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Borderline

Este transtorno de personalidade é caracterizado por instabilidade, flutuações extremas de humor e impulsividade

O que é a Síndrome de Borderline?

Também chamada de transtorno de personalidade limítrofe, a Síndrome de Borderline é caracterizada pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo.

Expressão inglesa, “borderline” se refere ao que é limítrofe, que está na fronteira ou que é incerto.

Geralmente, as pessoas com este transtorno têm momentos em que estão estáveis, alternados com episódios de ira, depressão e ansiedade, manifestando comportamentos descontrolados. Esses sintomas começam a se manifestar na adolescência e se tornam mais aparentes no início da vida adulta, tendendo a minimizar após os 40 anos.

Por vezes, esta síndrome é confundida com doenças como esquizofrenia ou doença bipolar, mas a duração e intensidade das emoções é diferente, sendo fundamental ser avaliado por um psiquiatra ou psicólogo para saber o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.

O Borderline é um transtorno de personalidade sem origem clara, e é caracterizado pela impulsividade, baixa tolerância ao mal-estar e dificuldades nos relacionamentos, sem mencionar as crises frequentes. Quem sofre com ele também tem uma relação de "tudo ou nada" com praticamente qualquer aspecto da vida. É comum que esses indivíduos tenham que conviver com sentimentos de sofrimento e angústia.

A Síndrome de Borderline pode levar à perda de laços familiares e de amizade, o que gera solidão, além de dificuldades financeiras e de manter o emprego. Todos esses fatores associados às variações de humor podem levar à tentativa de suicídio.

Saiba mais sobre Borderline com o médico psiquiatra Dr. Jairo Bouer

Origem do Transtorno de Borderline

O termo "Transtorno de Personalidade Borderline" (TPB) foi usado pela primeira vez em 1884 e, desde então, passou por diversas definições. Originalmente, o termo "Borderline" se referia a um grupo de pacientes que vivia no limite da sanidade (daí o termo “limítrofe”), ou seja, na fronteira (borda) entre a neurose e a psicose. Alguns autores da época usavam esse diagnóstico quando havia sintomas neuróticos graves.

Foi apenas na década de 1980 que o diagnóstico da doença se tornou mais preciso. Até então, muitos médicos acreditavam, equivocadamente, que a personalidade de uma pessoa era imutável.

Quais são os sinais psicológicos/comportamentais?

  • Impulsividade
  • Instabilidade nas relações interpessoais, podendo causar distanciamento
  • Variações de humor frequentes, que podem durar horas ou dias, alternando entre momentos de ira, depressão e ansiedade
  • Irritabilidade e ansiedade que pode provocar agressividade
  • Problemas para controlar a raiva
  • Medo de ser abandonado por amigos e familiares
  • Insegurança em si próprio e nos outros
  • Dependência por jogos, gasto de dinheiro descontrolado, consumo exagerado de comida, uso de substâncias e, em alguns casos, não cumprindo regras ou leis
  • Vida sexual de risco
  • Dirigir de forma imprudente
  • Sensação de solidão, de vazio interior e tédio
  • Dificuldade em aceitar críticas
  • Instabilidade da autoimagem (sentir-se muito melhor ou pior do que é de fato)
  • Pensamentos e ameaças suicidas
  • Automutilação
  • Pensamentos paranoicos temporários ou sintomas dissociativos graves desencadeados por estresse

Os portadores deste transtorno têm medo que as situações fujam do seu controle, demonstrando tendência para se tornarem irracionais em episódios de maior estresse e criando uma grande dependência dos outros para conseguirem se manter estáveis.

Quais podem ser as causas deste transtorno de personalidade?

Apesar de as causas da Síndrome de Borderline ainda não estarem esclarecidas, acredita-se que alguns fatores podem estar ligados à doença: genéticos, ambientais e neurológicos.

Predisposição genética e até experiências emocionais precoces e episódios traumáticos, especialmente na infância, com destaque para as situações de abuso e negligência podem favorecer o transtorno.

