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60%O traumatismo craniano é uma condição que pode ter consequências leves, moderadas ou graves, dependendo da intensidade e da localização do impacto na região da cabeça.
Este tipo de lesão é capaz de afetar não apenas o crânio, mas também o cérebro, resultando em complicações neurológicas que, em casos graves, conseguem levar a sequelas permanentes ou até à morte.
Também conhecido como trauma cranioencefálico (TCE), o traumatismo craniano geralmente ocorre por um impacto direto ou indireto na cabeça. Esse impacto pode provocar danos nos ossos do crânio, nos vasos sanguíneos, nas meninges (as membranas que revestem o cérebro) e no próprio tecido cerebral.
Dessa forma, o termo se refere a uma ampla variedade de lesões, desde contusões superficiais, como cortes e escoriações no couro cabeludo, até lesões intracranianas graves, como hemorragias e lesões difusas no cérebro.
Em muitos casos, o traumatismo craniano é reversível com tratamento adequado e acompanhamento médico, mas, em situações mais complexas, é capaz de deixar sequelas irreversíveis ou resultar em óbito.
Quais são os tipos de traumatismo craniano?
O traumatismo craniano é classificado de diversas formas, levando em consideração a gravidade, a extensão da lesão, a presença ou não de fratura no crânio e se há ou não comprometimento neurológico.
Os principais tipos são:
Traumatismo craniano leve
É o comum e menos grave. Normalmente, está associado a concussões, que causam desorientação momentânea, dor de cabeça e, em alguns casos, perda de consciência de curta duração. A recuperação costuma ser rápida e as sequelas são raras.
Traumatismo craniano moderado
Nesta situação, a lesão é mais profunda, provocando perda de consciência prolongada, confusão mental, dificuldade de movimentação e outros sinais neurológicos. Esse tipo de traumatismo exige observação hospitalar e pode deixar sequelas temporárias ou permanentes.
Traumatismo craniano grave
É a forma mais perigosa e potencialmente fatal. Envolve lesões sérias no cérebro, com risco de hemorragias intracranianas, edema cerebral e aumento da pressão intracraniana.
Frequentemente, o paciente permanece inconsciente por longos períodos e necessita de cirurgia de emergência.
Traumatismo craniano aberto
Acontece quando há uma fratura exposta no crânio ou quando um objeto penetra na cabeça, deixando o cérebro vulnerável à infecção. É uma situação crítica que requer intervenção médica imediata.
Traumatismo craniano fechado
Ocorre quando o crânio permanece intacto, mas há algum tipo de lesão interna, como sangramentos ou contusões cerebrais. Embora não haja exposição óssea, pode ser tão grave quanto o aberto.
Lesão focal
Quando a lesão está restrita a uma área específica do cérebro, como no caso de hematomas ou contusões localizadas.
Lesão difusa
Quando o dano se espalha por diferentes áreas do cérebro, como ocorre na lesão axonal difusa, que afeta as conexões neuronais e pode causar coma prolongado.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas do traumatismo craniano variam conforme a gravidade da lesão, mas existem sinais clássicos que devem ser observados com muita atenção, como:
- Dor de cabeça intensa e persistente
 - Náuseas e vômitos, especialmente após o impacto
 - Confusão mental e desorientação
 - Tontura e perda de equilíbrio
 - Alterações na visão, como visão turva ou dupla
 - Perda de consciência, que dura segundos, minutos ou horas
 - Sonolência excessiva ou dificuldade para acordar
 - Convulsões
 - Saída de líquido claro pelo nariz ou orelhas (possível indicação de fratura de base de crânio)
 - Pupilas dilatadas ou assimétricas
 - Fraqueza ou dormência em membros
 - Dificuldade na fala ou compreensão
 
É importante destacar que, mesmo quando os sintomas parecem leves inicialmente, o quadro consegue evoluir rapidamente, especialmente em traumatismos moderados ou graves.
O que causa traumatismo craniano?
O traumatismo craniano pode ter diversas causas, sendo algumas mais frequentes do que outras. As principais incluem:
- Acidentes de trânsito
 - Quedas
 - Práticas esportivas, como esportes de contato (futebol, boxe, artes marciais e ciclismo sem proteção adequada)
 - Agressões físicas
 - Acidentes domésticos
 - Acidentes no trabalho, especialmente em ambientes industriais ou de construção civil, onde há risco de queda de objetos ou quedas de altura
 
