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Saúde e Bem-estar

Depressão na TPM: descubra se você sofre com distúrbio grave

14 de agosto de 2023

depressão na tmp

Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) pode ter sintomas incapacitantes e dolorosos

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Revisado por
Karine Bonfim Pereira (CRN 06/149013)

Antes de mais nada: entenda o que é TPM de uma vez por todas

A tensão pré-menstrual, conhecida popularmente como TPM e também chamada de síndrome pré-menstrual (SPM), é um conjunto de sintomas que podem ser físicos, emocionais ou comportamentais. Eles ocorrem com algumas mulheres antes e durante a menstruação.

As manifestações físicas e psicológicas da TPM tendem a aparecer cerca de cinco dias antes da menstruação. Dessa forma, faz parte do ciclo menstrual da maioria das mulheres, com frequência e intensidade que variam para cada organismo.

Ainda não é possível dizer, sem sombra de dúvidas, o que causa a TPM. Algumas pesquisas indicam que a principal causa dessa condição é uma alteração hormonal que ocorre no período menstrual e que consegue interferir no sistema nervoso central.

Estima-se que seja uma relação entre os hormônios sexuais das mulheres, as endorfinas (substâncias naturais ligadas ao prazer) e os neurotransmissores, como a serotonina.

Quais são os sintomas da TPM?

Uma mulher em TPM pode ter sintomas como:

Esses sintomas são considerados comuns para a maior parte do público feminino. A duração deles pode variar de mulher para mulher, assim como a intensidade com que eles são sentidos.

No entanto, é preciso ter atenção, porque o agravamento desses sintomas pode indicar o surgimento de outra condição, chamada de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).

Transtorno disfórico pré-menstrual: quando a TPM deixa de ser normal

O transtorno disfórico pré-menstrual, mais conhecido pela sigla TDPM, tem sintomas semelhantes à TPM e várias doenças, como depressão, ansiedade, síndrome do intestino irritável, fibromialgia, endometriose e síndrome dos ovários policísticos (SOP). Por isso, o diagnóstico não é fácil e pode demorar algum tempo.

A diferença do TDPM para a TPM está na intensidade e na duração das duas condições. Mulheres com TDPM podem começar a ter os sintomas até 10 dias antes da menstruação e continuar sentindo as complicações mesmo após o fim do sangramento, o que é incomum no caso da TPM.

Outra distinção está na ocorrência de casos. A TPM atinge cerca de 75% das mulheres em idade fértil, enquanto o TDPM está presente entre 3% e 8% da mesma parcela feminina da população, um número que mesmo assim é elevado para um distúrbio que é pouco conhecido.

Quais são os sintomas de TDPM?

Pacientes com TDPM sentem mais a parte emocional e comportamental, como:

  • Tristeza e melancolia profunda, semelhantes à depressão
  • Crises de choro que acontecem do nada e podem durar horas
  • Tendência ao isolamento
  • Pensamentos autodepreciativos
  • Pensamentos suicidas
  • Instabilidade emocional
  • Irritabilidade, mau humor excessivo e sensação de nervos à flor da pele
  • Ansiedade
  • Falta de ânimo para realizar tarefas cotidianas
  • Sonolência excessiva durante o dia ou insônia
  • Falta de interesse e propósito
  • Dificuldade em se concentrar
  • Compulsão alimentar intensa, muitas vezes com escolha por alimentos calóricos, ou falta de apetite

No entanto, também há o agravamento de sintomas físicos, que incluem:

  • Mamas inchadas e doloridas
  • Aumento do volume abdominal
  • Cansaço frequente
  • Enxaqueca
  • Náuseas e vômitos
  • Diarreia ou constipação (intestino “preso”, dificuldade em defecar)
  • Vertigem
  • Acne

Os impactos da depressão na TPM no cotidiano das mulheres

Com os sintomas que citamos acima, pacientes que sofrem com TDPM passam a ter uma grande perda da qualidade de vida. Fica mais difícil seguir a rotina e realizar tarefas que são comuns fora da janela de sintomas.

Essas mulheres também podem apresentar um aumento de conflitos em sua vida. Devido à irritabilidade, não é nada incomum que elas entrem em discussões por motivos torpes com amigos, familiares, parceiros ou parceiras, colegas de trabalho e até mesmo com desconhecidos, como em brigas de trânsito.

