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Saúde Mental

Setembro Amarelo: a importância da conscientização à vida

19 de setembro de 2024

criança vestindo uma camiseta branca segurando a fita da campanha do setembro amarelo

Campanha orienta sobre a prevenção ao suicídio em todo o mundo

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O que é o Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo é uma das campanhas mensais mais conhecidas do mundo. O movimento tem como principal objetivo conscientizar a respeito da prevenção ao suicídio, quebrando o tabu que cerca o tema.

A cor amarela, que é bastante popular nas propagandas, faz referência ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que acontece, anualmente, em 10 de setembro.

No Brasil, a campanha é oficial desde 2014, quando a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro da Valorização da Vida (CVV), passaram a adotar a fita amarela como símbolo do projeto, divulgando dados para diminuir o estigma por meio de informação responsável.

Em 2024, o tema adotado é “se precisar, peça ajuda!”, com foco em motivar que a população fale sobre dificuldades, sofrimento mental e momentos de crise, buscando a ajuda necessária em redes de apoio e atendimentos especializados, por meio de terapia e consultas psiquiátricas.

Durante o mês de setembro, é comum que locais e monumentos, como estações de metrô, prédios públicos, o Cristo Redentor, entre vários outros lugares, sejam decorados com laços e luzes amarelas. No entanto, o propósito do movimento vai muito mais além, como abordaremos a seguir. Confira!

Dos Estados Unidos para o mundo: entenda a origem do Setembro Amarelo

A história de luta do Setembro Amarelo começa em 1994, quando um jovem chamado Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio nos Estados Unidos. Em seu funeral, os familiares distribuíram fitas amarelas, em referência a um carro Mustang 1968 amarelo, que foi restaurado por Mike antes de sua morte.

Além disso, os parentes do jovem entregaram cartões com a mensagem “se precisar, peça ajuda”. Com o tempo, a ação ganhou grande proporção, expandindo-se pelo resto dos Estados Unidos e pelo mundo.

A população mais nova passou a utilizar cartões amarelos para pedir ajuda a pessoas próximas que estavam enfrentando problemas psicológicos. As fitas amarelas, entregues no funeral de Mike Emme, se tornaram o símbolo oficial da campanha.

Em 2003, a OMS (Organização Mundial da Saúde), declarou oficialmente a data 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O amarelo do Mustang de Mike representa todo o movimento.

Taxas de suicídio no Brasil e no mundo

Infelizmente, o suicídio é algo que afeta todos os países em grande escala. Conforme os últimos registros divulgados pela OMS em 2019, 700 mil pessoas tiram a própria anualmente em todo o mundo. Os dados não levam em conta os episódios subnotificados, que elevariam os números para uma estimativa de 1 milhão.

No Brasil, as taxas se aproximam de 14 mil casos por ano. Dessa forma, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. Esses dados vão na contramão da tendência global de diminuição nos índices de suicídio e, de acordo com a OMS, os números aumentam cada vez mais nas Américas.

Em nosso país, há uma prevalência de notificações de lesão auto provocativa e de tentativas de suicídio entre indivíduos de 20 e 49 anos. Além disso, trata-se da principal causa de morte em jovens brasileiros de 15 a 29 anos.

Ainda segundo a OMS, 100% dos suicídios são causados por doenças mentais não diagnosticadas ou tratadas incorretamente e 90% dos quadros poderiam ser evitados. Por isso, o Setembro Amarelo age com o intuito de prevenir essas ocorrências, promovendo informações de qualidade a respeito de quadros de  , ansiedade, bipolaridade e outras condições psicológicas, e alertando sobre a importância do acesso à tratamentos psicológicos corretos e seguros.

4 equívocos sobre o suicídio: mitos para ficar atento

Falar sobre suicídio ainda é um grande tabu. No geral, a saúde mental ainda é muito negligenciada e vários mitos cercam o assunto. Por isso, separamos alguns equívocos a respeito do tema a que  você precisa ficar atento:

  1. Não se deve perguntar se a pessoa tem desejo de morrer: se alguém apresenta sintomas de depressão ou já citou suicídio em algum momento, é essencial conversar para entender a situação. Não tocar no assunto apenas piora o quadro.
  2. Apenas pessoas que demonstram tristeza tiram a vida: isso não é verdade. A se manifesta entre diversos sintomas, sendo que os mais conhecidos são tristeza e falta de vontade de se levantar da cama para fazer atividades básicas. No entanto, agressividade e impulsividade também são manifestações depressivas que precisam de atenção.
  3. Quem fala que vai se matar não se mata: muito pelo contrário. Há um mito de que indivíduos que falam sobre suicídio querem apenas atenção, mas isso não é verdade. Se uma pessoa fala sobre tirar a própria vida, ela provavelmente está pedindo ajuda.
  4. Se tentou suicídio uma vez, vai tentar sempre: o tratamento psiquiátrico com medicamentos e psicológico por meio de psicoterapia é fundamental para que a pessoa não seja reincidente na tentativa.

Se precisar, peça ajuda: sinais de alerta que precisam de cuidados

É importante prestar atenção no próprio declínio mental e em sinais apresentados em pessoas próximas. Entenda o que pode ser um sinal de alerta:

  • Falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas
  • Irresponsabilidade (comportamentos perigosos e inconsequentes, como uso de drogas e álcool, sexo sem proteção, entre outros)
  • Mudanças de humor frequentes
  • Pensamentos obsessivos, falta de perspectiva e propósito na vida
  • Melhora súbita (a depressão não some de uma hora para outra. Se a pessoa apresenta felicidade súbita, muitas vezes é um sinal de que ela já decidiu interromper a vida)
  • Desapego (doar pertences e visitar familiares e amigos que não vê há algum tempo)
  • Queda de produtividade nos estudos e trabalho
  • Afastar-se de amigos e entes queridos

O diálogo é fundamental nesses casos. Se precisar de ajuda, a indicação é ligar para o CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo número 188. O ramal funciona 24 horas e não há custos para a chamada.

Como a Vale Saúde pode ajudar?

A Vale Saúde também oferece meios de cuidados para a sua saúde mental. Com a nossa assinatura, você tem acesso a consultas presenciais ou por meio de telemedicina, com psiquiatras e psicólogos, que estão preparados para te atender caso você precise de ajuda.

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Escrito por Vale Saúde

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