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do traumatismo craniano é feito por um neurologista ou neurocirurgião, e é realizado a partir de avaliação clínica, exames de imagem e histórico do paciente. O processo inclui:
- Avaliação clínica: o médico examina o nível de consciência do paciente utilizando a Escala de Coma de Glasgow, que mede a resposta ocular, verbal e motora. Essa escala ajuda a determinar a gravidade do trauma
 - Exame neurológico: são avaliadas funções motoras, sensoriais, reflexos, resposta pupilar e cognição para identificar possíveis déficits neurológicos
 - Tomografia computadorizada: é o exame padrão para detectar fraturas, sangramentos, hematomas e edemas
 - Ressonância magnética: utilizada para avaliar impactos mais detalhados, especialmente em casos de lesão difusa ou quando os sintomas persistem
 - Exames laboratoriais: podem ser solicitados para analisar o estado geral de saúde, principalmente se houver necessidade de cirurgia
 
O diagnóstico precoce é essencial para reduzir o risco de complicações e iniciar o tratamento adequado rapidamente.
Traumatismo craniano tem cura? Como é feito o tratamento?
O traumatismo craniano pode ter cura, mas isso depende diretamente da gravidade da lesão, da rapidez no atendimento médico e das condições de saúde do paciente.
Em casos leves, a recuperação consegue ser completa e sem sequelas. Já nos traumatismos moderados e graves, a situação é mais delicada, exigindo tratamentos complexos e longos períodos de reabilitação.
Além disso, em casos muito graves, muitas vezes ocorrem sequelas permanentes ou até risco de morte, mesmo com tratamento intensivo.
O tratamento do traumatismo craniano inclui:
Casos leves
- Repouso: é fundamental evitar atividades físicas e cognitivas intensas
 - Medicação: uso de analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor e o desconforto
 - Acompanhamento médico: monitorar o paciente para garantir que os sintomas não evoluam
 
Casos moderados
- Internação: para observação hospitalar e controle de sintomas
 - Medicação específica: para dor, controle de convulsões e pressão intracraniana
 - Exames de imagem: tomografia para acompanhar a evolução da lesão
 
Casos graves
- Cuidados intensivos: monitoramento constante em UTI
 - Cirurgia: quando preciso, para aliviar pressão no cérebro ou remover hematomas
 - Suporte respiratório: se houver necessidade de ventilação mecânica
 
Reabilitação
- Fisioterapia: para recuperar movimentos e força muscular
 - Terapia ocupacional: para readquirir habilidades do dia a dia
 - Fonoaudiologia: para tratar dificuldades de fala e comunicação
 - Psicoterapia: apoio emocional e tratamento de possíveis alterações comportamentais
 
Quais as maneiras de prevenir um traumatismo craniano?
A prevenção é a melhor estratégia para evitar os riscos associados ao traumatismo craniano. Algumas das principais medidas incluem:
- Utilização de capacetes
 - Uso de cintos de segurança
 - Assentos adequados para crianças em veículos
 - Cuidados no ambiente doméstico (instalar corrimãos, tapetes antiderrapantes, redes de proteção em janelas e eliminar obstáculos no chão para evitar quedas)
 - Práticas esportivas seguras (utilizar equipamentos de proteção adequados e seguir as regras dos esportes reduz a probabilidade de lesões)
 - Prevenção de quedas em idosos (realizar avaliações de equilíbrio, adaptar o ambiente da casa e, quando necessário, utilizar dispositivos de apoio, como bengalas e andadores)
 - Educação no trânsito (respeitar os limites de velocidade e promover campanhas de conscientização para motoristas e pedestres)
 
Referências bibliográficas:
Mayo Clinic - Traumatic brain injury
Johns Hopkins Medicine - Head Injury
Cleveland Clinic - Head Injury
NIH - Traumatic Brain Injury (TBI)
Healthline - Head Injury
Medscape - Head Injury
Manual MSD - Considerações gerais sobre traumatismos cranianos
Ministério da Saúde - Diretrizes - Atenção à Reabilitação da Pessoa com Traumatismo Cranioencefálico


