Sarcoidose
Condição em que ocorre o crescimento de pequenos nódulos inflamatórios em diversas partes do corpo
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A sarcoidose primeiramente aparece como um problema de pele. Ela ainda causa problemas respiratórios e afeta olhos, nariz, coração, músculos, fígado, baço, intestino, nervos, articulações e cérebro. Esses nódulos podem se unir, formando nódulos maiores que interferem nas funções normais de alguns órgãos.
Os nódulos nos pulmões geram estreitamento das vias aéreas e inflamação e cicatrização (fibrose) do tecido pulmonar. Embora não haja cura para a sarcoidose, a maior parte das pessoas passa muito bem sem tratamento ou com um tratamento simples.
Em alguns casos, a doença desaparece sozinha. No entanto, ela também pode durar anos e causar danos aos órgãos.
O que causa a sarcoidose?
A causa exata da sarcoidose não é conhecida. Em algumas pessoas, parece haver uma predisposição genética para seu desenvolvimento, que pode ser provocado por vírus, bactérias, protozoários e fungos, bem como produtos químicos, poeira e uma possível reação anormal às próprias proteínas do corpo. Isso resulta em uma reação acentuada do sistema imunológico.
As células imunológicas passam a se acumular em um padrão de inflamação chamado granuloma e à medida que os granulomas se acumulam em um órgão, a função dele pode ser afetada.
A sarcoidose ocorre no mundo todo, afetando ambos os sexos e todas as raças e idades. É mais comum em pessoas entre 20 e 40 anos, mas pode ser diagnosticado pela primeira vez em qualquer idade.
Pessoas negras têm de duas a três vezes mais chances de ter sarcoidose e podem ter uma doença mais grave do que pessoas brancas. A sarcoidose é um pouco mais comum em mulheres em comparação com homens e raramente ocorre em crianças.
Quais os sintomas de sarcoidose?
A sarcoidose frequentemente apresenta sintomas leves e se resolve por conta própria.
Os seguintes órgãos e sistemas podem ser afetados pela doença apresentando sintomas específicos:
Coração – Nódulos sarcoides interferem no sistema de condução elétrica cardíaco. Isso resulta em ritmos cardíacos anormais, palpitações, tonturas, desmaios e até morte.
Olhos – A erupção sarcoide nos olhos pode causar inflamação de diferentes estruturas oculares, incluindo a íris, a retina ou a córnea. Os sintomas incluem dor ou vermelhidão nos olhos, olhos secos, visão turva, manchas na visão e inchaço ao redor dos olhos. Glaucoma, catarata e cegueira são complicações tardias da sarcoidose não tratada.
Pele – Podem ocorrer lesões no rosto, pescoço, braços, pernas ou tronco. Incluem erupções sutis e indolores, inchaços vermelhos, marrom-avermelhados, roxos ou não pigmentados que podem ser dolorosos.
Pulmões – O aumento dos linfonodos, especialmente os do tórax, ocorre com frequência. Sarcoidose pulmonar sem tratamento pode resultar em fibrose pulmonar (cicatriz no pulmão). Isso dificulta a respiração e pode causar hipertensão pulmonar. Os sintomas mais comuns do diagnóstico pulmonar de sarcoidose são tosse, falta de ar e dor no peito. A dor no peito geralmente é como um aperto, mas ocasionalmente pode ser intensa e semelhante à dor de um ataque cardíaco. Os afetados também podem sentir fadiga, fraqueza, febre e perder peso.
Rim – Podem ocorrer anormalidades na maneira como o corpo lida com o cálcio e, se não for tratado, raramente pode levar à insuficiência renal. Pequenos nódulos também podem se desenvolver no rim, levando a uma função renal anormal.
Sistema musculoesquelético – 10 a 15% das pessoas têm artrite sarcoide (com dor e inchaço nas articulações), alterações na estrutura óssea ou desconforto e dor muscular.
Sistema nervoso – O envolvimento neurológico afeta aproximadamente 5% dos pacientes com sarcoidose e pode ser o primeiro sinal da doença. Os sintomas incluem dor de cabeça, confusão, convulsões e fadiga. Pacientes com sarcoide da hipófise podem ter ciclos menstruais anormais, sede excessiva ou vontade de urinar frequente.
Sistema reprodutivo – A sarcoidose pode afetar o sistema reprodutivo masculino, particularmente os testículos e causar infertilidade. A doença raramente afeta o sistema reprodutor feminino.
Outros órgãos – O fígado ou o baço também podem ser afetados. O envolvimento do baço pode levar a anemia e outras anormalidades sanguíneas. O sarcoide do nariz e dos seios nasais pode causar obstrução nasal, formação de crostas nasais e perda do olfato.
Como é o diagnóstico de sarcoidose?
Não existe um teste único que confirme o diagnóstico de sarcoidose, então o diagnóstico é baseado em múltiplos fatores, incluindo sintomas, exame físico, anormalidades na radiografia de tórax (ou tomografia computadorizada) e exame microscópico de um ou mais espécimes de tecidos ou órgãos envolvidos.
Além disso, o processo de diagnóstico geralmente envolve testes que ajudam a descartar outras condições, incluindo tuberculose e infecção fúngica, que compartilham algumas características com a sarcoidose. Uma biópsia envolve a remoção de uma pequena amostra de um órgão afetado. Este teste é geralmente recomendado para identificar um granuloma.
As amostras podem ser obtidas do tecido pulmonar com um procedimento chamado broncoscopia. Uma biópsia também pode ser feita em um linfonodo afetado, nódulo de pele, glândula salivar ou glândula lacrimal perto do olho. Uma vez confirmado o diagnóstico de sarcoidose, outros exames podem ser necessários para determinar a extensão e a gravidade da doença.
Quais são os tratamentos para sarcoidose?
Felizmente, muitos pacientes com sarcoidose não requerem tratamento, uma vez que os nódulos (granulomas) geralmente desaparecem sem tratamento e deixam para trás poucos sinais de inflamação ou outras complicações. Se os sintomas forem graves ou a função do órgão estiver ameaçada, a pessoa provavelmente será tratada com medicamentos.
Como a causa da sarcoidose não é conhecida, não há um tratamento específico. Alguns medicamentos são eficazes na supressão dos sintomas. São eles:
Corticosteroides – Esses antiinflamatórios geralmente são o tratamento utilizado em primeiro caso para a sarcoidose.
Remédios que suprimem o sistema imunológico – Medicamentos como metotrexato e azatioprina reduzem a inflamação suprimindo o sistema imunológico.
Outros tratamentos – Dependendo dos sintomas ou complicações, outros procedimentos podem ser recomendados. Por exemplo, o paciente pode fazer reabilitação do pulmão para reduzir os sintomas respiratórios, fisioterapia para diminuir a fadiga ou usar um marcapasso para arritmias.
Monitoramento contínuo – A frequência com que o paciente tem atendimento médico pode variar de acordo com os sintomas e tratamento. Consultar regularmente é importante. Os cuidados de acompanhamento podem ser vitalícios.
Artigo revisado pelo Dr. Fábio Poianas Giannini (CRM 100.689)
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