As crises, geralmente, ocorrem após conflitos emocionais difíceis ao longo da vida, que podem ser experiências como de morte ou separação (inclusive dos cuidadores), até abuso sexual – principalmente na infância e/ou adolescência. Normalmente, afeta pessoas que cresceram em ambientes afetiva e emocionalmente conturbados.

Quais são os fatores de risco?

Alguns fatores podem aumentar a chance de paciente desenvolver esse distúrbio, como:

  • Predisposição genética: quando, pelo menos, um parente próximo apresenta este distúrbio. O transtorno é cinco vezes mais frequente em quem tem ou teve pais com Borderline do que na população em geral.
  • Ambientais: instabilidade familiar, educação muito autoritária pelos pais ou então negligência (traumas como abuso emocional, verbal e sexual durante a infância).
  • Neurológicos: alterações no cérebro, principalmente nas áreas responsáveis pelo controle dos impulsos e das emoções, que são menores e mais ativas do que o normal nas pessoas com Borderline. Distúrbios nas funções reguladoras dos sistemas cerebrais e de neuropeptídeos também podem contribuir, mas não estão presentes em todos os pacientes com transtorno de personalidade.

Como diagnosticar a síndrome?

Pessoas com Borderline tendem a sofrer grande instabilidade emocional e afetiva, sentimentos intensos e extremos. Além disso, elas se relacionam de forma muito intensa, instável e até caótica. O convívio com esses indivíduos pode ser muito difícil. É comum também que essas pessoas tenham comportamentos de autossabotagem, como abandonar suas metas até mesmo quando estão muito próximas de serem alcançadas.

O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é clínico, feito por meio da descrição do comportamento relatado pelo paciente, baseado em uma minuciosa avaliação psiquiátrica feita por profissional de saúde mental qualificado.

Além disso, é importante fazer exames fisiológicos, como hemograma e sorologia, para a exclusão de outras doenças que também podem explicar os sintomas apresentados.

Não há um exame específico que identifique os sintomas em pessoas com esse transtorno. Para isso, o profissional vai avaliar o histórico médico, tanto da pessoa quanto de sua família, além de exames para excluir outras doenças mentais parecidas com o Borderline, como a esquizofrenia ou até a depressão.

Borderline tem cura?

O Transtorno de Personalidade Borderline não tem cura. Porém, é possível conviver com a síndrome de uma forma muito mais amena do que se pensava no passado. Os estudos mais recentes mostram que, mesmo com toda a conturbação e sofrimento que o portador de Borderline e de seus familiares, o curso do transtorno não é tão negativo como se pensava antes.

Com o tratamento certo, a pessoa que sofre com a síndrome pode melhorar sua qualidade de vida e relações pessoais. Os sintomas costumam melhorar com o passar do tempo e, a partir dos 40 anos de idade, começam a desaparecer.

Como tratar o transtorno?

Além da psicoterapia, que é essencial para os portadores da Síndrome de Borderline, algumas medicações podem ser receitadas por um psiquiatra para ajudar o paciente a estabilizar seu humor e a se sentir mais confortável. Não existe um medicamento específico para tratar o transtorno, mas há certos remédios para controlar alguns sintomas da doença.

Os antidepressivos são indicados para reduzir a sensação de vazio, os antipsicóticos para diminuir comportamentos impulsivos, autodestrutivos e sintomas dissociativos e os estabilizadores de humor para diminuir a oscilação emocional.

Vale lembrar que a medicação deve ser prescrita e acompanhada por um especialista, e que o tratamento deve ser complementado por terapia cognitivo-comportamental.

As crises de Borderline podem ser muito severas, e é preciso que o indivíduo acometido e as pessoas ao redor dele saibam como agir nessas situações. Se o portador da síndrome não estiver em tratamento, situações críticas demandam que a pessoa seja levada a um ambulatório psiquiátrico ou pronto-socorro. Caso exista risco de vida, será solicitada a internação. Em todos os casos, cabe às pessoas manter a calma para lidar com o caso e prestar a assistência correta.

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