Saúde e Bem-estar
18/02 - Dia internacional da Síndrome de Asperger
02 de março de 2023
Data simboliza campanha de conscientização social a respeito da síndrome que atinge 2% da população
Essa data foi escolhida para ser realizada a campanha mundial de informações sobre a síndrome de Asperger, por ser o dia do nascimento de Hans Asperger (1906-1980), o médico pediatra austríaco que deu nome à síndrome.
Além disso, o dia internacional procura conscientizar a sociedade a respeito da síndrome de Asperger, que atinge 2% da população.
O objetivo também é lembrar a importância do diagnostico mesmo que tardio, que pode ser feito por médicos especializados, como psicólogos, neurologistas, psiquiatras e fonoaudiólogos.
O que é síndrome de Asperger?
A síndrome de Asperger é uma classificação antiga para um tipo de autismo muito leve, chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) .
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), TEA é um transtorno neurobiológico que faz parte da categoria de neurodesenvolvimento que tem as mesmas características do autismo, como o isolamento social, hiperfoco ou sensibilidades a estímulos sensoriais visuais, auditivos ou táteis.
Mas podem também apresentar outras condições, como ansiedade, hiperatividade (TDAH), depressão e epilepsia.
Como perceber os sinais e sintomas?
Fique atento aos primeiros sinais mais comuns, como o isolamento social e mudança de comportamento, principalmente em crianças.
Os principais sintomas, incluem:
- Comportamentos repetitivos
- Rituais e rotinas diárias (geralmente quando saem dessa rotina, ficam impacientes)
- Inteligência acima da média
- Interesses restritos ou específicos
- Particularidades na linguagem e na fala
- Problemas de interação social e comunicação
- Transtornos motores
- Dificuldade em relacionamentos, de expressar emoções e pensamentos
- Podem apresentar QI mais elevado
- Às vezes essas pessoas podem ser consideradas grosseiras ou frias nos seus comportamentos
- Dificuldade de compreender mensagens corporais
- Sensibilidade sensorial (não gostam de sons muito altos, ambientes cheios ou muito iluminados).
Esses comportamentos tendem a se manifestar no início da infância, mas raramente são identificados pelos pais, especialmente se forem leves. Aos primeiros sinais, leve a criança a um especialista para que seja feito o diagnóstico.
Embora não haja cura para a síndrome, os tratamentos são projetados para melhorar os sintomas e ajudar as pessoas afetadas a desenvolver habilidades de interagir com outras pessoas.
Como a síndrome de Asperger é diagnosticada?
As características da síndrome de Asperger é variável de pessoa para pessoa, então, para que um indivíduo seja diagnosticado, o primeiro passo é procurar um psicólogo para obter um diagnóstico assertivo e receber orientações sobre o tratamento mais adequado.
O autismo é uma condição e todas as pessoas que compartilham das características serão afetadas de formas diferentes. Sabe por quê?
Porque essas diferenças é que resultam no diagnóstico, pois existem variedades de termos que incluem: síndrome de Asperger, transtorno do espectro do autismo (TEA), condição do espectro autista, autismo clássico, autismo atípico, transtorno invasivo do desenvolvimento, autismo de Kanner e autismo do alto funcionamento.
Diante de algumas mudanças recentes, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), “transtorno do espectro do autismo (TEA)” se tornará o termo mais comum para o diagnóstico da síndrome de Asperger.
Síndrome de Asperger na infância
Como é considerada como um tipo de autismo mais brando, os sintomas são os mesmos do autismo clássico, o que gera dificuldades na comunicação e socialização. Mas as crianças com essa condição têm capacidade cognitiva preservada e demonstram inteligência acima da média.
Como a síndrome não tem cura, os tratamentos exigem mais atenção para melhorar os sintomas, interação social e as dificuldades de aprendizado.
Então, nesse momento, o apoio familiar é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, como:
- Ser claro nas informações repassadas para a criança
- Estabelecer horários para atividades e tarefas
- Usar palavras simples
- Evitar expressões no sentido figurado
- Explicar bem as coisas, até que a criança entenda
- Não falar alto
- Não fazer promessas que não serão cumpridas
- Parabenizar a criança quando as tarefas forem concluídas
- Seguir uma rotina
Isso será de suma importância durante esse processo para que a criança se sinta acolhida e confortável para ser ela mesma, entendendo as diferenças.
Síndrome de Asperger na vida adulta
A gente escuta muito falar sobre o diagnóstico da síndrome de Asperger em crianças, mas pouco se fala dos desafios do diagnóstico tardio, na vida adulta.
As discussões sobre o transtorno de Asperger na vida adulta ainda é um pouco restrita, mas isso não significa que essas pessoas deixem de fazer parte do espectro, já que temos que compreender seu funcionamento em cada fase da vida, para garantir a inclusão de todos.
O que geralmente atrasa o diagnóstico é que os sintomas se manifestam de forma leve e as pessoas são classificadas como tímidas.
É comum que isso afete a habilidades de comunicação e relacionamentos, e isso que geralmente leva ao adulto a querer procurar um suporte para saúde mental.
Além disso, o transtorno do espectro do autismo (TEA), na fase adulta, vem acompanhado de outras questões, como a dificuldade de socialização, ansiedade ou depressão, o que pode dificultar o diagnóstico.
O que acontece também é quando os filhos são diagnosticados com a síndrome de Asperger, os pais começam a entender melhor sobre o assunto e descobrem que convivem a anos com o espectro, sem perceber. E a partir daí, procurarem ajuda de especialistas, como psicólogo.
Síndrome de Asperger não é uma doença, mas tem tratamento
A síndrome de Asperger não é uma doença (nem qualquer outro nível de autismo), é uma condição e por isso não tem cura. Então, as abordagens são feitas para orientar e guiar o paciente a um processo para conhecer a condição e entender como ele pode lidar com isso na sua vida.
As recomendações para um tratamento completo e eficaz é procurar uma equipe de especialistas, como psicólogo, fonoaudiólogo, psiquiatra, nutricionista e até fisioterapeuta.
A terapia é uma parte muito importante do processo de autoconhecimento, de ter autonomia e aprender a conviver com outras pessoas e com a síndrome.
E lembrem-se que o paciente que recebe o diagnóstico vive uma vida normal e as vezes só vai precisar de adaptações no seu dia a dia para ter qualidade de vida.
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Escrito por Vale Saúde
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