Vale Saúde - Logomarca

Saúde V


Saúde e Bem-estar

Ocitocina: O hormônio do amor que te deixa mais sociável e mais apaixonado

05 de junho de 2025

casal com imagem destacando suas mãos entrelaçadas.

A ocitocina, também conhecida como hormônio do amor, desempenha um papel fundamental na regulação de nossas emoções.

Assine já

Em meio ao complexo funcionamento do corpo humano, diversos hormônios desempenham papéis fundamentais na regulação de nossas emoções, comportamentos e funções fisiológicas. Um exemplo é a ocitocina, também chamada de “hormônio do amor”.

A ocitocina é um neuropeptídeo, ou seja, uma substância produzida no cérebro que atua tanto como hormônio quanto como neurotransmissor. Ela é sintetizada no hipotálamo, uma região do cérebro responsável por diversas funções vitais, e está envolvida em muitas funções biológicas e comportamentais.

No entanto, a ocitocina ganhou popularidade sobretudo por seu papel nas interações sociais, na maternidade, na formação de laços emocionais e na confiança interpessoal.

Embora tenha sido inicialmente estudada pelo seu papel no trabalho de parto e na amamentação, a ocitocina começou a despertar interesse também em áreas como psicologia, psiquiatria e neurociência por sua capacidade de modular emoções e comportamentos sociais complexos.

Nesse sentido, surgiu o apelido “hormônio do amor”, embora sua atuação vá muito além do campo romântico. E é isso que iremos te explicar neste conteúdo!

Como a ocitocina atua no corpo?

No corpo humano, a ocitocina atua em múltiplos sistemas. Durante o parto, por exemplo, ela é responsável por estimular as contrações uterinas, ajudando no nascimento do  .

Após o nascimento, continua ativa, auxiliando na amamentação, em um processo conhecido como reflexo de descida do leite materno.

No cérebro, a ocitocina age em áreas relacionadas às emoções, ao comportamento social, à empatia e ao prazer. Sua liberação ocorre em situações de contato físico, carinho e relações sexuais.

Ou seja, em momentos em que a conexão emocional e o vínculo interpessoal são intensos. Ela também tem efeito sobre o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, reduzindo a liberação de cortisol, o hormônio do estresse, e promovendo sensação de bem-estar.

Além disso, dados indicam que a ocitocina tem influência sobre o sistema nervoso autônomo, podendo

Um estudo publicado no periódico científico Biological Psychology examinou mães na fase pós-parto e percebeu que aquelas com níveis mais altos de ocitocina apresentaram menor  em resposta a eventos estressantes.

Por que a ocitocina é chamada de “hormônio do amor”?

O apelido “hormônio do amor” não é à toa. A ocitocina está intimamente envolvida nos processos de criação de vínculos emocionais. Quando uma pessoa se sente amada, segura ou conectada com outra, há uma alta probabilidade de que seus níveis de ocitocina estejam elevados.

Em relacionamentos amorosos, por exemplo, a ocitocina é liberada durante momentos de intimidade, como beijos, abraços, toques e relações sexuais.

Isso fortalece o  , promovendo sentimentos de confiança, proximidade e fidelidade. Inclusive, pesquisas publicadas no Journal of Neuroendocrinology e realizadas com mamíferos monogâmicos, como o rato-da-pradaria, mostraram que altos níveis de ocitocina estão associados à formação de pares duradouros.

Em humanos, estudos têm mostrado que a ocitocina está associada à formação e manutenção de vínculos afetivos. Por exemplo, a administração de ocitocina em homens heterossexuais comprometidos aumentou a ativação de áreas do cérebro relacionadas ao sistema de recompensa quando visualizavam fotos de suas parceiras, comparado a fotos de mulheres desconhecidas. Isso sugere que o hormônio consegue reforçar a percepção positiva do parceiro e fortalecer o vínculo romântico.

O papel da ocitocina nas relações amorosas e familiares

A ocitocina atua como um verdadeiro “cimento” nas relações interpessoais.

Em relacionamentos amorosos, ela reforça a intimidade, aumenta o sentimento de confiança e estimula comportamentos de cuidado e proteção mútua. Quando liberada em momentos de carinho ou proximidade, cria um ambiente emocional propício para a manutenção da relação.

No ambiente familiar, a ocitocina está presente desde os primeiros momentos da vida. O vínculo entre mãe e filho, a proteção dos pais e o afeto entre irmãos são, em parte, sustentados por essa substância.

Inclusive, o contato físico com os filhos, como abraços, beijos e brincadeiras, estimula tanto nos pais quanto nas crianças a produção de ocitocina, promovendo uma relação saudável e emocionalmente estável.

Entenda a relação da ocitocina com a sexualidade

A sexualidade humana não envolve apenas aspectos físicos, mas também emocionais e psicológicos. A ocitocina, nesse contexto, também é uma peça-chave.

Durante as preliminares, especialmente em resposta ao contato com a pele, a ocitocina passa a circular no organismo, causando reações químicas (incluindo a liberação de endorfina e testosterona) que ajudam a criar um clima de excitação sexual.

Durante o orgasmo, tanto em homens quanto em mulheres, também há uma liberação significativa desse hormônio, o que contribui para a sensação de prazer, satisfação e conexão com o parceiro.

