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Histerossalpingografia

Exame tem como objetivo investigar as causas da infertilidade nas mulheres

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O que é histerossalpingografia?

A histerossalpingografia, também conhecida pela sigla HSG, é utilizada para investigar as causas da infertilidade feminina ao analisar possíveis problemas na cavidade e nas tubas uterinas.

Não é um exame de rotina, ou seja, não faz parte do check-up ginecológico que deve ser feito anualmente por todas as mulheres. Entretanto, a histerossalpingografia, realizada desde a década de 1960 no Brasil, é um instrumento essencial para pacientes que apresentam dificuldade para engravidar.

Essa técnica auxilia na detecção de trompas obstruídas ou excesso de aderência nas tubas, o que atrapalha a fecundação do óvulo. É importante dizer que a histerossalpingografia não ajuda a engravidar. Se os resultados estiverem anormais, o especialista irá analisar o melhor plano para tratar a infertilidade e possibilitar uma gestação no futuro.

O teste possui caráter ambulatorial e é não é considerado invasivo, pois não requer sedação, nem internação. No geral, o procedimento dura 30 minutos e pode causar desconfortos semelhantes a cólicas menstruais.

Para que serve a histerossalpingografia?

A histerossalpingografia tem como principal objetivo a visualização total da cavidade uterina e peritoneal. Dessa forma, visa reproduzir o caminho feito pelo espermatozoide até da Trompa de Falópio (local onde ocorre a fertilização do óvulo), a fim de identificar possíveis anormalidades que justifiquem a dificuldade da paciente para engravidar.

Esse procedimento é essencial na investigação da infertilidade conjugal (ausência de gestação após o casal manter relações sexuais sem métodos contraceptivos por pelo menos 12 meses). No entanto, ele também é importante para o diagnóstico de outros quadros, como malformações uterinas e tumores cavitários, que podem causar outros sintomas além da infertilidade.

O método é realizado por um médico radiologista, mas deve ser solicitado por um ginecologista ou obstetra, conforme as queixas da mulher e o resultado de outros exames ginecológicos.

O que o exame identifica?

A histerossalpingografia identifica as principais causas da infertilidade feminina. Entre elas, é possível citar:

  • Obstruções e/ou alterações morfológicas na cavidade e nas tubas uterinas, que podem ser causadas por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
  • Tumores intrauterinos, como pólipos e miomas
  • Aderências na cavidade uterina causadas por cicatrizações (sinéquias uterinas)
  • Endometriose que compromete a área das tubas e o seu entorno
  • Malformações uterinas
  • Insuficiência istmocervical (uma abertura indolor no colo do útero, que ocasiona o parto do feto após o segundo trimestre de gestação)
  • Adenomiose (presença de células endometriais dentro do miométrio)

Quando e quem deve fazer a histerossalpingografia?

O exame é recomendado principalmente para casos de infertilidade conjugal, ou seja, quando o casal tenta engravidar (mantém relações sexuais sem contraceptivos) há pelo menos 12 meses sem êxito. Porém, a histerossalpingografia também deve ser feita quando houver:

  • Distúrbios na ovulação
  • Alterações nas trompas
  • Endometriose na região da pelve
  • Aderências e malformações no útero
  • Tumores na cavidade uterina
  • Abortos de repetição

O procedimento ainda pode ser solicitado por cirurgiões ginecológicos como exame pré-operatório para retiradas de miomas, por exemplo. Além disso, outra indicação para o método é avaliar as tubas uterinas após a cirurgia de laqueadura ou para uma possível reversão da ligadura das trompas.

Como é feito e qual é o tempo de duração do exame?

A histerossalpingografia é feita em um ambulatório por um médico radiologista, que insere um catéter fino e flexível pelo orifício externo do colo do útero. Por meio deste catéter, o especialista injeta contraste lentamente, preenchendo a cavidade uterina e permitindo a visualização do interior das tubas e da cavidade pélvica.

O procedimento é realizado em uma máquina de raio-X e, enquanto o contraste é injetado, algumas radiografias são tiradas para identificar possíveis alterações na anatomia do útero e das tubas, que são capazes de ocasionar infertilidade. O HSG é considerado um exame de raio-X por fluoroscopia, pois possibilita a visibilidade dos órgãos em movimento, ao invés de uma imagem estática.

Depois que o catéter é retirado, o radiologista faz mais uma radiografia única para analisar como o contraste foi distribuído e se as trompas foram totalmente esvaziadas.

Todo o processo dura, em média, 30 minutos, não é invasivo, não requer sedativo, nem internação. Se a mulher tiver vaginismo ou sentir muita dor durante a inserção do catéter, o profissional pode administrar um anestésico.

Como se preparar e quais os cuidados após a histerossalpingografia?

Para realizar o HSG, muitas vezes é indicado:

  • Fazer um preparo intestinal com o uso de laxantes na véspera do exame
  • Não ter relações sexuais durante os quatro dias que antecedem a avaliação
  • Manter um jejum de pelo menos 8 horas

Alguns minutos antes do procedimento**, é recomendado tomar medicamentos anti-inflamatórios ou antiespasmódicos para minimizar possíveis dores e desconfortos**.

A histerossalpingografia só deve ser feita entre o 5º e o 12º dia do ciclo menstrual. Essas datas são importantes porque não é possível realizar o teste se houver fluxo menstrual. Caso a paciente não menstrue, é possível realizá-lo em qualquer dia, desde que não haja suspeita de gravidez ou gestação confirmada.

Após o término do procedimento, a mulher consegue voltar às suas atividades normalmente. Em alguns casos, há cólicas durante e depois do HSG, mas elas tendem a ter curta duração, mesmo se forem incômodas. Também é possível que ocorram sangramentos de escapes por alguns dias, o que é considerado comum.

Não é recomendado manter relações sexuais por pelo menos 24 horas depois da realização do exame.

Existem riscos em fazer histerossalpingografia? Quais são as contraindicações?

Os riscos em realizar a histerossalpingografia são mínimos. Raramente ocorrem complicações como infecções ginecológicas e na pelve e reações alérgicas devido ao uso de contraste. Se a paciente apresentar febre ou dor intensa, ela deve procurar um médico o quanto antes para ser devidamente medicada. As doses diagnósticas de raio-X utilizadas no HSG são consideradas seguras.

As contraindicações do procedimento incluem:

  • Mulheres com suspeita de gravidez ou com gestação confirmada
  • Pacientes que já tiveram reação alérgica ao uso de contraste de iodo
  • Pacientes com infecções ginecológicas
  • Mulheres com fluxo menstrual ativo

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