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Traumatismo Craniano

Lesão no crânio pode ser leve ou grave e causar ou não sequelas

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O traumatismo craniano é uma condição que pode ter consequências leves, moderadas ou graves, dependendo da intensidade e da localização do impacto na região da cabeça.

Este tipo de lesão é capaz de afetar não apenas o crânio, mas também o cérebro, resultando em complicações neurológicas que, em casos graves, conseguem levar a sequelas permanentes ou até à morte.

Também conhecido como trauma cranioencefálico (TCE), o traumatismo craniano geralmente ocorre por um impacto direto ou indireto na cabeça. Esse impacto pode provocar danos nos ossos do crânio, nos vasos sanguíneos, nas meninges (as membranas que revestem o cérebro) e no próprio tecido cerebral.

Dessa forma, o termo se refere a uma ampla variedade de lesões, desde contusões superficiais, como cortes e escoriações no couro cabeludo, até lesões intracranianas graves, como hemorragias e lesões difusas no cérebro.

Em muitos casos, o traumatismo craniano é reversível com tratamento adequado e acompanhamento médico, mas, em situações mais complexas, é capaz de deixar sequelas irreversíveis ou resultar em óbito.

Quais são os tipos de traumatismo craniano?

O traumatismo craniano é classificado de diversas formas, levando em consideração a gravidade, a extensão da lesão, a presença ou não de fratura no crânio e se há ou não comprometimento neurológico.

Os principais tipos são:

Traumatismo craniano leve

É o comum e menos grave. Normalmente, está associado a concussões, que causam desorientação momentânea, dor de cabeça e, em alguns casos, perda de consciência de curta duração. A recuperação costuma ser rápida e as sequelas são raras.

Traumatismo craniano moderado

Nesta situação, a lesão é mais profunda, provocando perda de consciência prolongada, confusão mental, dificuldade de movimentação e outros sinais neurológicos. Esse tipo de traumatismo exige observação hospitalar e pode deixar sequelas temporárias ou permanentes.

Traumatismo craniano grave

É a forma mais perigosa e potencialmente fatal. Envolve lesões sérias no cérebro, com risco de hemorragias intracranianas, edema cerebral e aumento da pressão intracraniana.

Frequentemente, o paciente permanece inconsciente por longos períodos e necessita de cirurgia de emergência.

Traumatismo craniano aberto

Acontece quando há uma fratura exposta no crânio ou quando um objeto penetra na cabeça, deixando o cérebro vulnerável à infecção. É uma situação crítica que requer intervenção médica imediata.

Traumatismo craniano fechado

Ocorre quando o crânio permanece intacto, mas há algum tipo de lesão interna, como sangramentos ou contusões cerebrais. Embora não haja exposição óssea, pode ser tão grave quanto o aberto.

Lesão focal

Quando a lesão está restrita a uma área específica do cérebro, como no caso de hematomas ou contusões localizadas.

Lesão difusa

Quando o dano se espalha por diferentes áreas do cérebro, como ocorre na lesão axonal difusa, que afeta as conexões neuronais e pode causar coma prolongado.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas do traumatismo craniano variam conforme a gravidade da lesão, mas existem sinais clássicos que devem ser observados com muita atenção, como:

  • Dor de cabeça intensa e persistente
  • Náuseas e vômitos, especialmente após o impacto
  • Confusão mental e desorientação
  • Tontura e perda de equilíbrio
  • Alterações na visão, como visão turva ou dupla
  • Perda de consciência, que dura segundos, minutos ou horas
  • Sonolência excessiva ou dificuldade para acordar
  • Convulsões
  • Saída de líquido claro pelo nariz ou orelhas (possível indicação de fratura de base de crânio)
  • Pupilas dilatadas ou assimétricas
  • Fraqueza ou dormência em membros
  • Dificuldade na fala ou compreensão

É importante destacar que, mesmo quando os sintomas parecem leves inicialmente, o quadro consegue evoluir rapidamente, especialmente em traumatismos moderados ou graves.

O que causa traumatismo craniano?