Além disso, para atingir o orgasmo, é estipulado que os homens precisem de pelo menos 5 vezes mais ocitocina que o normal no sistema metabólico. Já as mulheres necessitam de muito mais do que isso.

Quando altos níveis do hormônio do amor estão presentes, os nervos genitais disparam de maneira espontânea, causando o orgasmo.

Mais do que apenas promover o prazer, a ocitocina ajuda a criar vínculos emocionais duradouros. Por isso, muitas pessoas relatam sentimentos de carinho e apego após a relação sexual.

Além disso, níveis adequados de ocitocina conseguem contribuir para uma vida sexual mais satisfatória ao melhorar a confiança mútua, reduzir a ansiedade e favorecer a comunicação emocional entre os parceiros.

Como estimular naturalmente a produção do hormônio do amor?

Felizmente, não é necessário recorrer a medicamentos ou intervenções para aumentar os níveis de ocitocina no corpo. Algumas práticas simples e naturais podem estimular a produção do hormônio do amor:

  • Contato físico: abraçar, acariciar, segurar as mãos ou receber uma massagem são formas poderosas de liberar ocitocina
  • Afeto e empatia: demonstrar carinho, ouvir com atenção e expressar emoções positivas contribuem para o aumento do hormônio
  • Atividades em grupo: estar em contato com pessoas queridas, participar de atividades sociais e compartilhar experiências promove a conexão social
  • Relações sexuais: como mencionado, o sexo é um potente estímulo para a produção de ocitocina
  • Meditação e ioga: práticas de relaxamento que promovem o bem-estar emocional também têm efeito positivo na regulação hormonal
  • Conviver com animais de estimação: um estudo publicado na revista Science revelou que os níveis de ocitocina no corpo humano aumentam quando um animal de estimação mantém contato visual prolongado com o dono

Ocitocina na medicina: aplicações terapêuticas e estudos recentes

A medicina tem se dedicado a explorar o uso da ocitocina em tratamentos médicos, psiquiátricos e psicológicos. Alguns exemplos incluem transtornos do espectro autista, depressão pós-parto, transtornos de ansiedade e dificuldades de se relacionar.

Em pessoas com autismo, por exemplo, a administração de ocitocina tem mostrado resultados promissores na melhora da empatia e da capacidade de interpretar emoções alheias. No entanto, os efeitos são variáveis e ainda estão sendo estudados com cautela.

Também se investiga o uso da ocitocina no tratamento da depressão, especialmente em casos em que há dificuldade de vínculo afetivo ou isolamento social. Embora os resultados sejam preliminares, há indícios de que o hormônio consiga ajudar a restaurar comportamentos pró-sociais e a sensação de conexão emocional.

É possível, nesses casos, realizar a administração artificial de ocitocina. No entanto, isso só deve ser feito com acompanhamento médico, pois o equilíbrio hormonal do corpo é delicado e capaz de sofrer alterações adversas.

Saúde mental, ocitocina e o Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados é aquele momento especial do ano em que a gente celebra o amor, seja com flores, jantares românticos, declarações ou com muito carinho. Mas por trás de todo esse clima apaixonado, agora você também sabe sobre a importância da ocitocina para manter a atmosfera amorosa, né?

No entanto, vale lembrar: a ocitocina não faz milagres sozinha. Ela funciona melhor quando o relacionamento já tem carinho, respeito, companheirismo e presença verdadeira.

Dessa forma, cabe uma reflexão também sobre a saúde mental em relacionamentos. Estar bem emocionalmente é fundamental para construir uma relação saudável.

Afinal, quando uma ou ambas as partes carregam ansiedade, inseguranças profundas, traumas não resolvidos ou dificuldades para lidar com emoções, isso acaba refletindo diretamente na forma como o casal se relaciona.

Brigas constantes, ciúmes exagerados, distanciamento emocional ou a dificuldade de se comunicar de forma clara e respeitosa muitas vezes não são o problema em si, mas o sintoma de algo mais profundo.

Por isso, é recomendado sempre manter a saúde mental em dia, principalmente por meio de psicoterapias com um psicólogo. Isso ajuda a equilibrar os níveis de ocitocina e garantir um relacionamento mais saudável!

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

National Library of Medicine – Oxytocin enhances brain reward system responses in men viewing the face of their female partner

Cleveland Clinic – Oxytocin

Healthline – Why Is Oxytocin Known as the ‘Love Hormone’? And 11 Other FAQs

Harvard Medical School – Oxytocin: The love hormone

Jornal da USP – Por que somos tão apegados aos animais de estimação?

Hormônio do amorOcitocinaConexão emocionalAfeto

vale saúde sempre assinatura post

Escrito por Vale Saúde

A Vale Saúde é uma marca Vivo e oferece serviço de assinaturas com descontos e preços acessíveis para você cuidar melhor da sua saúde.

Tire suas dúvidas sobre a Vale Saúde na nossa central de ajuda
Vale Saúde - Logomarca
Vivo - Logomarca

A Vale Saúde não é um plano de saúde.

*Valores de referência em SP Capital, podem variar dependendo do prestador e região do país, mas o valor preciso será informado na solicitação de orçamento e agendamento. Os serviços de saúde são de inteira responsabilidade dos prestadores, sendo a Vale Saúde apenas meio de pagamento e plataforma que conecta o usuário com a rede credenciada.

Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio.

Copyright © 2025 Vale Saúde. Todos os direitos reservados.