Sopro no coração
Condição nem sempre traz riscos, mas deve ser observada como indicativo de doenças cardiovasculares
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60%O que é sopro no coração?
O sopro no coração, também chamado de sopro cardíaco, é um som provocado dentro de uma das partes do coração, gerado pelo movimento do fluxo sanguíneo.
Em alguns casos isso acontece quando o sangue precisa passar por um orifício que está menor do que o normal. Com isso, quando os médicos usam o estetoscópio para examinar e escutar o coração, podem perceber um ruído e identificar que o paciente possui essa condição.
Esse barulho é semelhante ao som de alguém assoprando em seu ouvido ou do vento passando por uma janela entreaberta, por isso, o nome “sopro”.
Portanto, o sopro no coração não é uma doença, mas uma característica que é encontrada durante o exame físico. Mas ela pode indicar um possível problema no sistema cardiovascular, como doenças cardíacas congênitas ou insuficiência cardíaca.
O que causa sopro no coração?
A condição pode ser congênita (desde o nascimento) ou aparecer com a idade devido a alterações em alguma parte do coração.
Também pode surgir como consequência de infarto, endocardite, febre reumática na infância, anemia (que faz com que o sangue fique menos denso e passe pelas válvulas do coração de maneira turbulenta) ou quando a válvula cardíaca está doente e o orifício de passagem do sangue está reduzido.
Além disso, existem causas de sopro que não configuram doenças, como quando o sangue flui mais rápido pelo coração devido à prática de atividades físicas e estados circulatórios hiperdinâmicos ou hipermetabólicos.
Sopro no coração: sintomas
Por si só, o sopro no coração não necessariamente apresenta sintomas, mas pode estar associado a outras situações, como:
Falta de ar
Tosse crônica
Tontura
Desmaio
Dor no peito
Palpitações
Transpiração intensa mesmo sem esforço
Falta de apetite
Inchaço no fígado
Pele azulada (principalmente nas pontas dos dedos e nos lábios)
Veias do pescoço aumentadas
Problemas de crescimento em crianças.
Quais são os fatores de risco?
Os fatores de risco para o surgimento do sopro no coração podem estar relacionados ao histórico familiar (se há alguém na família do paciente com doenças cardíacas).
Segundo especialistas, outros fatores são o uso de medicamentos, álcool e drogas durante a gestação, tabagismo, estresse, obesidade, hipertensão arterial pulmonar, febre reumática, anemia, endocardite, infarto e cardiomiopatia.
Quais os tipos de sopro no coração?
Os sopros do coração podem ser caracterizados por diferentes critérios:
Fisiológico x patológico
Sopro funcional ou fisiológico, que também é chamado de sopro inocente por não causar danos à saúde do paciente. Em geral, ele é um som suave e de curta duração.
Sopro patológico, que pode ser indicativo de doenças cardíacas ou resultado de problemas e alterações na válvula do coração, bem como de efeitos de complicações de doenças como a febre reumática e miocardite.
Sistólico x diastólico
Sopro sistólico (audível quando o coração se contrai para circular o sangue)
Sopro diastólico (audível quando o coração relaxa para facilitar o enchimento das suas cavidades com o sangue)
Além dos tipos de sopros cardíacos, há ainda a classificação em graus, de acordo com a intensidade e a gravidade. Mas não há uma relação direta entre intensidade e gravidade.
Grau 1: sopro discreto, inaudível para quem não tem ouvidos treinados
Grau 2: sopro médio, facilmente audível pelo estetoscópio
Grau 3: sopro alto
Grau 4: sopro muito alto, pode ser sentido com mão ao se tocar no peito da pessoa
Grau 5: sopro muito alto que pode ser escutado mesmo sem encostar o estetoscópio no peito do paciente
Grau 6: sopro tão alto que poder ser escutado mesmo sem estetoscópio.
Sopro no coração em bebês e crianças
Devido ao pequeno tamanho do coração e do sistema ainda em formação, não é incomum que crianças e recém-nascidos apresentem sopro no coração.
Como o corpo ainda está se desenvolvendo, muitas vezes os sopros são considerados fisiológicos ou inocentes, não atrasam o crescimento do bebê ou da criança e tendem a desaparecer sozinhos.
Crianças com esse tipo de sopro podem levar uma vida normal e sem restrições. Mas, se o sopro no coração infantil vier acompanhado de outros sintomas, como desmaio ou falta de ar, é importante que a família leve a criança ao cardiologista pediatra para analisar se pode ser sinal de alguma doença cardíaca.
Como é realizado o diagnóstico?
Para identificar alterações no funcionamento do coração, o cardiologista deve realizar exames clínicos completos. Isso inclui o uso do estetoscópio para ouvir o coração e a solicitação de exames de imagens complementares para um diagnóstico preciso da saúde cardiovascular.
Alguns dos exames mais comuns para identificar a condição são a radiografia do tórax, o eletrocardiograma e o ecocardiograma, que mede a velocidade do fluxo sanguíneo e analisa a válvula e tamanho do coração.
Sopro no coração tem tratamento?
O médico deverá avaliar caso a caso para indicar o tratamento do sopro no coração. Nos casos em que o sopro é normal (funcional, fisiológico ou inocente) e não apresenta riscos ao paciente, não é necessário tratamento, apenas atenção à qualidade de vida.
Já quando o sopro é patológico, dependendo da gravidade, o tratamento pode exigir medicamentos que regulem os batimentos cardíacos e funcionamento do coração, ou ainda a realização de cirurgia de correção do problema causador do sopro.
Como prevenir o aparecimento do sopro no coração?
O paciente deve adotar medidas que beneficiem a saúde do coração, tais como:
Controlar o peso
Ter uma alimentação saudável
Não fumar
Controlar o colesterol
Controlar a pressão arterial
Reduzir o consumo de sal
Evitar o estresse
Não consumir bebidas alcóolicas em excesso
Praticar atividades físicas regularmente
Sopro no coração é grave?
Muita gente tem dúvidas: o sopro no coração pode causar infarto? Ou será que o sopro no coração pode matar? As respostas vão depender da causa.
Muitos sopros são benignos e não oferecem riscos ao paciente. Outros são patológicos, ou seja, indicam a existência de doenças no coração que podem ter diferentes níveis de gravidade.
Sopro no coração tem cura?
Nos casos de sopro fisiológico ou inofensivo, a tendência é que a condição não necessite de nenhuma intervenção médica.
Já no caso de sopro patológico, o tratamento é individualizado para cada condição e cada pessoa. Pode haver a necessidade tanto de tratamento clínico, por meio de medicamentos, quanto pode ser preciso a realização de um procedimento cirúrgico.
O cardiologista é o médico responsável por indicar o melhor tratamento conforme o caso.
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