipertensão arterial (pressão alta)
  • Colesterol alto
  • Arteriosclerose (espessamento e endurecimento da parede arterial)
  • Alto consumo de refrigerante e bebidas açucaradas (açúcar na forma de frutose também pode aumentar os níveis de ácido úrico no sangue)
  • Infecções como pneumonia ou gripe
  • Desidratação

O histórico familiar também pode ser um fator de risco, já que a doença pode ser genética.

Qual médico procurar?

A gota deve ser identificada e tratada pelo médico reumatologista, especialista em tratar as doenças autoimunes e dos tecidos conjuntivos (que incluem as articulações, os ossos, os músculos, os tendões e os ligamentos).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico e laboratorial, feito após análise dos sintomas, do histórico familiar do paciente e de exames que mostrem os níveis de ácido úrico no sangue.

O médico especialista vai solicitar exames de dosagem de ácido úrico no sangue, de creatinina para avaliar a função dos rins (responsáveis por excretar o ácido úrico do organismo) e exame do líquido sinovial (retirada de líquido da articulação).

Para confirmar o diagnóstico, radiografias e ultrassonografias também são solicitadas pelo médico para detectar sinais de lesões e gota nas articulações.

Gota tem cura?

Não existe cura definitiva para a gota, mas há tratamento para aliviar os sintomas de dor e inflamação causados por ela e também para corrigir a hiperuricemia, prevenindo episódios futuros e evitando lesões nas articulações.

A inflamação pode voltar a acometer o mesmo paciente, meses ou anos depois, podendo afetar a mesma ou outras articulações.

Vale ressaltar que ela não é uma doença incapacitante e, quando tratada adequadamente, não interfere na qualidade de vida do paciente.

Como é feito o tratamento para gota?

O uso de anti-inflamatórios, colchicina e corticoides vai aliviar os sintomas, tratar a crise e prevenir futuros episódios agudos da doença. Quanto antes for iniciado o tratamento, mais rápida será a melhora do paciente.

Para o tratamento da hiperuricemia e melhor controle do período entre crises, o reumatologista ainda deve prescrever medicações para controlar os níveis de ácido úrico no sangue, tais como:

  • Alopurinol (reduz o ácido úrico do sangue e a produção de ácido úrico pelo organismo): é o medicamento mais longamente estudado em termos de eficácia e efeitos colaterais.

  • Febuxostate (reduz a produção de ácido úrico pelo organismo): em muitos protocolos especializados, é a segunda opção, após o alopurinol.

  • Probenecida (aumenta a eliminação de ácido úrico pelos rins), mas raramente é utilizada.

Mudanças no estilo de vida para tratar a gota

Além do tratamento medicamentoso, é fundamental que o paciente evite fatores que possam desencadear o problema, tais como a ingestão de álcool, de frutos do mar e de alimentos hipercalóricos.

Também é indicado manter uma boa alimentação, tomar água regularmente, praticar exercícios físicos e tratar possíveis comorbidades associadas, como a obesidade e a hipertensão.

O paciente que não trata a doença ou abandona o tratamento sem orientação médica, pode ter suas articulações deformadas e ainda apresentar depósito de cristais em suas cartilagens, tendões e bursas (pequenas bolsas cheias de líquido lubrificante, localizadas entre os tecidos de ossos, músculos, tendões e pele).

Como prevenir a gota?

Uma alimentação equilibrada, priorizando o consumo de alimentos naturais ricos em fibras, vitaminas e minerais, como vegetais, frutas e leguminosas, vai melhorar sua saúde. Não há evidência científica confirmando que determinada dieta realmente pode prevenir uma crise de gota.

É indicado beber muita água para evitar a desidratação e auxiliar o controle dos níveis de ácido úrico no sangue.

A prática de exercícios físicos, para a manutenção do peso, também ajuda a prevenir desordens que intensificam o risco de aparecimento das “dores nas juntas”.

O paciente deve evitar o tabagismo, a ingestão abusiva de bebidas alcoólicas (sobretudo a cerveja), o consumo excessivo de peixes e frutos do mar, miúdos (coração de galinha, rim, fígado), enlatados, conservas, embutidos e carnes vermelhas e gordurosas.

Artigo revisado pelo Dr. Fábio Poianas Giannini (CRM 100.689)

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