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Mpox (Varíola dos Macacos)

Doença, que foi declarada emergência de saúde global pela OMS, causa febre e erupções cutâneas contagiosas

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Infecção causada pelo vírus Monkeypox foi descoberta em 1958 em um grupo de macacos, o que ocasionou o nome popular da doença. Em 1970, houve o primeiro registro de contaminação em seres humanos: um menino de 9 anos, que morava na República Democrática do Congo, foi diagnosticado com o vírus.

Desde então, a doença é endêmica em vários países da África e, em 2003, foi registrado o primeiro surto fora do continente africano, quando 87 casos foram confirmados nos Estados Unidos.

Mas foi em 2022 que a doença atingiu o nível máximo de atenção. No Reino Unido, vários contágios foram detectados no início de maio e a infecção se espalhou por todo o continente europeu e, posteriormente, por todo o mundo.

Em 19 de julho já haviam mais de 14.500 casos confirmados em 70 países, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência de saúde global no dia 23 do mesmo mês.

No Brasil, até o dia 23 de julho, o Ministério da Saúde havia confirmado 696 casos de varíola dos macacos. São Paulo é o estado mais afetado, com 506 pessoas infectadas.

Saiba mais sobre Mpox com o infectologista Dr. Dyemison Pinheiro

O que significa “emergência de saúde global”?

De acordo com a própria OMS, a emergência de saúde global deve ser anunciada quando está acontecendo “um evento extraordinário que constitui um risco à saúde pública de outros estados por meio da disseminação internacional da doença”.

Nos últimos vinte anos, a organização acionou esse estado seis vezes, nos seguintes casos: Covid-19 (2020), Ebola (2014 e 2019), Zika (2016), Poliomielite (2014), Influenza A H1N1 (2009). Agora, as ocorrências de varíola dos macacos também são consideradas emergências de saúde global.

Entre os principais motivos que levaram a OMS a declarar esse alerta, estão:

  • O vírus se espalhou rapidamente pelo mundo, inclusive em países que nunca tiveram contato com a doença
  • As informações relevantes sobre a doença ainda são escassas
  • risco para a saúde humana e ameaça de maior disseminação internacional

Essa decisão convoca os governos a lidarem melhor com a doença, proporcionando maior monitoramento, medidas de contenção e detecção precoce e mais investimento no tratamento, além de meios de prevenção, como as vacinas.

Quais são os principais sintomas da varíola dos macacos?

Os primeiros sintomas aparecem entre 5 a 21 dias após o contato com o vírus e duram cerca de 14 a 21 dias. Os principais são:

  • Febre
  • Calafrios
  • Dor de cabeça
  • Dor nas costas
  • Dores musculares
  • Fadiga e exaustão
  • Gânglios (linfonodos) inchados
  • Bolhas (erupções) cutâneas que costumam surgir no rosto e depois se espalham pelo corpo, inclusive nas mãos e na região genital.

As erupções aparecem entre 1 a 4 dias após os primeiros indícios de febre e são extremamente contagiosas.

Como acontece a transmissão?

A varíola dos macacos possui algumas formas de transmissão. De acordo com pesquisa publicada pela New England Journal of Medicine, a principal forma de contaminação é pelo sexo: o estudo, que avaliou 528 pacientes em 16 países, concluiu que 95% das infecções ocorreu sexualmente.

Entretanto, a doença não pode ser confundida com uma infecção sexualmente transmissível (IST) comum. Isso porque, diferente de outras doenças sexuais, a varíola dos macacos não deixa de ser adquirida se os indivíduos usarem preservativo.

É possível contrair a doença também por meio do contato com secreções respiratórias liberadas ao tossir ou falar, por exemplo. A transmissão ainda pode ocorrer pelo contato direto com as secreções das erupções ou por meio do toque em objetos contaminados pelo vírus.

Como esse tipo de varíola também é comum em animais (principalmente em roedores), é possível adquirir a infecção por meio da mordida e/ou contato com a secreção ou sangue de bichos contaminados. O consumo de carne mal cozida de animais doentes também é um meio de contaminação.

Como é feito o diagnóstico e qual é o tratamento?

O diagnóstico pode ser feito por um clínico geral ou por um infectologista, que irá analisar os sintomas e o histórico recente do paciente. Para confirmar a doença, é necessário coletar secreção das feridas e realizar um teste de PCR para identificar o vírus.

O reconhecimento médico da infecção e a confirmação por meio de exame são importantes, já que a varíola dos macacos pode ser confundida com outras doenças de pele, como catapora, impetigo e alergias, e ISTs, como herpes e sífilis.

Ao ter o diagnóstico confirmado, o paciente deverá ficar isolado para evitar a transmissão. Não há um tratamento específico para a doença, e os sintomas tendem a desaparecer sozinhos depois de até 4 semanas.

Entretanto, se houver necessidade, o médico pode prescrever medicamentos desenvolvidos anteriormente para o tratamento e prevenção da varíola humana, que possui vírus geneticamente muito parecido com o da varíola dos macacos. Mas como a varíola está erradicada em todo mundo há mais de 40 anos, esses medicamentos, assim como as vacinas, estão em falta.

Como se prevenir?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que medidas semelhantes às da Covid-19 sejam feitas para se prevenir da varíola dos macacos e outras doenças. Dessa forma, é importante:

  • Utilizar máscaras
  • Realizar o distanciamento social
  • Higienizar as mãos corretamente
  • Evitar aproximação com pessoas diagnosticadas, inclusive qualquer tipo de contato sexual
  • Não tocar nas erupções e nem ter contato com roupas e objetos pessoais de pessoas com sintomas

Além disso, como a transmissão também pode ocorrer de animais para humanos, é recomendado evitar contato com animais silvestres, principalmente roedores, e comer apenas carnes bem cozidas.

Já existe vacina para a varíola dos macacos?

Algumas vacinas já foram aprovadas em países da União Europeia e nos Estados Unidos. A tendência é que outros países realizem a aprovação e compra de vacinas em breve.

A agilidade na produção de vacinas acontece pela similaridade entre o vírus da varíola humana (erradicada há mais de 40 anos) e o vírus da varíola dos macacos. Muitos laboratórios estão modernizando as fórmulas de vacinas que foram responsáveis pela erradicação da varíola nos anos 80, o que facilita a aprovação pelos órgãos de vigilância de cada país.

Com a declaração de emergência de saúde global emitida pela OMS, a tendência é que a fabricação e compra de vacina aumente cada vez mais. No Brasil, por exemplo, o Ministério da Saúde anunciou que a negociação para a compra de vacina começou no dia 23 de julho.

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