Radioterapeuta
Tratamento de radioterapia utiliza radiação ionizante para destruir tumores ou impedir que células cancerígenas cresçam
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Qual a função da radioterapia?
A radioterapia é um tratamento para pacientes que possuem tumores malignos e, em certos casos, tumores benignos também. Nessa modalidade terapêutica, raios ionizantes são direcionados à região onde as células tumorais estão concentradas, com objetivo de interromper o ciclo celular do tecido prejudicado.
Embora seja muito eficaz no combate ao câncer, a radioterapia infelizmente pode apresentar efeitos colaterais. A notícia boa é que década após década essa terapia apresenta mais inovação e tecnologia, tornando-a mais concentrada nos tumores e poupando as células normais, que sofrem menos danos.
Quem são os profissionais que participam desse tratamento?
A radioterapia é administrada e calculada por uma série de profissionais, a fim de garantir o melhor resultado possível para o paciente.
O oncologista, por exemplo, é quem irá diagnosticar e decidir o melhor tipo de terapia para o paciente, de acordo com os exames e evolução do caso. Já o radio-oncologista (ou radioterapeuta), é responsável por prescrever a técnica e o tipo de radioterapia mais adequada.
O físico médico trabalha com o radio-oncologista para encontrar os ângulos mais certeiros para a incidência da radiação. Há também o dosimetrista, que faz todo o planejamento do tratamento, e o tecnólogo, que é finalmente o profissional responsável pela aplicação da radiação em si.
Há profissionais tão importantes quanto esses citados, como o radiologista, o enfermeiro e o auxiliar de enfermagem oncológicos, o técnico em radiologia, etc.
Quais são os tipos de radioterapia?
Existem alguns tipos de radioterapia, que são determinados pelo médico de acordo com o tipo de câncer, com a localização e o estágio do tumor, da saúde do paciente, entre outros.
Duas das principais modalidades do tratamento são:
Radioterapia externa:
Conhecida como radioterapia convencional, pode ser utilizada com objetivo paliativo ou curativo.
Na modalidade paliativa, o tratamento não busca a cura do câncer, mas oferece controle de vários sintomas da doença. Com a utilização de raios-X de alta intensidade, os tumores crescem em menor velocidade ou aparecem em menor quantidade. Isso pode diminuir alguns sintomas, como dores e sangramento.
Já com o objetivo curativo, pode ser utilizada de maneira isolada (como tratamento único) ou de maneira adjuvante (acompanhada de cirurgia e/ou quimioterapia).
Nos dois casos, os raios que saem de um aparelho são focados na região onde os tumores estão localizados, tratando-os com altas doses. Isso permite que os tecidos normais sejam menos afetados.
Radioterapia interna:
Conhecida também como braquiterapia, geralmente é utilizada apenas em casos de tumores pequenos e com localização de fácil acesso. As doses são administradas por meio de implantes radioativos, chamados de sementes.
É um tratamento menos tóxico, que atinge os tecidos normais com menor intensidade. Por isso, inclusive, é recomendado só para tumores menores e, muitas vezes, é utilizado como complementação à radioterapia convencional.
Quais são os efeitos colaterais?
Mesmo que o tratamento seja concentrado em uma área do corpo e passe por frequente atualizações tecnológicas, ainda é uma terapia agressiva que causa efeitos colaterais no organismo.
Esses efeitos variam muito de pessoa para pessoa, do tipo de radioterapia que está sendo aplicada e da área irradiada. Algumas das manifestações mais comuns são:
- Náuseas, enjoos, vômitos e diarreia
- Fadiga
- Perda de cabelo
- Pele vermelha, irritada e com ardência
- Perda de apetite
- Dificuldade para mastigar e engolir alimentos
- Mucosite (inflamação na parte interna da boca e na garganta)
- Redução dos glóbulos vermelhos
- Infecções
- Sangramentos.
Quais cuidados devem ser tomados?
Antes de começar a radioterapia, é importante que o paciente converse e esclareça todas as dúvidas com a sua equipe de especialistas. Eles irão fornecer cuidados individuais para que se sinta o mais confortável possível.
Mas é importante ter atenção ao repouso, à nutrição, além de ter muito cuidado com a pele na região que foi irradiada, e com a boca e com a garganta, áreas que podem apresentar maiores complicações.
Outro ponto de importância é tentar manter uma rotina saudável, cortando cigarros, bebidas alcóolicas e alimentos gordurosos.