Câncer de Estômago
Câncer de estômago ou câncer gástrico está entre os mais frequentes e é fortemente relacionado a hábitos alimentares
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60%O que é câncer de estômago e como ele se desenvolve?
Câncer de estômago, adenocarcinoma gástrico ou câncer gástrico é o quarto tipo mais frequente entre homens e o sexto entre as mulheres no Brasil. Só em 2022, foram cerca de 21 mil novos casos. Em 2021, o número de mortes pela doença chegou a 14.260.
O estômago é um dos órgãos mais importantes do aparelho digestivo. Ele está localizado abaixo do diafragma, entre o esôfago e o duodeno, no lado superior esquerdo do abdômen.
O câncer nessa parte do corpo está frequentemente associado a fatores de alimentação e nutrição. O excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade) é um dos motivos mais importantes para o surgimento da doença. Ele pode causar inflamações promotoras de câncer, além de interferir na produção de hormônios que podem desregular a reprodução celular e, consequentemente, promover o crescimento de células cancerígenas.
Outro fator relacionado ao excesso de gordura é o refluxo, que pode gerar condições facilitadoras para o desenvolvimento do tumor no estômago.
Saiba mais sobre Câncer de Estômago com o oncologista Dr. Pedro Hashizume
Quais são os sintomas do câncer de estômago?
Geralmente, o câncer de estômago não apresenta sintomas específicos, o que contribui para um diagnóstico atrasado e, geralmente, quando a doença já está em estágio avançado. Alguns sinais, entretanto, podem indicar tanto uma doença benigna (úlcera, gastrite, entre outras) quanto uma maligna, como um tumor de estômago. São eles:
- Perda de peso e apetite
- Fadiga
- Sensação de estômago cheio
- Vômitos
- Náuseas
- Desconforto abdominal contínuo
- Refluxo
- Inchaço no estômago
Porém, na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer. De qualquer modo, é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
Além disso, sentir dor no momento em que o estômago é palpado também é um dos sinais que podem indicar o câncer gástrico. O aparecimento dos sintomas está relacionado com a evolução da doença. Outros sintomas menos comuns são vômitos com sangue, sangue nas fezes ou fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte.
Os sinais que indicam estágio avançado da doença são massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo.
Fatores de risco: o que causa câncer no estômago?
Alguns fatores e hábitos podem contribuir para o surgimento do câncer. São eles:
- Sobrepeso e obesidade
- Consumo de álcool e tabagismo
- Consumo excessivo de sal
- Pré-disposição genética (possuir parentes de primeiro grau com câncer de estômago)
Para prevenir o câncer de estômago, alguns hábitos devem ser adotados:
- Manter o peso corporal adequado
- Evitar consumo de álcool e tabaco
- Diminuir o consumo de sal, alimentos salgados e conservados no sal
Como é o diagnóstico de câncer de estômago?
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para identificar o câncer de estômago em pacientes com sintomas e sinais sugestivos da doença ou nos que tenham maiores chances de ter o tumor para, assim, aumentar as chances de cura. É feita por meio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos.
O diagnóstico do câncer de estômago é frequentemente feito através do exame de endoscopia, em que um tubo é introduzido na boca do paciente sedado a fim de permitir a visualização de órgãos internos e a coleta de material para análise e diagnóstico. Em algumas situações, outros exames são necessários para identificar características do tumor.
Como é o tratamento para câncer de estômago?
Quando descoberto cedo, o câncer de estômago tem altas chances de cura.
Os tratamentos para câncer de estômago variam conforme tipo e estágio da doença.
Os tumores em fases iniciais podem ser tratados com ressecção endoscópica, uma técnica que permite a remoção de lesões gastrointestinais presentes nas camadas superficiais da parede do tubo digestivo.
Já os cânceres em estágios mais avançados podem contar também com a quimioterapia e eventualmente a radioterapia no tratamento. Além disso, alguns tipos podem necessitar de realização de cirurgia para retirar o estômago ou parte dele.
As chances de cura de câncer no estômago variam conforme o tipo da doença. Quando o tumor é localizado, ou seja, restrito ao estômago e gânglios linfáticos ao redor, a taxa de sobrevida (taxa de tratamento bem-sucedido) é de 70%.
O risco de retorno do tumor no estômago acontece principalmente nos primeiros dois anos após a cura. É importante que nesse período o paciente tenha consultas a cada 3 meses com seu médico ou oncologista para acompanhamento e realização de anamnese (conversa ou questionário para coleta de dados sobre o paciente) e exame físico.
Após esse período, são recomendadas consultas a cada 6 meses até o quinto ano.
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