Além disso, os sintomas depressivos levam a pensamentos autodepreciativos e a uma sensação de não ser suficiente. A mulher pode se sentir deprimida, sofrer com distorção da sua própria imagem e sentir vontade de se isolar, evitando sair de casa e preferindo não conversar até mesmo com amigos mais próximos.

Dessa forma, toda a vida dessa paciente é afetada de maneira drástica, o que gera diversos prejuízos sociais, pessoais e profissionais.

Como é feito o diagnóstico de TDPM?

Infelizmente, o diagnóstico de TDPM não é simples. O primeiro ponto de atenção é que a condição está cercada pelo tabu e pela desinformação a respeito da TPM no geral.

Ainda hoje é comum que as mulheres sejam vítimas de comentários estereotipados, que buscam ridicularizar o comportamento alterado durante a TPM. Por isso, muitas ainda sentem vergonha de falar sobre os sintomas abertamente.

Também há uma crença que todos os sintomas pré-menstruais são normais, o que não é verdade. Se a condição está atrapalhando as atividades diárias e prejudicando a qualidade de vida, é necessário buscar ajuda.

Existe, ainda, uma certa dificuldade na percepção da própria mulher para com os sintomas. Como eles são periódicos e desaparecem junto do ciclo menstrual, pode ser complicado entender, de fato, que há uma doença em curso.

Por isso, para ter um diagnóstico com maior facilidade, é importante que as mulheres prestem atenção ao ciclo menstrual caso suspeitem de TDPM. É necessário analisar pelo menos dois ciclos, tomando nota sobre início, duração e intensidade dos sintomas.

O diagnóstico geralmente é feito por um médico ginecologista, mas também pode ser realizado por um psiquiatra.

TDPM é uma doença? Existe tratamento?

Nesse momento, temos a diferença mais clara entre a TPM e o TDPM. Enquanto a TPM é apenas um conjunto de sintomas, o TDPM é uma doença que consta no Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria de 2013, que o classifica como um subtipo de Transtorno Mental do tipo Depressivo.

Dessa forma, precisa ser diagnosticada e tratada o quanto antes, para que a mulher volte a ter qualidade de vida e consiga manter uma rotina saudável, sem interrupções.

O tratamento deve ser feito por uma equipe interdisciplinar, incluindo psiquiatras, ginecologistas e psicólogos. Os métodos dependem da gravidade de cada caso, mas podem incluir o uso contraceptivos hormonais para bloquear o ciclo menstrual e antidepressivos.

A terapia com um psicólogo também é indicada para que a mulher tenha ajuda na compreensão do transtorno e auxílio na hora de lidar com os sintomas, evitando se colocar em risco e prejudicar relacionamentos.

Maneiras naturais para aliviar os sintomas de TDPM

Além do tratamento clínico, as mulheres também podem optar por maneiras mais naturais para ter um alívio nos sintomas da doença. Algumas dicas são:

  • Manter uma alimentação saudável e balanceada, com frutas, vegetais e legumes, reduzindo o consumo de açúcares, gorduras saturadas e sal
  • Fazer exercícios regularmente, com objetivo de aliviar o estresse, reduzir a ansiedade e gerar sensação de bem-estar no organismo, além de também melhorar a autoestima e o ânimo da mulher
  • Ter um hobby que possibilite uma distração saudável antes e durante a menstruação
  • Buscar uma rede de apoio entre familiares e amigos, e evitar o isolamento

Encontre a ajuda necessária com a Vale Saúde

TDPM não é frescura, mas, sim, um transtorno sério, que precisa do tratamento e do acompanhamento certo o quanto antes.

Então, se você está em dúvida sobre a condição, procure aconselhamento de profissionais que podem te ajudar e lembre-se que a Vale Saúde está ao seu lado!

Ao assinar a Vale Saúde, você tem a mais de 60 especialidades da área da saúde, incluindo ginecologista, psiquiatra e psicólogo. Saiba mais sobre os nossos benefícios e comece de si mesma agora!

Karine Bonfim Pereira (CRN 06/149013)
Psicóloga graduada pela PUC-SP, pós-graduada em Psicanálise Clínica pela UniAmerica e em Atendimento Psicanalítico de Casal e Família pelo Instituto Sedes Sapientiae. Atua como Psicóloga Supervisora do time de Gestão em Saúde Mental na Conexa.

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Escrito por Vale Saúde

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