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Síndrome de Hellp

Doença rara é uma complicação grave da pré-eclâmpsia na gravidez

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A síndrome de Hellp é uma complicação rara da gravidez que afeta principalmente o sangue e o fígado. Geralmente ocorre durante o terceiro trimestre da gravidez (entre 28 e 40 semanas), mas pode surgir a qualquer momento na segunda metade da gestação (a partir da 20ª semana) ou ainda é capaz de se desenvolver nos sete dias após o parto.

O nome síndrome de Hellp representa os três sinais da doença:

H (hemolysis): Hemólise - destruição das hemácias ou glóbulos vermelhos (células que transportam oxigênio dos pulmões para o resto do corpo)

EL (elevated liver enzymes): Enzimas do fígado elevadas (substâncias químicas que aceleram as reações do corpo, como a quebra de proteínas)

LP (low platelet count): Baixa contagem de plaquetas (partes do sangue que ajudam na coagulação)

Hellp geralmente é considerada uma forma grave de pré-eclâmpsia, mas alguns especialistas a consideram uma doença diferente.

A pré-eclâmpsia causa pressão alta (hipertensão arterial) e proteinúria (altos níveis de proteína na urina). A síndrome de Hellp geralmente ocorre com pré-eclâmpsia, mas também é possível desenvolver pré-eclâmpsia sem Hellp.

Cerca de 1 em cada 5 casos da condição ocorre sem pressão arterial elevada ou proteína na urina. Representando risco de morte para a mãe e o bebê, a síndrome é muito rara e ocorre em 0,1% a 0,6% das gestações.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que cerca de 10% a 20% das mulheres com pré-eclâmpsia grave acabam desenvolvendo a síndrome de Hellp durante a gestação. A doença rara não tem idade para acontecer.

Quais são os tipos de síndrome de Hellp?

Alguns profissionais de saúde classificam a síndrome de Hellp de acordo com a gravidade dos resultados de plaquetas do exame de sangue. Quanto menor a classe, mais grave é a condição.

Os níveis são:

  • Classe I (grave)
  • Classe II (moderada)
  • Classe III (leve)

Quais são os sintomas de síndrome de Hellp?

A síndrome de Hellp e a pré-eclâmpsia podem apresentar sintomas semelhantes. Os sinais da condição são percebidos durante a gravidez ou logo após o parto.

Os sintomas da pré-eclâmpsia incluem:

  • Dor abdominal, geralmente no lado superior direito (específica da síndrome), e no estômago
  • Cefaleia ou dor de cabeça
  • Visão turva ou outras alterações visuais (ver pontinhos claros ou escuros)
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Fadiga ou cansaço excessivo
  • Edema (inchaço generalizado) e ganho rápido de peso
  • Dor ao respirar profundamente
  • Icterícia (pele e/ou olhos amarelados)
  • Diminuição da produção de urina
  • Pressão alta
  • Alteração no estado de consciência
  • Sangramento nasal descontrolado (raro)
  • Convulsões ou tremores corporais incontroláveis (raros)

Os sinais da síndrome de Hellp às vezes são confundidos com os de outras condições de saúde mais comuns (como como gastrite ou hepatite aguda). Se acreditar ter sintomas dessa doença, converse com seu médico para verificar se ela pode ser a causa dos seus sintomas.

O que causa síndrome de Hellp?

A síndrome de Hellp surge como uma complicação da pré-eclâmpsia. Pesquisadores acreditam que ela ocorre por uma ativação exagerada do sistema imunológico devido a alterações no desenvolvimento da placenta durante a gravidez, provocando uma resposta inflamatória no organismo, com alterações microvasculares.

No entanto, ainda não há causa conhecida para a manifestação dessa reação do corpo materno. Às vezes, ela é diagnosticada erroneamente porque causa sintomas semelhantes a outras condições mais comuns.

Quais são os fatores de risco?

Pacientes com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia apresentam maior risco de síndrome de Hellp. Até 1 em cada 5 mulheres com essas duas condições desenvolverá a condição.

Outros fatores de risco para a doença são:

  • Histórico de síndrome de Hellp, pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em uma gravidez anterior
  • Gravidez múltipla (gemelidade)
  • Já ter dado à luz pelo menos uma vez antes
  • Histórico de doença renal, diabetes, pressão alta e demais doenças crônicas
  • Obesidade
  • Ter mais de 35 anos
  • Síndrome da trombofilia e demais distúrbios dos vasos sanguíneos

Pacientes com ingestão baixa de cálcio são mais propensas a ter pré-eclâmpsia, tanto que virou norma técnica do Ministério da Saúde que todas as gestantes devem ser suplementadas com cálcio 1g por dia.

Além disso, acredita-se que algumas mulheres também tenham uma predisposição genética, aumentando o risco de desenvolver a síndrome de Hellp durante a gravidez.

Como é o diagnóstico de síndrome de Hellp?

O diagnóstico da síndrome de Hellp é feito pelo obstetra baseado nos sintomas presentes e no resultado de exames, como hemograma, em que são verificadas as características das hemácias e quantidade de plaquetas.

Além disso, o médico normalmente também indica testes laboratoriais que avaliam o fígado, como a dosagem de bilirrubinas, TGO e TGP no sangue, que também podem estar alterados, para confirmar o diagnóstico.

Outro exame possível de ser solicitado pelo especialista é o de lactato desidrogenase (LDH) no sangue ou desidrogenase láctica.

Síndrome de Hellp tem cura? Qual é o tratamento?

A síndrome de Hellp é tratável quando descoberta precocemente, mas a única definitiva é o parto. Após o nascimento do bebê, a doença geralmente desaparece em poucos dias.

O acompanhamento clínico deve ser feito com ginecologista e/ou obstetra, normalmente na UTI, para que o especialista possa avaliar constantemente a evolução da gravidez.


Referências bibliográficas:

Jornal da USP -OMS aponta que 10% a 20% das gestantes com pré-eclâmpsia grave desenvolvem síndrome de Hellp

National Library of Medicine -HELLP Syndrome

American Pregnancy Association -HELLP Syndrome – Causes, Symptoms & Treatment

NIH -HELLP syndrome

Manual MSD -Pré-eclâmpsia e eclâmpsia

Cleveland Clinic -HELLP Syndrome

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