O traumatismo craniano pode ter diversas causas, sendo algumas mais frequentes do que outras. As principais incluem:

  • Acidentes de trânsito
  • Quedas
  • Práticas esportivas, como esportes de contato (futebol, boxe, artes marciais e ciclismo sem proteção adequada)
  • Agressões físicas
  • Acidentes domésticos
  • Acidentes no trabalho, especialmente em ambientes industriais ou de construção civil, onde há risco de queda de objetos ou quedas de altura

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do traumatismo craniano é feito por um neurologista ou neurocirurgião, e é realizado a partir de avaliação clínica, exames de imagem e histórico do paciente. O processo inclui:

  • Avaliação clínica: o médico examina o nível de consciência do paciente utilizando a Escala de Coma de Glasgow, que mede a resposta ocular, verbal e motora. Essa escala ajuda a determinar a gravidade do trauma
  • Exame neurológico: são avaliadas funções motoras, sensoriais, reflexos, resposta pupilar e cognição para identificar possíveis déficits neurológicos
  • Tomografia computadorizada: é o exame padrão para detectar fraturas, sangramentos, hematomas e edemas
  • Ressonância magnética: utilizada para avaliar impactos mais detalhados, especialmente em casos de lesão difusa ou quando os sintomas persistem
  • Exames laboratoriais: podem ser solicitados para analisar o estado geral de saúde, principalmente se houver necessidade de cirurgia

O diagnóstico precoce é essencial para reduzir o risco de complicações e iniciar o tratamento adequado rapidamente.

Traumatismo craniano tem cura? Como é feito o tratamento?

O traumatismo craniano pode ter cura, mas isso depende diretamente da gravidade da lesão, da rapidez no atendimento médico e das condições de saúde do paciente.

Em casos leves, a recuperação consegue ser completa e sem sequelas. Já nos traumatismos moderados e graves, a situação é mais delicada, exigindo tratamentos complexos e longos períodos de reabilitação.

Além disso, em casos muito graves, muitas vezes ocorrem sequelas permanentes ou até risco de morte, mesmo com tratamento intensivo.

O tratamento do traumatismo craniano inclui:

Casos leves

  • Repouso: é fundamental evitar atividades físicas e cognitivas intensas
  • Medicação: uso de analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor e o desconforto
  • Acompanhamento médico: monitorar o paciente para garantir que os sintomas não evoluam

Casos moderados

  • Internação: para observação hospitalar e controle de sintomas
  • Medicação específica: para dor, controle de convulsões e pressão intracraniana
  • Exames de imagem: tomografia para acompanhar a evolução da lesão

Casos graves

  • Cuidados intensivos: monitoramento constante em UTI
  • Cirurgia: quando preciso, para aliviar pressão no cérebro ou remover hematomas
  • Suporte respiratório: se houver necessidade de ventilação mecânica

Reabilitação

Quais as maneiras de prevenir um traumatismo craniano?

A prevenção é a melhor estratégia para evitar os riscos associados ao traumatismo craniano. Algumas das principais medidas incluem:

  • Utilização de capacetes
  • Uso de cintos de segurança
  • Assentos adequados para crianças em veículos
  • Cuidados no ambiente doméstico (instalar corrimãos, tapetes antiderrapantes, redes de proteção em janelas e eliminar obstáculos no chão para evitar quedas)
  • Práticas esportivas seguras (utilizar equipamentos de proteção adequados e seguir as regras dos esportes reduz a probabilidade de lesões)
  • Prevenção de quedas em idosos (realizar avaliações de equilíbrio, adaptar o ambiente da casa e, quando necessário, utilizar dispositivos de apoio, como bengalas e andadores)
  • Educação no trânsito (respeitar os limites de velocidade e promover campanhas de conscientização para motoristas e pedestres)

Referências bibliográficas:

Mayo Clinic -Traumatic brain injury

Johns Hopkins Medicine -Head Injury

Cleveland Clinic -Head Injury

NIH -Traumatic Brain Injury (TBI)

Healthline -Head Injury

Medscape -Head Injury

Manual MSD -Considerações gerais sobre traumatismos cranianos

Ministério da Saúde -Diretrizes - Atenção à Reabilitação da Pessoa com Traumatismo Cranioencefálico

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