Terminar uma relação afetiva não é fácil e requer até ajuda profissional
Por que o fim de um relacionamento dói tanto?
O fim de relacionamento amoroso, seja ele longo ou curto, é um dos momentos mais desafiadores da vida adulta.
A dor sentida não é apenas emocional, mas também física e psicológica. Isso acontece porque os vínculos afetivos mexem diretamente com nosso cérebro, despertando áreas ligadas ao prazer, à segurança e à identidade.
Quando a relação termina, a sensação de perda pode ser comparada ao luto, já que não estamos apenas nos despedindo de uma pessoa, mas também de planos, expectativas e rotinas construídas em conjunto.
O amor cria laços químicos no cérebro, envolvendo hormônios como a dopamina e a ocitocina, responsáveis pela sensação de bem-estar. Quando esses estímulos são interrompidos, o corpo entra em um estado de abstinência semelhante ao de quem para de usar substâncias prazerosas e viciantes, como drogas.
Por isso, é comum sentir angústia, ansiedade, tristeza profunda e até sintomas físicos, como falta de apetite, insônia, dores pelo corpo e alergia emocional.
Além disso, o fim de um relacionamento consegue trazer à tona inseguranças e questionamentos sobre autoestima, futuro e até mesmo sobre a capacidade de amar novamente.
É natural se sentir perdido, mas é importante compreender que essa dor tem um ciclo e, com o tempo, tende a diminuir.
As 5 fases do luto afetivo
Assim como em outras perdas importantes da vida, o término de um relacionamento costuma ser vivido em fases de luto.
Essas etapas não seguem uma ordem fixa e podem se repetir ou se sobrepor, mas ajudam a entender melhor o processo emocional.
Conheça as 5 fases do luto afetivo:
Negação: nesse momento, a mente tenta evitar a dor e é comum não acreditar totalmente que a relação acabou. A pessoa tem tendência a se iludir com a ideia de reconciliação imediata ou achar que tudo voltará ao normal
Raiva: surge a revolta pelo término, que se manifesta em irritação, ressentimento ou busca de culpados. É uma fase em que sentimentos intensos afloram e são ser direcionados tanto ao ex-parceiro quanto a si mesmo
Negociação (barganha): aqui, o indivíduo tenta encontrar maneiras de “reverter” a situação, seja propondo mudanças, tentando reatar ou prometendo que as coisas seriam diferentes. É uma fase marcada por esperança e, ao mesmo tempo, por fragilidade emocional
Depressão: é o estágio mais doloroso, em que a pessoa percebe de fato a perda. Surge tristeza profunda, desânimo e, em alguns casos, sensação de vazio. Apesar de difícil, essa fase é essencial para o processamento da dor
Aceitação: aos poucos, o indivíduo entende que a relação terminou e começa a enxergar novas possibilidades para a vida. A dor já não domina todos os pensamentos e há espaço para resgatar o autocuidado e a esperança no futuro
10 dicas para lidar com o fim de um relacionamento
Saber que a dor faz parte do processo é o primeiro passo, mas também é importante adotar estratégias que ajudem na recuperação emocional.
A seguir, veja 10 dicas práticas para lidar com o término de forma mais saudável.
Permita-se sentir a dor, sem se culpar
Tentar ignorar os sentimentos ou se cobrar para “superar rápido” só prolonga o sofrimento.
Chorar, sentir tristeza ou até raiva faz parte do processo de cura. O mais importante é não transformar essas emoções em culpa.
Aceite que a dor é um sinal de que aquela relação teve importância na sua vida.
Evite contato com a pessoa por um tempo para facilitar o desapego
Manter contato frequente, acompanhar redes sociais ou trocar mensagens dificulta o processo de desligamento emocional.
O ideal é estabelecer um período de afastamento para que você possa se reconectar consigo mesmo e reorganizar a vida sem a influência direta da pessoa.
Converse com amigos e familiares de confiança
Compartilhar sentimentos com pessoas próximas traz alívio e ajuda a enxergar a situação de outras perspectivas.
Amigos e familiares podem oferecer apoio, companhia e até distração em momentos de tristeza. Lembre-se: não é fraqueza pedir ajuda, é cuidado consigo mesmo!
Escreva sobre seus sentimentos para organizar as ideias
Registrar pensamentos em um diário ou em notas é uma forma poderosa de elaborar as emoções.
Escrever ajuda a dar sentido ao que você está vivendo, a liberar sentimentos acumulados e a perceber avanços no processo de superação.
Pratique atividades físicas para aliviar o estresse
O exercício físico libera endorfina, hormônio que promove bem-estar e ajuda a reduzir a ansiedade e a tristeza.
Caminhadas, corridas leves, dança ou qualquer prática que combine com sua rotina fazem uma grande diferença. Além disso, movimentar o corpo ajuda a retomar a sensação de vitalidade.
Cuide da sua rotina de sono e alimentação
Durante o término, é comum perder o apetite ou ter dificuldade para dormir. Porém, cuidar do corpo é essencial para fortalecer a mente.
Procure manter horários regulares, fazer refeições equilibradas e evitar excessos de álcool ou alimentos ultraprocessados.
Experimente novos hobbies ou retome antigos interesses
O fim de uma relação é uma oportunidade para se redescobrir! Teste atividades que sempre quis fazer, como aprender um instrumento, praticar culinária, iniciar aulas de dança ou voltar a ler.
Essas experiências ajudam a ocupar a mente e resgatar a individualidade.
Evite se isolar completamente do convívio social
A solidão parece confortável em alguns momentos, mas o isolamento prolongado tende a intensificar a tristeza.
Procure manter contato com pessoas queridas, participar de atividades coletivas ou até se envolver em projetos voluntários. O convívio social fortalece a recuperação emocional.
Tenha paciência com o tempo do seu processo de cura
Não existe um prazo definido para superar um término. Cada pessoa vive esse processo de forma única.
O importante é respeitar seu próprio ritmo, sem se comparar a outras histórias. Com o tempo, a dor perde intensidade e abre espaço para novos capítulos da vida.
Se necessário, busque ajuda profissional
Em alguns casos, o término causa crises de ansiedade, depressão ou outros sintomas mais intensos.
Se você sentir que não consegue lidar sozinho, procurar um psicólogo é uma atitude de cuidado e autocompaixão.
A terapia é capaz de acelerar o processo de cura e trazer ferramentas para lidar melhor com os sentimentos.
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Escrito por Vale Saúde
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