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Xeroftalmia

Deficiência de vitamina A causa ressecamento intenso e grave nos olhos

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A xeroftalmia é uma condição ocular grave caracterizada pela secura anormal da conjuntiva e da córnea. Ela ocorre principalmente devido à deficiência de vitamina A no organismo.

Essa doença é mais comum em países em desenvolvimento, por causa dos altos índices de desnutrição e o acesso limitado a alimentos ricos em nutrientes essenciais.

A palavra "xeroftalmia" vem do grego “xeros”, que significa “seco”, e “ophthalmos”, que significa “olho”. Portanto, o termo pode ser traduzido literalmente como "olho seco".

Embora "olho seco" seja usado de maneira mais ampla na medicina moderna para descrever diversas formas de secura ocular (como a síndrome do olho seco), a xeroftalmia tem causas e manifestações específicas ligadas à carência nutricional.

A xeroftalmia é considerada uma das principais causas de cegueira evitável em crianças nos países subdesenvolvidos. Ela pode causar danos permanentes à córnea e, se não tratada adequadamente, é capaz de levar à cegueira irreversível.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas da xeroftalmia variam de acordo com a gravidade da deficiência de vitamina A e da progressão da doença.

Em estágios iniciais, as manifestações costumam ser sutis, mas à medida que a condição avança, os sinais tornam-se mais evidentes e graves. Os principais sintomas incluem:

  • Secura ocular
  • Sensação de areia nos olhos
  • Vermelhidão, ardência e desconforto
  • Manchas de Bitot (lesões esbranquiçadas e espumosas que aparecem na conjuntiva, especialmente nas regiões temporais do olho)
  • Cegueira noturna (nictalopia)
  • Ressecamento da córnea
  • Visão turva ou embaçada em ambientes com pouca luz
  • Aumento da sensibilidade à luz
  • Ulceração da córnea (pode ocorrer necrose e ulceração, resultando em dor intensa e risco elevado de infecções oculares secundárias)
  • Cegueira permanente, em casos gravíssimos sem tratamento

O que causa xeroftalmia?

A principal causa da xeroftalmia é a deficiência de vitamina A, um micronutriente essencial para a saúde dos olhos, do sistema imunológico e da pele.

A vitamina A é necessária para a produção da rodopsina, uma proteína que permite a visão em ambientes com pouca luz, além de estar envolvida na manutenção e regeneração das células da córnea e da conjuntiva.

Muitas vezes, a deficiência de vitamina A está relacionada a:

  • Ingestão alimentar inadequada: dietas pobres em vitamina A ou betacaroteno (transformado pelo corpo em vitamina A)
  • Problemas de absorção intestinal: condições como doença celíaca, doença de Crohn, fibrose cística ou diarreias crônicas prejudicam a absorção de gordura e, consequentemente, de vitaminas lipossolúveis como a vitamina A
  • Infecções frequentes: crianças que sofrem com infecções recorrentes têm maior risco de desenvolver deficiência de vitamina A devido ao aumento da demanda metabólica e à perda de nutrientes
  • Desmame precoce e desnutrição infantil: a amamentação é uma fonte importante de vitamina A, e seu abandono precoce é capaz de contribuir para o desenvolvimento da xeroftalmia

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da doença?

Diversos fatores conseguem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver xeroftalmia. Os principais incluem:

  • Idade: crianças menores de cinco anos são as mais afetadas, sobretudo entre seis meses e três anos, fase em que a necessidade de vitamina A é alta
  • Condições socioeconômicas precárias: a pobreza limita o acesso a alimentos adequados e à suplementação nutricional
  • Infecções: especialmente o sarampo, porque essa doença aumenta a necessidade de vitamina A no organismo, além de piorar a absorção e aumentar a perda desse nutriente

Outros quadros associados à condição são:

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da xeroftalmia deve ser feito por um oftalmologista, com base em uma combinação de avaliação clínica, histórico nutricional e exames oftalmológicos. Em casos suspeitos, o especialista investiga os sinais clássicos da deficiência de vitamina A.

Os principais passos no diagnóstico incluem:

  • Avaliação clínica: identificação de sinais visuais como manchas de Bitot (lesões esbranquiçadas e espumosas no olho), ressecamento da conjuntiva e córnea, além da queixa de cegueira noturna
  • Histórico alimentar e social: o médico considera a alimentação do paciente, episódios recentes de infecções e condições socioeconômicas
  • Exames laboratoriais: exames de sangue são utilizados para medir os níveis séricos de retinol (a forma ativa da vitamina A). Valores abaixo de 0,70 μmol/L indicam deficiência
  • Exames oftalmológicos: avaliação da acuidade visual, uso de lâmpada de fenda para examinar a córnea e a conjuntiva e testes de sensibilidade à luz

Xeroftalmia tem cura? Como é feito o tratamento?

Sim, a xeroftalmia tem cura, especialmente quando diagnosticada precocemente. O tratamento é baseado na suplementação de vitamina A e no cuidado das complicações oculares associadas ao problema.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um esquema específico de reposição de vitamina A para crianças com xeroftalmia:

  • Crianças de 6 a 11 meses: 100.000 UI de vitamina A, via oral, em dose única
  • Crianças de 12 a 59 meses: 200.000 UI, via oral, em dose única, repetida no dia seguinte e novamente após duas semanas

Em adultos, a dosagem e o tempo de tratamento variam conforme o grau da deficiência.

Além da suplementação, é fundamental tratar as manifestações oculares com:

  • Lubrificantes oculares (colírios), para aliviar a secura e proteger a córnea
  • Antibióticos tópicos, caso haja infecção ocular associada
  • Intervenções cirúrgicas (em casos avançados com lesões permanentes na córnea, pode ser necessária a realização de transplante de córnea)

Existem maneiras de prevenir a xeroftalmia?

A prevenção da xeroftalmia é possível e extremamente eficaz quando são adotadas medidas nutricionais e de saúde pública adequadas. As principais formas de prevenção incluem:

  • Alimentação equilibrada, com o consumo adequado de alimentos ricos em vitamina A, como: fígado de boi ou galinha, leite integral e derivados, gema de ovo, vegetais de folhas verdes escuras e frutas e vegetais alaranjados (cenoura, manga, abóbora, mamão)
  • Aleitamento materno: o leite materno é uma excelente fonte de vitamina. Por isso, é recomendado amamentar exclusivamente até os seis meses e complementar até dois anos ou mais
  • Controle de infecções: manter a carteirinha de vacinação em dia, especialmente contra o sarampo, e buscar tratamento adequado de infecções gastrointestinais
  • Cuidado com a saúde: realizar check-ups médicos com um clínico geral para checar os índices de vitaminas, ir ao oftalmologista pelo menos uma vez ao ano e consultar um nutricionista para ter uma alimentação que atenda às suas necessidades

Referências bibliográficas:

Cleveland Clinic - Xerophthalmia

Healthline - Everything You Should Know About Xerophthalmia

National Library of Medicine - Xerophthalmia

WebMD - What Is Xerophthalmia?

Secretaria de Saúde do Distrito Federal - Programa Nacional de Suplementaçao de Vitamina A

Ministério da Saúde - Deficiência de vitamina A

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